Historicamente o setor de transportes é formado por uma grande gama de empresas familiares. O enredo do visionário que comprou um caminhão e iniciou sua pequena empresa povoa a história das transportadoras de pequeno, médio e grande porte.
Esses empreendedores que apostaram suas vidas e suas carreiras em formar uma empresa de transporte de cargas via de regra trazem consigo sua família, num desejo por vezes secreto outras explicito, de que seus herdeiros sejam seus sucessores e perpetuem o historia de sucesso de suas companhias.
Nesse cenário temos pais guerreiros, empreendedores e sonhadores, na mesma mesa que filhos estudados, conectados e preparados, buscando realizar uma gestão compartilhada e obter os melhores resultados para as empresas.
Os processos de sucessão começam a ser discutidos, filhos são preparados, muito se investe em estudos e formação com objetivo único de preparar o jovem a assumir os negócios do pai. Porém esse pai não está se preparando para ceder seus negócios, sua posição e sua responsabilidade aos filhos.
As relações começam a se misturar, pai-trão, gerente junior quando não se sabe ao certo se é junior ou Junior. Se reduzir o conflito de gerações já é algo difícil imagine com o advento da relação paitrão – subordinado.
E uma nova gestão se faz necessária – a gestão emocional. A gestão emocional ou inteligência emocional é a habilidade de uma pessoa se conhecer, saber controlar seu estado de espírito, saber administrar suas emoções para viver com estabilidade e harmonia. Esse autoconhecimento serve também de base para potencializar as relações pessoais e profissionais de forma positiva.
Se fundadores e sucessores trabalharem de forma a potencializar sua inteligência emocional as relações serão mais sólidas, verdadeiras e saudáveis, proporcionando um ambiente de trabalho mais equilibrado, harmônico e profissional uma vez que não se misturam mais conflitos emocionais com conflitos profissionais.
Acredito que a proposta para uma sucessão familiar de sucesso é equilibrar a inteligência racional com a inteligência emocional de modo que as decisões sejam tomadas baseada em resultados que contemplem também os anseios sentimentais, fortalecendo assim as relações familiares.
Responsável: Barbara Calderani