A pandemia provocou o crescimento da indústria farmacêutica em todo o País. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos e Químicos para Fins Industriais do Estado de Minas Gerais (Sindusfarq), Carlos Mário de Moraes, em 2020, este segmento industrial cresceu 13% de janeiro a outubro, movimentando R$113,02 bilhões.
Ainda conforme o presidente do Sindusfarq, em 2019, a indústria cresceu 11,50%. “A expectativa para o ano de 2021 é manter os dois dígitos de crescimento”, afirmou Moraes.
Em Minas, o crescimento da indústria farmacêutica foi um pouco maior que o nacional, chegando a 13,6%. Com a tendência de crescimento da indústria farmacêutica no Estado de Minas, a previsão é gerar cerca de 2.800 novos empregos diretos até 2022.
Moraes acredita que um dos maiores desafios desta indústria em Minas seja conseguir incentivos do governo estadual para investir no crescimento deste setor. “Precisamos conseguir dos bancos juros menores para inovação e modernização dos parques industriais, através de políticas estaduais, principalmente tributárias, como acontece em outros estados da União”, avaliou.
Sem pesquisa – A alta do dólar é outro problema que está sendo enfrentado pela indústria durante a pandemia, pois aumenta o custo da fabricação, afetando diretamente o preço de venda dos medicamentos, que, apesar de controlados pelo governo, atingem o consumidor.
“Isso faz com que este setor diminua sua capacidade de reinvestimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para o mercado”, disse Moraes.