Para banco, o impulso do segundo semestre deste ano deve se espalhar para 2022
O Morgan Stanley revisou sua previsão de crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) brasileiro neste ano de 4,2% para 5,5% e diz ver “o ímpeto continuando em 2022”, ainda que tenha ajustado a projeção de 2,7% para 2,5%. A mediana do boletim Focus aponta para altas de 5,3% em 2021 e 2,1% em 2022.
“A economia mostra-se mais resiliente do que o previsto e as expectativas de uma reabertura significativa ao longo do segundo semestre de 2021 apontam para um crescimento mais forte neste ano, com uma melhora mais rápida do mercado de trabalho, onde a recuperação tem sido mais lenta”, escrevem os economistas André Loes e Thiago Machado.
Para eles, o impulso do segundo semestre deste ano deve se espalhar para 2022, “com o processo eleitoral tendo impacto limitado sobre o crescimento”, dizem, “mesmo que possa gerar mais volatilidade de preços de mercado”.
Uma normalização mais rápida da ociosidade da economia, por sua vez, reforçará a tendência das leituras recentes de inflação, de pressões do lado da oferta, “começando a se espalhar para as métricas de núcleo e a inflação de serviços de forma mais proeminente”, afirmam.
O Morgan Stanley revisou sua projeção para a inflação cheia de 2021 de 6,2% para 6,9%, “devido a outro aumento nas tarifas de energia elétrica, impacto negativo sobre a inflação de alimentos do mau tempo no Sul do Brasil, bem como aumento da inflação de serviços”.
Para o próximo ano, foi mantida a estimativa de inflação de 4%, “uma vez que o Banco Central deve mover as taxas acima dos níveis neutros, provavelmente compensando o aumento de serviços e pressões inflacionárias nos itens de núcleos”, dizem.