Foto: Leo Munhoz/ND
Anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Mário Cezar de Aguiar, em entrevista coletiva. A Federação promete investir 70% desse valor na área educacional
Investimentos de R$ 510 milhões para os próximos anos, a situação do setor industrial catarinense, o risco de apagão energético e a qualificação profissional, foram alguns dos assuntos comentados pelo presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), Mario Cezar de Aguiar, durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (12) na sede da entidade.
Aguiar tomou posse na noite desta quinta, ao lado do vice-presidente Gilberto Seleme, e de toda diretoria, para o segundo mandato à frente da Federação.
O presidente da Fiesc disse que com o objetivo de aumentar a participação da indústria na geração de riquezas no estado, as entidades ligadas a Federação: CIESC (Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina), SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina) investirão R$ 510 milhões nos próximos anos, a maior parte durante o segundo mandato dele.
Mario Cezar enalteceu o potencial da indústria catarinense.“Somos sim um estado industrializado, com maior diversidade industrial do país”. O presidente da Fiesc destacou a movimentação de carga de contêiner, no qual Santa Catarina detém mais de 20% do fluxo desse tipo de carga no Brasil.
Ele lembrou que o estado sozinho movimenta mais contêineres do que a Argentina. “Isso mostra que somos um estado importante para economia brasileira.”
Para o presidente da Fiesc, a pandemia mostrou que houve uma decisão equivocada da indústria mundial de concentrar parte dos parques fabris Ásia e expôs a grande dependência do continente asiático. Mário Cezar disse que Santa Catarina, pela diversidade e qualidade de sua indústria, pode ser uma das alternativas aos produtos asiáticos.
Incentivos a setores e crise energética
Segundo Mario Cezar, a Fiesc iniciará trabalhos para potencializar os setores têxtil e de confecção. “É o que mais emprega no estado.E sabemos que esse setor poderá melhorar sua participação”, informou, ao destacar que foi formado um grupo, para discutir quais são as potencialidades,as demandas para incrementar valores a esse setor.
Ele também se mostrou preocupado com a indústria de movelaria. “Importante na exportação, Santa Catarina é o terceiro na exportação de móveis”, completou.
A possibilidade de um apagão energético preocupa o presidente da Fiesc. Ele lembrou as 96 horas que a cidade de Caçador, no Oeste catarinense, ficou sem energia. “Mostrou que não tinha alternativa para o problema. Algumas empresas em regiões do estado não podem expandir o parque fabril por falta de energia elétrica”, salientou.
Qualificação profissional
O presidente da Fiesc também comentou sobre a qualificação profissional no Brasil e disse que falta interesse dos jovens nesse tipo de estudo. “Essa é uma questão que estou procurando resposta, trabalhado muito no sentido de fazer que o jovem se interesse em estudar, em se capacitar”, disse.
“Temos alguns cursos, até gratuitos, que oferecemos e as pessoas não se mostram interessadas. Temos vários cursos que temos vagas e não temos alunos. Há um trabalho em conjunto com a sociedade e fazer com que os jovens entendam que é sim uma boa formação.”, destacou.