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Indústria cearense cresce 44,96% no segundo trimestre; veja resultado por setor

por | set 29, 2021 | Indústria de Transportes, Notícias, Outros, Serviços

Fonte: Diário do Nordeste
Chapéu: Indústria

Os segmentos de transformação e construção civil tiveram os principais resultados, trazendo a alta para um patamar acima do que era esperado pelo Ipece

Influenciada pelos segmentos de transformação, construção civil e eletricidade, gás e água, o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria cearense cresceu 44,96% no segundo trimestre deste ano na comparação com igual período de 2020. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

VEJA OS NÚMEROS DA INDÚSTRIA:

  • Transformação: 57,91%
  • Construção civil: 39,08%
  • Eletricidade, gás e água: 32,39%
  • Extrativa Mineral: -10,25
  • De acordo com dados do Ipece, a indústria já acumula alta de 22,92% nos últimos 12 meses.

O PIB do Ceará teve crescimento de 18,34% no segundo trimestre de 2021 na comparação com igual período do ano passado. O resultado foi superior ao do Brasil, que subiu 12,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

CONFIRA OS DADOS DO PIB POR SETOR:

  • Indústria: 44,96%
  • Serviços: 15,94%
  • Agropecuária: -5,42%

INDÚSTRIA EM ASCENSÃO

A indústria cearense vem em ascensão desde o quarto trimestre do ano passado. O resultado deste trimestre, inclusive, apesar de positivo comparado a 2020, apresentou queda de 1,67% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

O resultado da indústria foi superior ao do país no mesmo período. A indústria brasileira cresceu 10,8%, segundo o IBGE.

Conforme o analista da área de indústria do Iprece, Witalo Paiva, o cenário deste ano foi bastante diferente do ano passado. A taxa de crescimento expressivo veio em decorrência da base de comparação baixa de 2020, quando a indústria amargou perdas, mas também de fatores que fugiram à previsão do instituto.

Witalo atribui a alta ao dinamismo do setor, que atende uma demanda reprimida após o fechamento dos estabelecimentos. A demanda continua aquecida, principalmente nas indústrias têxtil, de confecção e calçados, carros-chefes do Estado. 

A construção civil também teve alta significativa no ano passado com a redução dos juros imobiliários e o desempenho continuou no segundo trimestre deste ano, apesar do aumento da taxa Selic e do cenário de instabilidades.

No caso do segmento de eletricidade, gás e energia, o aumento tem a ver com a retomada da economia, já que a reabertura da economia traz uma exigência de maior consumo energético. O Estado também se beneficiou do aumento da geração de energia, com destaque para a térmica, que cresceu 250%.

O analista destaca que apesar dos efeitos negativos da crise energética, parte do crescimento do segmento vem devido ao acionamento das termelétricas do Ceará. 

SERVIÇOS

Principal setor da economia cearense e brasileira, os serviços também tiveram aumento no segundo trimestre de 2021. O crescimento foi de 15,94%, maior que os 10,8% registrados nacionalmente.

O analista de serviços do Ipece, Alexandre Cavalcante, enfatiza que o bom desempenho representa uma melhoria da dinâmica da economia como um todo e uma recuperação da forte restrição das atividades econômicas no ano passado em razão da pandemia.

O comércio foi o principal segmento, com alta de 38,06%. Alexandre destaca os subsegmentos de manutenção de carros, venda de materiais de construção e móveis.

O transporte também cresceu em razão do dinamismo da economia, que trouxe maior necessidade de locomoção à medida que os estabelecimentos voltaram à atividade. O analista chama atenção para o transporte aéreo, que tem crescido com as pessoas se sentindo mais confortáveis para viajar.

“Com o avanço da vacinação, as pessoas estão se sentindo mais protegidas e retomando a vida na normalidade, retomar viagens”, explica.

AGROPECUÁRIA

Ao contrário dos outros dois setores, a agropecuária apresentou queda de 5,42% no segundo trimestre de 2021. O resultado foi inferior à média nacional, que teve alta de 1,3%.

A analista de agropecuária do Ipece, Cristina Lima, diz que o desempenho vem devido à falta de chuvas, que atrapalhou a cultura de sequeiro e a safra de insumos como milho, feijão e tubérculos em geral.

Apesar do resultado negativo na agricultura, a especialista ressalta que a pecuária está com bons números, sobretudo para aves e ovos. 

“É um resultado que, embora negativo, tem uma boa perspectiva para fechar o ano como positivo”, espera.