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É preciso ‘desfakezar’ previsões sobre economia e PIB, diz Guedes: ‘Erram muito’

por | dez 17, 2021 | Notícias, Política

Fonte: Valor Econômico
Chapéu: Economia

Tem de despolitizar, tem de ‘desfakezar’ a interpretação dos dados econômicos”, defendeu Guedes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a criticar nessa quinta-feira (16) as previsões negativas sobre o comportamento da economia brasileira. Segundo ele, o desempenho do país neste ano tem confirmado as análises mais otimistas que fez durante a pandemia. O ministro observou que é preciso despolitizar e ‘desfakezar’ a interpretação dos dados econômicos.

“Não vou fazer a previsão de quanto vai ser o crescimento no ano que vem, mas quero dizer que [os economistas] erram muito”, disse o ministro, ao abrir a apresentação de balanço do Programa de Parceria de Investimento (PPI).

Para o ano que vem, Guedes chamou a atenção para “dois vetores” que vão influenciar o comportamento da economia. Um deles é o combate da inflação, que ele reconheceu, novamente, como fator de “desaceleração do crescimento”, e outro é ampliação dos programas de investimentos, associados aos efeitos do Auxílio Brasil.

O ministro ressaltou que o Brasil voltou a atingir a taxa de investimento de 19,5%, que é o “ponto mais alto” desde 2013 e, “possivelmente”, alcançará 20% no ano que vem. Para ele, isso mostra que o país pode não enfrentar a recessão anunciada por alguns economistas.

Tem que despolitizar e ‘desfakezar’, diz Guedes

“Ano de 2022 será um ano difícil, mas cuidado com as previsões pessimistas. Tem de despolitizar, tem de ‘desfakezar’ a interpretação dos dados econômicos”, defendeu Guedes.

Entre as previsões “equivocadas” citadas pelo ministro da Economia estão a queda do PIB em 10% em 2020 — “só caiu 4%”; desemprego em massa — “já voltou para o nível antes da covid”; e enfrentar um período de depressão econômica — “mas o crescimento voltou em ‘v’”.

Ao fazer um breve balanço das contratações do PPI, Guedes indicou que o governo federal já contratou R$ 822,3 bilhões de investimentos, entre 2019 e 2021. E, em valor de outorga, atingiu R$ 148,3 bilhões no mesmo período.

Para 2022, ele informou que serão ofertados mais 153 ativos, que representam R$ 389,3 bilhões. “Vamos chegar a R$ 1,2 trilhão de investimentos ao final do governo”.

“O Brasil tem uma enorme fronteira de investimento pela frente”, afirmou o ministro da Economia. Ele considera a atração de investimento privado como um dos trunfos do governo para o ano que vem. “O Brasil deixou de crescer porque expulsou os investimentos privados”, disse.