Foto: Agrale
A indústria brasileira comercializou 2 milhões 119 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no ano passado, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. O volume representou crescimento de 3% sobre o resultado de 2020, ano fortemente influenciado pelo mau desempenho do segundo trimestre, consequência das primeiras medidas de restrições provocadas pela pandemia da covid-19.
Em 2021 quem atrapalhou as vendas foi, além da pandemia que não arrefeceu, a crise logística. Problemas no transporte de contêineres geraram atraso nas entregas de peças e componentes, agravado pela posterior escassez de semicondutores que, ainda, segue prejudicando o ritmo das fábricas em todo o mundo.
O resultado final convergiu para a mais otimista projeção da Anfavea, revisada pela segunda vez no ano por causa de todos esses pontos: a entidade, em outubro, traçou cenário que indicava que 2 milhões 118 mil unidades vendidas no mercado nacional poderia ser considerado um bom resultado diante de todas as circunstâncias.
Dezembro foi o único mês de 2021 com vendas superiores a 200 mil unidades: 207 mil veículos foram emplacados, resultado 15% inferior ao do décimo-segundo mês de 2020, com 244 mil unidades.
Na comparação com novembro o mercado registrou crescimento de 19,7%.
Uma fonte ligada ao varejo afirmou à reportagem que as fábricas das empresas conseguiram acelerar a entrega de carros encomendados, especialmente por locadoras, nos últimos dias do ano. Os concessionários, porém, começaram a sentir redução nos pedidos, relatou a mesma fonte.
Os resultados discriminados por segmento, marca e modelos serão divulgados pela Fenabrave na quinta-feira, 6, quando o novo presidente, José Maurício Andreta Júnior, será apresentado à imprensa em entrevista coletiva. Na sexta-feira, 7, será a vez de a Anfavea divulgar os resultados de produção, vendas e exportação.