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Desde o que a indústria automotiva deu seus primeiros passos, há 130 anos, não se via tantas mudanças tecnológicas nem de modelos de negócios. Para os próximos dez anos são esperados avanços como estações rápidas de recarga de veículos elétricos, carros por assinatura e até táxis voadores. É o que aponta a Pesquisa Executiva Anual do Setor Automotivo Global 2021, em sua vigésima-segunda edição, realizada pela KPMG em 31 países e conduzida com 1 mil 118 executivos.
Acentuada pelas pressões e desafios da agenda ESG e da corrida para uma economia de baixa emissão de carbono, a eletrificação deverá apresentar expressivo crescimento até 2030. A maioria dos entrevistados, 77%, acredita inclusive que os consumidores se tornarão mais exigentes com relação ao tempo de recarga nas estações de carregamento, que hoje demora pelo menos três horas, ao pleitearem prazo de, no máximo, 30 minutos.
Questionados sobre a porcentagem de vendas de veículos novos alimentados por bateria, excluindo híbridos, dentro de cada mercado até 2030, eles avaliam que os elétricos dominarão metade do mercado de Japão, China, Estados Unidos e Europa Ocidental. No Brasil e na Índia essa fatia deverá chegar a 40%.
Pouco mais da metade dos executivos do setor, 53%, também disse estar confiante de que a indústria terá crescimento mais lucrativo nos próximos cinco anos. Flávia Spadafora, dirigente do setor automotivo da KPMG no Brasil, pontuou, no entanto, que problemas na cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra preocupam esses profissionais: “O modelo atual de negócios precisa ser reformulado para a superação dos atuais desafios”.