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Executiva destaca importância de cursos de formação para mulheres no transporte de cargas

por | mar 17, 2022 | Cotidiano, Notícias

Fonte: Blog do Caminhoneiro
Chapéu: Mulheres

Com 56 vagas disponibilizadas gratuitamente pelo SEST SENAT, curso ministrado pela Fabet é reconhecido como um dos principais do setor e tem foco em mulheres que possuem CNH nas categorias C, D ou E

O transporte de cargas é considerado o principal meio de abastecimento da indústria e comércio brasileiros. Ao todo, o setor é responsável por movimentar cerca de 65% de tudo aquilo que é transportado no país e segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) possui 157,4 mil empresas, com cerca de 5 milhões de funcionários, às quais se somam 558 mil autônomos e 351 cooperativas, com uma frota de quase 2 milhões de veículos.

Os números são expressivos e mostram a importância econômica apresentada pelo segmento. Porém, quando o assunto é diversidade, os números não condizem com a sua abrangência e um dos reflexos é a diferença de trabalhadores homens e mulheres motoristas de caminhão: as mulheres representam apenas 0,5% do total de caminhoneiros autônomos do Brasil, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), e quando vamos para motoristas de frota, esse número não é muito diferente.

Foi pensando justamente nesse cenário desfavorável que a Fabet (Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte), lançou, em 2021, o Curso de Formação para Mulheres no Transporte de Cargas, que visa profissionalizar mulheres que possuem o interesse em se desenvolver e conseguir empregos dentro do setor.

Para Joyce Bessa, Head de Gestão Estratégia, Finanças & Pessoas da TransJordano e embaixadora do curso da Fabet, “a Fundação tem feito um grande trabalho na formação de condutores de uma forma geral, e essa iniciativa focada nas mulheres é com certeza, algo fundamental. Precisamos de um setor mais capacitado e com mais profissionais e dar espaço para que as mulheres se desenvolvam, será fundamental para o crescimento do setor”.

Agora, após a busca de parcerias de Joyce e Fabet, o Curso de Formação para Mulheres no Transporte de Cargas ganhou o apoio da CNT (Confederação Nacional do Transporte) através do SEST SENAT. Que está oferecendo 56 vagas gratuitas para mulheres interessadas em ingressar no setor, ou seja, a matrícula e o curso serão custeados pelo SEST SENAT.

A ideia das entidades é formar profissionais altamente capacitadas e dar a elas a confiança necessária para concretizar o sonho de cruzar as rodovias de norte a sul do país. Segundo a CNT, em edital “Essa é uma das maneiras em que podemos contribuir para fortalecermos o transporte e o transformarmos em um setor cada vez mais inclusivo e igualitário”.

“O impacto desse curso é extremamente favorável e direto no nosso propósito de aumentar o número de mulheres no transporte de cargas, visto que são mulheres que não tem experiência, mas que tem um sonho. Então, para essas 56 mulheres que terão a chance de participar, de forma gratuita, de um curso que hoje é considerado um dos melhores do setor, será um impacto extremamente positivo, que trará frutos para todo o setor de transporte de cargas”, comenta Joyce.

O curso é exclusivo para mulheres que atendam os pré-requisitos: Ter ensino fundamental completo (desejável ensino médio completo), ter CNH na categoria C, D ou E, não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir e não ter experiência formal como motorista, registrada em carteira de trabalho. As 56 mulheres selecionadas, serão distribuídas em quatro turmas, com início previsto para abril de 2022.

Joyce Bessa acredita que as empresas do setor já estão olhando de forma mais aberta para as mulheres motoristas e agora, vê o curso como uma forma de impulsionar a contratação dessas profissionais. “As empresas estão olhando para as mulheres de uma forma mais positiva, posso dizer que agora as empresas realmente olham para as mulheres como candidatas as vagas. Então, acredito que os cursos dados pela Fabet e agora esse curso em parceria com o SEST SENAT, auxiliarão ainda mais na abertura de espaço para as mulheres no setor”.