Impulsionado pelos segmentos Indústria, principalmente, e Serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou com crescimento de 6,63% em 2021, em relação a igual período do ano passado, apesar da pandemia do coronavírus. O resultado cearense superou o nacional, que ficou em 4,6%.
A previsão do PIB estadual para 2022 é de 1,25%, superior ao projetado para o Brasil, de 0,5%. Os números estão no trabalho “PIB Trimestral do Ceará – 4º Trimestre e ano de 2021”, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará.
Os principais números da economia cearense foram antecipados, no início da tarde desta terça-feira (22), pelo governador Camilo Santana durante sua live. O crescimento do PIB do Ceará foi considerado por ele como uma “notícia muito boa” e mostra que o Estado está no caminho certo.
O PIB cearense, no quarto trimestre de 2021, chegou aos 3,44% em relação a igual período de 2020, superando o índice brasileiro, de 1,65% na mesma comparação. Dentre os três segmentos do PIB, a Indústria cearense apresentou melhor desempenho no ano passado, com 13,35%, contra 4,5% do nacional; seguida por Serviços, com 5,96% e nacional com 4,7%, e Agropecuária, com -4,71% e -0,2% do Brasil.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, esse resultado é consequência de todo um esforço das equipes da Sedet e vinculadas, e de uma nova POLíTICA de desenvolvimento econômico com foco na redução das desigualdades sociais, liderada pelo governador Camilo Santana. “O PIB do Ceará se mostrou acima das previsões. Estamos colhendo frutos de um trabalho árduo que tem a participação de todos que fazem o Sistema Sedet, com destaque para o trabalho de atração de investimentos, da geração de empregos, abertura de empresas, crescimento das exportações de frutas e pescado, e o recorde da movimentação portuária do Porto do Pecém”,afirmou Maia.
As boas notícias relacionadas ao PIB estão, inclusive, para as previsões de fechamento do índice este ano. Os analistas de políticas públicas do Ipece que elaboraram o trabalho esperam crescimento de 1,25% para a economia cearense em 2022, número que, se confirmado, é maior que o previsto para o Brasil, de 0,5% (Boletim Focus do Banco Central do último dia 11). A taxa prevista para este ano (realizada no início de março) é a mesma da previsão inicial divulgada para o Ceará em dezembro de 2021 (1,25%). A próxima será conhecida quando da divulgação do índice do PIB relativo ao primeiro trimestre de 2022.
Das quatro atividades do setor Industrial (13,35% em 2021), o melhor desempenho ficou como segmento de Eletricidade, Gás e Água, com 29,32%, seguido pela Construção Civil, com 15,06%; transformação, com 6,60%, enquanto a Extrativa Mineral caiu -21,08%.
Já no segmento Serviços, que apresentou crescimento de 5,96% em 2021, dos seis setores/atividades, o de Transporte registrou maior índice, com 10,80%, seguido por Comércio, com 8,59%; Intermediação financeira, com 6,73%; Administração Pública com 5,30%; Outros Serviços, com -0,25%, e Alojamento e alimentação, com -5%.
Os números da economia cearense foram apresentados pelo analista de Políticas Públicas do Ipece Nicolino Trompieri Neto, que coordenou a equipe que elaborou o PIB, formada pelos também analistas Witalo Paiva e Alexsandre Lira e os assessores técnicos Cristina Lima e José Freire Júnior, todos da Diretoria e Estudos Econômicos (Diec) do Ipece.
Índice
O PIB é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.