Agora, porém, é nas transações entre empresas que esse modelo cresce a taxas aceleradas
As plataformas de “marketplace”, que reúnem produtos de diversos lojistas ou fabricantes, viraram ambiente comum nos hábitos de compra do consumidor. Agora, porém, é nas transações entre empresas que esse modelo cresce a taxas aceleradas, prometendo aumentar a carteira de clientes da indústria, que também consegue captar dados que ajudam a definir estratégias de portfólio, de preços e até vender serviços atrelados aos produtos.
A Ambev, por exemplo, aposta alto no Bees, seu serviço de vendas digitais para bares e restaurantes. Além das próprias cervejas e refrigerantes, o grupo abriga em seu ecossistema “lojinhas” da BRF, M. Dias Branco, Pernod Ricard e Beam Suntory. Até o fim do primeiro trimestre, o volume bruto de mercadorias vendidas (GMV, na sigla em inglês) anualizado alcançou R$ 1,2 bilhão. A própria BRF se uniu à empresa de tecnologia VTex para desenvolver um “marketplace” no Chile.
O modelo de plataforma B2B, sigla em inglês para vendas entre empresas, está hoje “no momento que o B2C [vendas ao consumidor final] estava há 10 anos”, diz o vice-presidente de B2B da empresa de tecnologia Infracommerce, Guido Carelli. Ele se refere ao crescimento da digitalização das vendas entre as empresas e à multiplicação de plataformas “marketplace”. Somente neste ano, a unidade de negócio comandada por Carelli está desenvolvendo de 15 a 20 “marketplaces” de empresas.