Com movimentação de R$ 434,8 milhões de julho a setembro, resultado foi o melhor da história da empresa
Depois de atravessar o período da pandemia renegociando contratos e dando suporte aos clientes, a BBM Logística – um dos maiores operadores logísticos do modal RODOVIáRIO do Brasil e do Mercosul – comemora os resultados de 2022. A companhia registrou receita líquida recorde de R$ 434,8 milhões no terceiro trimestre deste ano (frente a R$ 356,2 milhões no mesmo período de 2021), o melhor resultado da história da empresa.
O Ebitda também foi recorde e alcançou R$ 49,2 milhões, superior aos R$ 47 milhões totalizados no primeiro semestre do ano – no comparativo com o trimestre anterior (abril a junho), o indicador foi de R$ 26 milhões, um crescimento de 89,2%.
De acordo com o vice-presidente administrativo-financeiro da BBM, André Gaia, apesar dos percalços atravessados pela economia brasileira nos últimos 12 meses, os resultados da empresa foram coerentes com os esforços de contenção de custos e aumento da carteira de clientes.
“Tivemos uma boa performance durante a pandemia, suportando nossos clientes. Mais recentemente, entre meados de 2021 e de 2022, começamos a ver no País uma escalada de inflação e juros e isso para o setor é um desafio grande. Principalmente quando dura tanto tempo. Isso exigiu de nós um esforço muito grande para buscar um reequilíbrio financeiro, com a preocupação de manter os clientes. E, no momento desse reequilíbrio, a inflação refluiu. Foi assim que conquistamos uma receita recorde”, explica Gaia.
O segmento de transporte registrou avanço de 15,5% na receita líquida, saindo de R$ 236,8 milhões no segundo trimestre de 2022 para R$ 273,6 milhões entre julho e setembro. Na carga-lotação, o crescimento foi de 28%, com um nível de serviço de 99%. No segmento de operações dedicadas, destaque para a renovação de um importante contrato de transporte de gases e um novo cliente no segmento agrofertilizantes, além da ampliação da capacidade de armazenagem.
O pipeline comercial segue aquecido, com 310 novos contratos conquistados no terceiro trimestre, totalizando R$ 30 milhões em receitas de novos negócios no período (R$ 264 milhões anualizados). O funil de vendas está robusto, com potencial de atingir R$ 1,2 bilhão em receitas futuras, o que sinaliza a continuidade de evolução comercial e desenvolvimento do negócio.
“Seguimos com uma disposição muito firme de manter o relacionamento com os clientes, com canais abertos de comunicação e negociação. Eficiência operacional e manutenção do nível de serviços foram fundamentais para o melhor resultado. Nesse sentido, o uso de tecnologia também é fundamental. A começar pelos caminhões com muita automação que trazem melhora na condução e itens de segurança. Do ponto de vista da gestão, trabalhamos com iniciativas de otimização de rotas e espaço nos armazéns. Estamos desenvolvendo uma plataforma digital para melhorar a velocidade de informação e acompanhamento do processo. Isso traz transparência e velocidade para os clientes”, pontua.
Capilaridade
Ao mesmo tempo em que segue se dedicando à expansão internacional – com unidade de negócios na Argentina e representantes na Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai -, a BBM mantém atenção máxima ao Brasil. São 30 unidades de negócios espalhadas pelo País (exceto região Norte), sendo três em Minas Gerais: Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); Ipatinga, no Vale do Aço; e Juiz de Fora, na Zona da Mata.
“Minas Gerais é um business que vem crescendo. Ainda estamos aquém do potencial do Estado, quando fazemos uma relação com o PIB, por exemplo. Toda logística brasileira passa pelo Estado e regiões como o Sul de Minas e o Triângulo são estratégicas. Minas é um lugar para a gente colocar foco. Em 2023 vamos continuar expandindo a malha de cobertura. Tem espaços na região Sudeste como um todo, além do Nordeste e do Norte, onde podemos aumentar nossa abrangência”.
Além das oportunidades, o território continental brasileiro traz desafios gigantescos, como a ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE). O modal rodoviário predominante no transporte de cargas, alimentado a diesel, é uma das condições que impõem dificuldades ao setor na pauta ESG.
“Ainda não estamos com um país pronto para uma mudança de matriz. Isso exige uma infraestrutura que não temos. Soma-se a isso o custo unitário dos veículos elétricos para grandes distâncias ainda proibitivo. Mas não é por isso que o setor e a BBM, especialmente, deixam de se esforçar. Nesse ponto, a tecnologia aplicada aos equipamentos e à gestão fazem diferença. No nosso inventário de carbono entre 2020 para 2021 registra que o volume de emissões aumentou 6% enquanto o nosso faturamento cresceu 36%. Isso significa que, embora ainda exista um longo caminho a ser percorrido, estamos indo rumo à responsabilidade socioambiental e à sustentabilidade”, completa o vice-presidente administrativo-financeiro da BBM Logística.