Uma reunião realizada nesta segunda-feira (30), em Corumbá, reuniu autoridades dos governos brasileiro, boliviano, de Mato Grosso do Sul e da prefeitura para debater o projeto da Ferrovia Transamericana, um modal logístico que engloba 1,6 mil km de ferrovia, ligando o Porto de Santos a Corumbá e outros 600 km dentro da Bolívia, totalizando 2,4 mil km de linha férrea.
No encontro, organizado em formato de Seminário, foram apresentados estudos já realizados sobre o projeto, que envolvem desde a viabilidade econômica das malhas viárias existentes, os regimes regulatórios do sistema de transporte de cada país, leis aduaneiras e infraestrutura de transbordo e intermodal existentes.
Para o Governo do Estado, a Ferrovia Transamericana desponta como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos, entre eles o Porto Seco de Três Lagoas (em andamento) e o Porto de Santos. Com ramais que vão da fronteira com a Bolívia até São Paulo, os produtos dessa região ganhariam patamar internacional, chegando a muitos países importadores.
O estudo de viabilidade econômica mostrou que há potencial para que o modal escoe celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar. Daniel Rossi destaca que para que a ferrovia seja viável é necessário o máximo de produtos passando por lá, mas não há ainda uma estimativa de carga anual.
A viabilidade da ferrovia, no entanto, depende de vários fatores como a prorrogação por mais 30 anos da concessão da Ferroeste à Rumo, de um road show com empresários e o financiamento do empreendimento orçado previamente em 2 bilhões de dólares.