Flávio Benatti foi presidente da NTC&Logística por seis ano, de 2008 a 2013, e teve como vice-presidente José Hélio Fernandes – atual presidente da entidade.
Quando assumiu a NTC, Flávio Benatti percebeu certo afastamento das entidades com aqueles que decidem o dia a dia das empresas.
Dentro das entidades atuam pessoas que buscam melhorar o setor por meio de mudanças na legislação, para conquistar mais segurança jurídica. No entanto, faltava uma oxigenação, faltava a participação dos jovens empresários e executivos do setor. “Então criei a COMJOVEM Nacional, que se consolidou, renovando as lideranças e fortalecendo o setor”, afirma Flávio Benatti.
Ainda nos primeiros dias de seu primeiro mandato na NTC, transformou os presidentes de federações em vice-presidentes da NTC em seus estados, para aumentar a representação da associação nacional.
Criou uma estrutura para fazer eventos em várias regiões do país para difundir a COMJOVEM e envolver um número maior de jovens de diversas localidades. “Quando deixei a presidência da NTC eram 26 grupos com participação de cerca de 500 jovens”, comemora.
Para a COMJOVEM Nacional, Flávio Benatti buscou apoio junto à Confederação Nacional dos Transportes (CNT) para novas ações, como a especialização na gestão de transporte. “Vários jovens já se formaram nas várias turmas de cursos da Dom Cabral em parceria com a CNT”.
Hoje, com a COMJVOEM há um grande encontro de gerações e um respeito mútuo. Os jovens estão engajados e buscam informação com os mais experientes. Nas entidades, já é possível observar o surgimento de presidentes e diretores de sindicatos oriundos da COMJOVEM.
“Na gestão do presidente José Hélio Fernandes a COMJOVEM continua e se fortalece com o apoio da diretoria, das federações e sindicatos regionais”. A continuidade dos eventos itinerantes, iniciados pelo Geraldo Vianna, ex-presidente da NTC, também foi importante para o fortalecimento do envolvimento e do debate de questões do setor.
Na gestão de Flávio Benatti houve um avanço grande na segurança jurídica para o setor, como ocorreu com a aprovação da Lei 12.619/2012, conhecida como Lei do Motorista. “A lei foi construída com o envolvimento e entendimento dos setores empresarial e laboral e supervisão do Ministério Público do Trabalho. Foram quatro anos para encontrar um bom entendimento”. O que incentivou a busca de uma legislação para o setor foi o projeto de lei do estatuto do motorista do senador Paulo Paim.
Nos anos seguintes, a discussão sobre o tema continuou, sendo publicada a Lei 13.103, em 2015. “Procuramos continuar a estruturar a NTC, posicionando cada vez mais a entidade nacionalmente, criando temas e debates para buscar mais entendimentos e contribuições para o setor e para a própria NTC”.
Slogan
A gestão de Flávio Benatti não teve um slogan, mas foi bastante voltada ao empresário, dando instrumentos para que ele pudesse gerir melhor a sua empresa, por meio de pesquisa dentro dos diversos segmentos de transportes. “Continuamos a divulgação das defasagens do frete, apontado a necessidade de apuração rigorosa dos custos da empresa. Também atuamos para uma maior segurança jurídica do setor”, lembra.
O que mudou de lá para cá
De acordo com Flávio Benatti, o setor evoluiu bastante. Hoje tem um maior reconhecimento de sua importância para a sociedade e economia brasileira. As autoridades públicas reconhecem as lideranças empresariais do TRC. “Cada vez mais somos protagonistas de questões que envolvem o transporte RODOVIáRIO de cargas em todas as esferas governamentais. Também temos o reconhecimento de organizações privadas”.
A busca por maior segurança jurídica no setor tem trazido constantes mudanças na gestão das empresas e das entidades sindicais exigindo um maior envolvimento das lideranças do setor.
Desafios
São muitos os desafios. Um deles será a implantação da legislação prevista no projeto de lei do Marco Regulatório quando for aprovado. Trata-se de uma legislação complexa que trará muitas mudanças para o TRC. “Temos ainda que continuar buscando cada vez mais segurança jurídica para a atividade, renovação da frota de caminhões com sucateamento dos veículos velhos, redução da carga tributária e melhoria da infraestrutura de transportes”.
Para os próximos anos, Flávio Benatti espera que o setor ganhe cada vez mais maturidade, diante do importante papel que representa no contexto econômico brasileiro. E que conquiste maior segurança jurídica em todos os aspectos da atividade. “Enfim, que os desafios de hoje sejam conquistas em breve”, conclui.