Uma ação muito aguardada pelos agentes logísticos no Estado está prestes a ser iniciada. Está prevista para começar na segunda-feira a dragagem do porto do Rio Grande. O contrato determina em até 10 meses o prazo para conclusão do trabalho, mas, conforme o superintendente do Porto do Rio Grande, Janir Branco, existe a possibilidade desse cronograma ser antecipado.
Nessa quinta-feira, foi assinada no município gaúcho a ordem de início da dragagem, com a presença do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira. A primeira embarcação que irá retirar os sedimentos deve chegar a Rio Grande nesta sexta-feira e, em breve, uma segunda deve ser agregada ao serviço. Em janeiro, Branco adianta que mais equipamentos deverão se juntar na tarefa. Os trabalhos serão executados pelo consórcio das empresas Jan De Nul e Dragabrás.
O investimento será de aproximadamente R$ 300 milhões, com recursos do governo federal, sem contrapartidas do Estado. A operação prevê a retirada de cerca de 16 milhões de metros cúbicos de sedimentos. Com a remoção desse material, o calado operacional do superporto de Rio Grande (onde ficam os terminais privados, como Bianchini e Tecon) passará de 12,8 metros para 16 metros.
Já no porto novo (onde está o cais público), a profundidade irá de 9,45 metros para 10,45 metros. No canal externo, o calado aumentará de 16 metros para 18 metros. Branco enfatiza que a dragagem propicia mais segurança para a navegação, além de permitir que os navios transportem maiores volumes de cargas.
O superintendente acrescenta que já na próxima safra agrícola do Rio Grande do Sul, no período em que terá o fluxo de escoamento mais intenso, entre abril e maio, será possível observar melhoras na operação devido à dragagem, mesmo se a ação ainda não tiver terminada. Após finalizada a dragagem de manutenção, o porto do Rio Grande poderá receber navios com até 365 metros de comprimento – 29 metros a mais em comparação às embarcações que atualmente acessam o canal. Para isso, serão entregues os estudos necessários para que a Marinha do Brasil homologue o novo calado.