O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA de novembro apresentou variação de -0,21%, enquanto em outubro a taxa foi de 0,45%. Este resultado foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%. Para um mês de novembro, foi a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994. O acumulado no ano ficou em 3,59%, acima dos 2,50% registrados em igual período de 2017. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,05%, abaixo dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,28%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Período | TAXA |
---|---|
Novembro de 2018 | -0,21% |
Outubro de 2018 | 0,45% |
Novembro de 2017 | 0,28% |
Acumulado no ano | 3,59% |
Acumulado nos 12 meses | 4,05% |
Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação de outubro para novembro, com destaque para Transportes (-0,74%), grupo responsável pelo maior impacto negativo no IPCA de novembro, com -0,14 ponto percentual (p.p.), e Habitação (-0,71% e -0,11p.p.). No lado das altas, a maior contribuição (0,10 p.p.) ficou com o grupo Alimentação e bebidas, cuja variação foi de 0,39%.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral | 0,45 | -0,21 | 0,45 | -0,21 |
Alimentação e Bebidas | 0,59 | 0,39 | 0,15 | 0,10 |
Habitação | 0,14 | -0,71 | 0,02 | -0,11 |
Artigos de Residência | 0,76 | 0,48 | 0,03 | 0,02 |
Vestuário | 0,33 | -0,43 | 0,02 | -0,03 |
Transportes | 0,92 | -0,74 | 0,17 | -0,14 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,27 | -0,71 | 0,03 | -0,09 |
Despesas Pessoais | 0,25 | 0,36 | 0,03 | 0,04 |
Educação | 0,04 | 0,04 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,02 | -0,07 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O grupo dos Transportes, que em outubro apresentou a maior variação e o maior impacto entre os grupos de produtos e serviços pesquisados (0,92% e 0,17 p.p.), em novembro inverteu o sentido e mostrou-se com a menor variação (-0,74%) e o menor impacto entre os grupos (-0,14 p.p.), principalmente por conta dos combustíveis (-2,42%). A gasolina ficou, em média, 3,07% mais barata em novembro. Já as quedas do óleo diesel e do etanol foram menos intensas, -0,58% e -0,52%, respectivamente, ante as altas de 2,45% e 4,07% registradas em outubro. O gás veicular seguiu a trajetória de alta, passando de 0,06% para 5,45% em novembro.
Regionalmente, todas a áreas pesquisadas apresentaram queda de preços na gasolina, ficando entre os -5,35% registrados em Brasília e o -1,06% da região metropolitana do Rio de Janeiro. Ainda nos Transportes, o item passagem aérea também desacelerou, com alta de 2,92% frente aos 7,49% de outubro.
No grupo Habitação (-0,71%), o destaque ficou com o item energia elétrica (-4,04%), maior contribuição negativa no IPCA de novembro (-0,16 p.p.). As áreas apresentaram variação entre os -6,83% da região metropolitana de Fortaleza e os 4,31% de Goiânia. A alta nesta última deveu-se ao reajuste de 15,56% nas tarifas, em vigor desde 22 de outubro. A queda nas demais foi motivada pela mudança na bandeira tarifária. Em novembro, passou a vigorar a bandeira amarela, com a cobrança adicional de R$0,01 para cada kwh consumido. Em outubro, a cobrança adicional era de R$0,05 por kwh consumido.
Cabe destacar os seguintes reajustes nas tarifas de energia elétrica: 7,35% em uma das concessionárias de Porto Alegre (-4,79%), a partir de 22 de novembro; 15,23% em uma das concessionárias em São Paulo (-5,32%), a partir de 23 de outubro e 6,18% em Brasília (-0,63%), desde 22 de outubro.
Ainda no grupo Habitação, a variação de 2,08% no item gás encanado foi em razão do reajuste de 4,61% na tarifa no Rio de Janeiro (3,91%), em vigor desde 1º de novembro. O gás de botijão registou alta de 0,52%. A Petrobras autorizou reajuste de 8,53%, nas refinarias, em 6 de novembro, para o gás de botijão de 13kg.
No grupo Saúde e cuidados pessoais, a variação de -0,71% ocorreu, principalmente, por conta dos itens de higiene pessoal, em média, 4,65% mais baratos. No Vestuário (-0,43%), foram registradas variações negativas nas roupas masculinas (de 0,68% em outubro para -0,63% em novembro), roupas femininas (de 0,52% em outubro para -1,28% em novembro) e roupas infantis (de 0,31% em outubro para -0,43% em novembro). Na Comunicação (-0,07%), o destaque são os aparelhos telefônicos com queda de 1,44%.
No lado das altas, com 0,10 p.p. de impacto no índice do mês, o grupo Alimentação e bebidas apresentou desaceleração no nível de preços de outubro (0,59%) para novembro (0,39%) sob influência dos alimentos para consumo no domicílio (de 0,91% em outubro para 0,34% em novembro). Alguns itens ficaram mais caros de um mês para o outro, a exemplo da cebola (24,45%), do tomate (22,25%), da batata-inglesa (14,69%) e das hortaliças (4,43%). Por outro lado, o leite longa vida manteve a trajetória de queda dos últimos meses, variando -7,52% com contribuição de -0,08 p.p. no índice do mês. Na alimentação fora (0,49%), os destaques são a refeição (de 0,01% em outubro para 0,58% em novembro) e o lanche (de -0,25% em outubro para 0,29% em novembro).
Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Belém (0,00%) e de Goiânia (0,12%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,31% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,43%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,13%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 3,59 | 0,55 | 0,12 | 3,17 | 3,67 |
Belém | 4,23 | 0,54 | 0,00 | 2,51 | 2,33 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,21 | -0,02 | 3,88 | 4,45 |
Fortaleza | 2,91 | 0,63 | -0,07 | 2,83 | 3,39 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,41 | -0,09 | 3,99 | 4,33 |
Rio Branco | 0,42 | 0,51 | -0,11 | 2,79 | 2,79 |
São Luís | 1,87 | 0,37 | -0,11 | 2,39 | 2,39 |
Recife | 4,20 | 0,21 | -0,11 | 2,65 | 3,09 |
Curitiba | 7,79 | 0,58 | -0,26 | 3,56 | 4,15 |
Vitória | 1,78 | 0,70 | -0,30 | 4,19 | 4,60 |
São Paulo | 30,67 | 0,41 | -0,30 | 3,64 | 4,28 |
Campo Grande | 1,51 | 0,71 | -0,31 | 2,91 | 3,06 |
Aracaju | 0,79 | 0,52 | -0,31 | 1,95 | 1,95 |
Salvador | 6,12 | 0,46 | -0,31 | 3,45 | 3,56 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,72 | -0,42 | 4,35 | 4,63 |
Brasília | 2,80 | 0,41 | -0,43 | 2,73 | 3,34 |
Brasil | 100,00 | 0,45 | -0,21 | 3,59 | 4,05 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 26 de outubro de 2018 (base).
INPC varia – 0,25% em novembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de -0,25% em novembro, bem abaixo do 0,40% registrado em outubro. Este resultado é o menor desde junho de 2017 quando o INPC ficou em -0,30% e, para um mês de novembro, é o menor patamar desde a implantação do Plano Real em 1994. O acumulado no ano ficou em 3,29%, acima do 1,80% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 3,56%, abaixo dos 4,00% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,18%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em novembro enquanto, no mês anterior, registraram 0,61%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de -0,55% enquanto, em outubro, havia registrado 0,31%.
Quanto aos índices regionais, conforme a tabela a seguir, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Fortaleza (0,06%) e de Goiânia (0,34%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,34% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,58%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,80%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.
Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,15 | 0,54 | 0,34 | 2,98 | 3,47 |
Fortaleza | 5,42 | 0,53 | 0,06 | 2,54 | 3,04 |
Belém | 6,44 | 0,50 | -0,03 | 2,14 | 1,84 |
São Luís | 3,11 | 0,37 | -0,08 | 2,02 | 2,02 |
Recife | 5,88 | 0,16 | -0,08 | 2,01 | 2,48 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,33 | -0,10 | 3,60 | 3,73 |
Rio Branco | 0,59 | 0,50 | -0,16 | 3,15 | 3,15 |
Salvador | 8,75 | 0,44 | -0,21 | 3,05 | 3,10 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,15 | -0,26 | 4,04 | 4,36 |
Curitiba | 7,29 | 0,60 | -0,34 | 3,66 | 4,10 |
Aracaju | 1,29 | 0,60 | -0,36 | 1,48 | 1,48 |
Vitória | 1,83 | 0,71 | -0,41 | 4,24 | 4,42 |
São Paulo | 24,24 | 0,31 | -0,43 | 3,53 | 3,97 |
Campo Grande | 1,64 | 0,61 | -0,43 | 2,47 | 2,49 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,69 | -0,54 | 4,36 | 4,45 |
Brasília | 1,88 | 0,38 | -0,58 | 2,19 | 2,36 |
Brasil | 100,00 | 0,40 | -0,25 | 3,29 | 3,56 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 26 de outubro de 2018 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.