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Uso de tecnologias geoespaciais atualiza faixa de fronteira brasileira

por | mar 29, 2019 | Internacional

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Chapéu:

A partir da utilização de um conjunto de modernas tecnologias geoespaciais, o IBGE atualizou a extensão da faixa de fronteira do Brasil com os países da América do Sul. Considerada de segurança nacional, essa área totaliza 1,4 milhão km2, o equivalente a 16,6% do território brasileiro.

A faixa tem 150 km de largura ao longo dos 15,9 mil km de fronteira com os países vizinhos. Internamente, ela compreende 588 municípios, sendo 432 totalmente dentro da faixa e 156 apenas parcialmente.

Os estados do Sul são os que concentram a maior quantidade de municípios na faixa de fronteira, com 196 no Rio Grande do Sul, 139 no Paraná e 83 em Santa Catarina. Já os municípios que estão na linha de fronteira chegam a 121, como é o caso de Guajará Mirim (RO), Porto Murtinho (MS) e São Borja (RS), que estão no limite com Bolívia, Paraguai e Argentina, respectivamente.

“As recentes atualizações ocorreram principalmente na seção sul da fronteira, no trecho do Uruguai até a Bolívia, devido a uma série de melhorias na divisa, sem representar ganho de território para um país ou outro. São ajustes em função da melhoria de equipamentos, como as imagens de satélite, que permitem a ampliação das áreas”, diz o coordenador de Estruturas Territoriais do IBGE, Roberto Tavares.

Para realizar essas alterações junto aos 10 países que têm fronteira com o Brasil, o IBGE consulta a Comissão Demarcadora de Limites do Ministério das Relações Exteriores, órgão responsável pela demarcação e caracterização das fronteiras do país. Já a atualização do lado leste da faixa se dá pelo esforço das unidades estaduais e agências do IBGE em obter informações sobre a atualização de limites dos municípios.

“O IBGE é uma instituição que vê o país como um todo. Como temos uma rede de unidades estaduais e agências, somos capazes de obter as informações necessárias”, explica Tavares.

A medição atual foi realizada a partir do Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS2000) e o cálculo de áreas foi feito por geoprocessamento. O IBGE já tinha calculado a área da faixa de fronteira em 1941, utilizando tecnologias disponíveis à época, como o planímetro.