A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 recuou de 0,87% para 0,85%, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do PIB em 2,20%.
Há quatro semanas, a estimativa de crescimento para 2019 era de 1,13% e para 2020 estava em 2,50%. Na última quinta-feira, dia 27, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,0% para elevação de 0,8%.
No Focus divulgado ontem, a projeção para a alta da produção industrial de 2019 foi de 0,72% para 0,71%. Há um mês, estava em 1,49%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,00%, igual a quatro semanas antes.
A pesquisa mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,28% para 56,19%. Há um mês, era 56,28%. Para 2020, a expectativa foi de 58,58% para 58,55%, ante os mesmos 58,55% de um mês atrás.
Superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2019 de superávit comercial de US$ 50,60 bilhões para US$ 50,80 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 50,50 bilhões. Para 2020, a estimativa de superávit seguiu em US$ 46,40 bilhões, ante US$ 45,10 bilhões do mês anterior. Na estimativa mais recente do Banco Central, o saldo positivo de 2019 ficará em US$ 46,0 bilhões. Essa projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação do mês de junho.
O relatório de mercado Focus mostrou ainda a manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,80, igual ao visto um mês atrás. Para o próximo ano, a projeção para o câmbio também permaneceu em R$ 3,80, igual ao verificado quatro pesquisas atrás.
Houve manutenção também nas projeções para o resultado primário do governo em 2019 e 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 1,40%. No caso de 2020, permaneceu em 1,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,37% e 0,90%, respectivamente. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2019 passou de 6,40% para 6,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2020, foi de 6,05% para 6,00%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 6,20% e 5,98%.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Conta corrente
No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2019 passou de déficit de US$ 23,00 bilhões para US$ 22,80 bilhões, ante US$ 25,05 bilhões de um mês antes. Para 2020, a projeção de rombo foi de US$ 32,80 bilhões para US$ 33,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 35,30 bilhões. O BC projeta déficit em conta de US$ 19,3 bilhões em 2019.