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Indústria tem R$ 63 bilhões à disposição para financiar inovação

por | jun 20, 2024 | Notícias, Outros

Fonte: Metrópoles (19/06/2024)
Divulgação/Canva
Chapéu: Indústria

Créditos para Pesquisa e Desenvolvimento, e compra de máquinas e equipamentos para a indústria estão em agências e bancos de fomento

A indústria de transformação brasileira tem à disposição ao menos R$ 63 bilhões em créditos para inovação até 2026, uma boa parte deles não reembolsáveis, por meio de projetos que vão desde Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) à compra de máquinas e equipamentos. Os valores estão espalhados em bancos e agências de fomento estaduais e federais, e foram levantados pelo Metrópoles.

A maior parte dos recursos está incluída na Nova Indústria Brasil (NIB), a industrial do governo federal. O dinheiro pode ser acessado por meio de um projeto de inovação apresentado pelas empresas, de qualquer setor industrial e de todos os portes, de microempresa à grande indústria. Em alguns casos, como na Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o dinheiro pode ser liberado em até 30 dias.

“É de suma importância que haja financiamento competitivo para inovação. O que faz uma empresa investir é baixo custo financeiro e o que faz um país crescer é o investimento”, afirma Antonio Carlos Teixeira Álvares, diretor financeiro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

A maior fatia do bolo de R$ 63 bilhões está na Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com R$ 41 bilhões. São R$ 20,5 bilhões em financiamento, remunerados pela Taxa Referencial (TR), atualmente em 0,087%, mais juros de 2,8% a 5,8% ao ano e, a depender da linha pretendida, com carência de até 48 meses para começar a pagar. Os prazos do financiamento variam de 72 a 240 meses.

Os demais R$ 20,5 bilhões são não reembolsáveis, ou seja, não precisam ser pagos de volta pela empresa. Esse valor depende do tamanho da participação da Finep no projeto — um meio de dividir o risco da inovação —, que pode ser de até 100%.

Os recursos da Finep, que é ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), vêm quase todos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT).

A segunda maior fatia do bolo está no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco tem R$ 20 bilhões vindos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para serem utilizados em quatro anos.

O BNDES aceita projetos de investimento em P&D, em plantas industriais com processos não existentes no Brasil, em difusão tecnológica e de transformação digital. As linhas partem de R$ 10 milhões por empresa e têm indexação pela TR ou pela Taxa de Longo Prazo (TLP), e remuneração do BNDES de 1,1% a 2,7%.