Do total de 23.762 produtos emplacados de janeiro a fevereiro deste ano, 1,59% superior a igual período de 2024, o segmento de leves cresceu 28,69%, com 11.362 unidades, e o de pesados teve redução de 14,85%, chegando a 12.400 unidades
As vendas de implementos rodoviários apresentaram resultados positivos no primeiro bimestre de 2025, com 23.762 produtos emplacados, o que representou um crescimento de 1,59% sobre o mesmo período de 2024, quando foram comercializadas 23.391 unidades no mercado brasileiro, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).
O destaque no período está no segmento de carrocerias sobre chassis, com 11.362 produtos distribuídos ao mercado, 28,69% superior ao primeiro bimestre de 2024, quando foram entregues 8.829 unidades. “O segmento de leves surpreende nesse início de ano com todas as linhas de produtos apresentando curva positiva de crescimento”, afirma José Carlos Sprícigo, presidente da Anfir.
Segundo a Anfir, o segmento de leves segue em direção a patamares mais elevados de vendas, num movimento de recuperação histórica de sua participação de mercado. Neste segmento, o maior volume comercializado de janeiro a fevereiro de 2025 foi de baú alumínio/frigorífico, com 4.749 unidades, aumento de 25,4% sobre igual período de 2024 (3.787 unidades), seguido por graneleiro/carga seca, com 2.550 unidades, 30,57% a mais que nos dois primeiros meses do ano passado (1.953 unidades), e basculante, que teve 1.297 unidades emplacadas, 26,66% acima de igual período do ano anterior (1.024 unidades).
Reboques e semirreboques
O segmento de reboques e semirreboques teve 12.400 unidades emplacadas no primeiro bimestre de 2025, redução de 14,85% em relação a igual período do ano passado, quando foram comercializados 14.562 produtos no país. O presidente da Anfir atribui a queda no início deste ano aos juros elevados e sem previsão de que eles baixem, além do alto custo da produção com a queda do mercado. “De certa forma, já existe uma dificuldade de acesso ao crédito que coaduna com um cenário não favorável de curto e médio prazo”, comenta Sprícigo. E adverte: “se não houver reação no mercado de reboques e semirreboques, vamos ter que alterar nossa previsão para 2025”.
O presidente da Anfir destaca que a alta de juros e a restrição ao crédito são fatores de preocupação para o segmento de pesados. Ele assinala que a notícia passada pelo setor de agronegócio de que o Brasil terá crescimento de 11,1% na safra de soja 2024/25 mostra que poderá haver recuperação nos negócios. “Mas ela não é imediata e precisamos estar atentos e avaliando o desempenho do mercado mês a mês”, afirma Sprícigo.
Mercado externo
No mercado externo, o resultado não é favorável neste início de ano. Em janeiro, as empresas exportaram 220 implementos rodoviários, 24,66% inferior ao mesmo mês de 2024, quando foram comercializados 292 produtos no mercado internacional.