Foto: Juliana Cardilli/ G1
A Prefeitura de São Paulo liberou a circulação de alguns veículos de carga em período integral por tempo indeterminado na cidade.
De acordo com a gestão municipal, o objetivo é ajudar a garantir o abastecimento de mercadorias e os produtos na cidade durante o período de isolamento social por conta do aumento de casos de coronavírus.
A medida vale para os caminhões que transportam:
- Produtos alimentares perecíveis
- Caminhões do segmento de feiras livres
- Materiais imunológicos, vacinas e kits de sorologia
- Veículos Urbanos de Carga (vucs)
Os veículos que têm autorização especial do Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) para realizar essas atividades podem circular pela cidade, sem se preocupar com as limitações da Zona de Máxima de Restrição à circulação de caminhões e com o rodízio.
Comércio
Nesta quarta-feira (18), o prefeito Bruno Covas assinou um decreto determinando o fechamento do comércio na cidade de São Paulo a partir de sexta-feira (20) até o dia 5 de abril, por causa da crise do coronavírus na cidade.
Segundo o prefeito, a restrição atinge apenas os atendimentos presenciais do comércio. As lojas poderão continuar vendendo produtos através do telefone ou das vendas online, por sites ou aplicativos.
Continuarão funcionando em SP:
- Hipermercados e supermercados;
- Padarias;
- Farmácias;
- Postos de gasolina;
- Lojas de conveniência;
- Restaurantes e lanchonetes;
- Lojas de produtos para animais;
- Feiras livres.
“As lojas poderão continuar a funcionar para balanços, entregas delivery, inventário, pequenas reformas. Mas atendimento presencial fica proibido a partir de sexta-feira.Quem não atender pode ter a licença cassada e o local fechado pela prefeitura”, disse Covas.
De acordo com o prefeito, apenas padarias, farmácias, restaurantes e lanchonetes, supermercados, postos de gasolina, lojas de conveniência e produtos para animais e feiras livres não serão fechados e terão autorização de funcionamento durante o período de vigor do decreto.
Para continuarem funcionando, porém, os restaurantes e lanchonetes da cidade terão que obedecer a distância mínima de um metro entre as mesas, além de intensificarem as ações de limpeza e disponibilizarem álcool gel aos clientes e informações sobre a Covid-19 nos estabelecimentos.
“É preciso tomar medidas cada vez mais restritivas porque o número de casos confirmados na cidade por causa do coronavírus cresce na ordem de 33% por dia pelo que está sendo observado. Queremos contar com o apoio da população para que, além de lavar as mãos, permaneçam em casa. O trabalho conjunto entre poder público e sociedade é fundamental para que a gente possa passar por esse situação”, afirma Covas.
A Prefeitura de São Paulo também informa que o decreto assinado por Bruno Covas não afeta os estabelecimentos de serviços da capital paulista e nem as praças de alimentação, supermercados, bancos e outros serviços que funcionam dentro dos shoppings. Porém, as lojas dentro dos shoppings centers da capital deverão permanecer fechadas até 05 de abril.
Mais cedo, o governador de São Paulo, João Dória, determinou o fechamento dos shoppings e academias da Grande São Paulo até 30 de abril e a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP) informou que irá cumprir integralmente a determinação. Porém, a Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (ABLOS), outra entidade de representação dos lojistas, afirmou que se organiza para pedir moratória aos empreendimentos, além da isenção do aluguel e flexibilização no pagamento da taxa de condomínio.
O decreto do prefeito Bruno Covas também autoriza as subprefeituras a suspenderem as autorizações dos camelôs para atuarem na cidade durante o período de vigor do decreto, permitindo que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) remova das ruas os ambulantes que desobedecerem a determinação.