Foto: Jefferson Bernardes / PMPA
Vinte e duas entidades dos setores econômico e produtivo, entre elas a FETRANSUL, se reuniram neste fim de semana e redigiram um novo comunicado oficial conjunto, pedindo a retomada imediata das atividades econômicas em Porto Alegre. O documento, que também é dirigido aos cidadãos, foi enviado ao prefeito da capital, Nelson Marchezan Jr., na manhã deste domingo (02).
Na abertura, a carta diz que: “Vivemos há mais de 4 meses com atividades restritivas aos hábitos e costumes da sociedade porto-alegrense, entre os quais o livre arbítrio de trabalhar, comprar e vender. Neste período, o poder público teve tempo e a verba necessária para dotar nossa cidade de estrutura física e de pessoal para o atendimento médico da população atingida pela pandemia”. As entidades elencam as demandas que esperam ver atendidas e fazem sugestões como , por exemplo, de horários para o funcionamento do comércio.
Além disso, os empresários reforçam que “os protocolos de saúde, que protegem os trabalhadores e os clientes da Covid-19, serão rigorosamente seguidos, cobrados e difundidos por nossas entidades, buscando uma conscientização cada vez maior de nossa população”.
Com a repercussão do pedido, o prefeito convidou as entidades para uma reunião virtual às 15h desta segunda-feira (03). O presidente da FETRANSUL, Afrânio Kieling, irá participar do encontro: “O setor da logística e do transporte RODOVIáRIO de cargas não parou, mas, com a indústria e o comércio fechados, também sentimos o impacto da crise. Somos uma cadeia, onde cada setor é importante para abastecer a sociedade e manter a economia de pé. Os setores produtivos e econômicos não suportam mais as consequências severas das restrições. O fechamento de empresas, lojas e o desemprego são nocivos para toda a sociedade. O comunicado demonstra união. Cobramos sensibilidade e coerência do poder público e pedimos a colaboração dos cidadãos para cumprir as medidas de higiene e distanciamento social, tal e como nossas empresas já fazem”.
Leia abaixo a íntegra do comunicado
Fonte: Assessoria de imprensa da FETRANSUL
COMUNICADO – Aos cidadãos de Porto Alegre
Vivemos há mais de 4 meses com atividades restritivas aos hábitos e costumes da sociedade porto alegrense, entre os quais, o livre arbítrio de trabalhar, comprar e vender. Neste período o poder público teve tempo e a verba necessária para dotar nossa cidade de estrutura física e de pessoal para o atendimento médico da população atingida pela pandemia.
Temos agora que buscar medidas também para a preservação de nossa economia, quer pessoal, familiar ou empresarial, sem as quais não teremos condições de manter a luta contra este vírus e em defesa da vida.
Considerando a necessidade de manter os cuidados para diminuir a aglomeração das pessoas no transporte público e procurando minimizar as possibilidades de contágios, apresentamos as seguintes medidas, numa primeira fase, que urgem serem tomadas, sempre mantendo o diálogo com as partes envolvidas para novos ajustes:
- 1 – A abertura do comércio, independentemente do seu porte, nos seguintes horários: comércio tradicional (de rua) das 9 h às 17h e dos shopping centers das 12 h às 20 h;
- 2 – Abertura de bares e restaurantes nos horários de 11h às 22 h.
- 3 – Atendimento dos prestadores de serviços em período único das 10h às 16 h, excetuando as instituições de ensino que atenderão os termos acordados com o Governo do Estado
- 4 – Liberação das atividades na Construção Civil, igualando as obras públicas e privadas, no horário das 7h às 17h
- 5 – A ampliação dos horários de atendimento das atividades essenciais e a flexibilização dos estacionamentos para minimizar eventuais concentrações e aglomerações.
Os protocolos de saúde, que protegem os trabalhadores e clientes do covid-19, serão rigorosamente seguidos, cobrados e difundidos por nossas entidades, buscando uma conscientização cada vez maior de nossa população.
Frente ao acima exposto é imperioso que o poder público decrete a retomada inadiável e imediata das atividades econômicas. Estamos abertos a um processo construtivo, sob pena de ruptura dos canais de interlocução e do colapso do sistema econômico e; por conseguinte, da saúde de toda a população.
Porto Alegre, 1° de agosto de 2020