O Transporte RODOVIáRIO de Carga (TRC) movimenta em quantidade de produtos praticamente 61% de tudo que é transportado, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT, 2017). Os produtos que são transportados no mundo em algum momento estarão sobre um caminhão, uma vez que nada chega a nossas casas através de barcos ou trens.
Assim, qualquer medida para reduzir os índices de consumo trará ganhos financeiros e aumentará a produtividade com a consequente rentabilidade do TRC. Além deste ponto de rentabilidade, que é muito importante, temos ainda a questão ambiental, pois todos os veículos são emissores de diversos gases nocivos à saúde do ser humano. Por estas razoes não podemos errar na especificação dos veículos e nunca deixar de treinar os motoristas para auxiliar na redução de emissões, e aumento da segurança nas estradas através da direção econômica.
O óleo diesel representa grande parte dos custos e sem grandes perspectivas em larga escala para substituição deste, a racionalização é de grande importância. O sistema de custos tem seu principal objetivo gerar informações sobre oportunidades de melhorias nos desempenhos das empresas, em termos do resultado econômico (BRUNI; FAMÃ, 2008).
Contudo, o fator mais elementar com efeitos sobre a economia é a maneira de dirigir. Para uma operação econômica, o veículo deve ser conduzido de uma forma previdente, evitando-se acelerações e frenagens frequentes e desnecessárias. A velocidade do veículo deve ser compatível com as condições de tráfego e as marchas devem ser selecionadas de forma criteriosa para assegurar o funcionamento do motor, sempre que possível, dentro do regime de rotação mais econômico (MERCEDES-BENZ, 2007).
Nos treinamentos de direção partimos do princípio do conhecimento adquirido pelo motorista, fica a ele o poder de decisão sobre aplicá-lo ou não de acordo com sua motivação para realização de sua tarefa. A motivação humana se refere às razões pelas quais as pessoas se comportam de certo modo. Em termos gerais, a motivação pode ser descrita pelo direcionamento e a persistência de determinada ação. Isto está relacionado com a escolha que as pessoas fazem de um particular curso de ação, e porque continuam muitas vezes por longos períodos, mesmo encontrando grandes dificuldades a fazerem as mesmas coisas (SILVA, 2004).
Assim, cabem as fábricas de veículos incorporarem, criar e desenvolver ferramentas que possam transformar os ativos imobilizados dos transportadores em softwares altamente parametrizáveis. Os caminhões precisam acima de tudo darem segurança nas rodovias para nossos motoristas e para terceiros, mas entregarem o resultado almejado, independente do operador. Embora o caminhão traga algumas ferramentas de gestão ainda somos muito dependentes dos condutores, e todo o mundo sabe o risco disto. Quem de nós nunca usou o celular ao volante para realizar uma ligação ou mesmo digitar uma mensagem? A tecnologia salvará vidas e trará excelentes resultados operacionais.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12c e Excel. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CNT. Anuário CNT do Transporte 2017. Disponivel em: http://anuariodotransporte.cnt.org.br/2018/Rodoviario/1-1-/Principais-dados. Acesso em: 9 nov. 2018.
MERCEDES BENZ. Manual de operação. Campinas: Daimler Chrysler do Brasil Ltda, 2007.
SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
Responsável: Fernando Natal