Os impactos deste conflito nas empresas de transporte RODOVIáRIO de cargas e na vida da população dos grandes centros urbanos.
Atualmente estamos habituados a conviver com as mais diversas tecnologias, e através delas, constantemente surgem inovações de produtos e serviços que beneficiam os consumidores dos mais variados níveis. Porém, como nem tudo são flores, muitas vezes estas inovações esbarram em burocracias que desestimulam empreendedores em suas iniciativas.
Para exemplificar o contexto acima citado, podemos mencionar o recente caso ocorrido na cidade de São Paulo, envolvendo a empresa especializada em micromobilidade urbana, Grow Mobility, e a prefeitura do município. A start-up que conta com mais de 135 mil patinetes e bicicletas em sete países diferentes da América Latina, teve centenas de seus patinetes apreendidos pela prefeitura municipal de São Paulo. O motivo da apreensão segundo o órgão governamental, seria o fato de a empresa não ter realizado o credenciamento previsto na legislação, porém a empresa alega que a ação da prefeitura foi ilegal e fere o direito de escolha dos paulistanos.
No final das contas o que parece haver é um desequilíbrio entre as partes, pois há de se concordar que todos os negócios devem de fato seguir regras para que haja um ambiente saudável para os consumidores, porém a pergunta que fica é: até onde o estado deve intervir na iniciativa privada?
Regras que muitas vezes são no mínimo mal elaboradas, acabam por prejudicar a população, a quem os órgãos públicos devem servir. Exemplo disso é o fato de que os aplicativos de micromobilidade urbana podem auxiliar no desafogamento das vias da cidade paulistana, o que consequentemente acarreta na melhoria da qualidade de vida da população local, afinal de contas, o trânsito é um dos fatores que mais causam estresse nos indivíduos residentes em grandes cidades.
Os benefícios gerados pela utilização destes aplicativos podem se estender para empresas de transporte rodoviário de cargas que utilizam as malhas viárias das grandes cidades para realizar a distribuição de produtos nos pontos determinados, principalmente no modo fracionado de cargas. Sabemos que o último quilômetro da logística de distribuição (carga fracionada) é sempre o mais custoso, pois demanda maior quantidade de colaboradores e equipamentos, e pelo fato de quase sempre ter sua produtividade comprometida pelo trânsito denso.
Podemos concluir então que empresários do setor de transporte rodoviário de cargas, principalmente os que atuam em grandes centros urbanos, como é o caso da cidade de São Paulo, devem apoiar este tipo de iniciativa de micromobilidade urbana, através dos órgãos representantes da classe junto ao governo, para que tanto empresas quanto a população de forma geral, sejam beneficiados por iniciativas como a da empresa Grow.
Fontes: sites: G1 – Revista Exame – Pequenas Empresas Grandes Negócios.
Responsável: João Victor Dalanora Pequeno.