Estamos em um cenário onde a mulher tem cada vez mais espaço no mercado de trabalho, mas ainda se percebe algumas restrições quanto à sua atuação em algumas áreas.
No âmbito da logística, campo vasto em atuação e de grande importância não apenas nas organizações, mas um dos mais importantes para economia do nosso pais, e no direcionamento das atividades diárias das pessoas, se faz importante compreender os desafios enfrentados pela mulher frente a atual conjuntura e exigências no tocante à inserção e manutenção da profissão.
Coragem para se impor, mostrar sua competência e denunciar o machismo se for preciso! É com essa visão que o gênero feminino está ocupando seu lugar no transporte RODOVIáRIO de carga, seja atrás de um volante, no escritório e principalmente na gestão. As mulheres estão aí para provar que, no dia a dia da profissão, não existe mais espaço para assédio, brincadeiras e misoginia. A capacidade da mulher é infinita.
Pesquisas apontam que as mulheres estão na direção evolutiva no contexto de empoderamento, demonstrando que não estão aptas apenas para atuarem no ramo da logística, mas tem total competência para serem gestoras. E na contramão dos preconceitos, ainda vigentes, se destacam em suas atuações, podendo perceber, inclusive, reconhecimentos advindos de seu trabalho e dispostas a galgar uma carreira de sucesso.
A Europa possui altas taxas de participação feminina na força de trabalho, porem encontram-se diferenças consideráveis quando se fala em cargos de liderança.
Nos setores automotivo, aviação e transportes, as mulheres ocupam apenas 18% das posições mais altas, considerando que no passado essas atividades eram vistas como ariscadas para as mulheres.
Por falar em correr riscos, levantamento feito pela Contabilizei em sua base de clientes, aponta aumento de 12% do público feminino que realizou abertura de empresa na startup, do último Dia Internacional das Mulheres até março deste ano 2019. O dado representa um aumento de 4 pontos percentuais na base feminina de clientes da empresa – passando de 33%, em 2016, para 37% neste ano 2019.
Este número reforça o aumento gradativo da participação feminina no mundo do empreendedorismo, mas, ainda assim, elas continuam sendo minoria: 63% da base da empresa é composta por empreendedores masculinos.
“Hoje, o que nós assistimos é realmente a mulher fazendo o uso do seu networking, da sua sensibilidade, da sua competência e habilidade em gerir, pois a mulher por si só já nasce uma gestora de vida, da família e, quando essa habilidade de gestão é incorporada ao mundo empresarial, nós temos resultados de excelência”, analisa Mara Suassuna, presidente da BPW Goiânia, rede que promove o empreendedorismo feminino.
E necessário que a classe empresarial através de políticas internas de Recursos Humanos, adote um olhar voltado para a diversidade nas empresas. É a única forma de eliminarmos tais disparidades, quando o assunto é: “As mulheres no ambiente de Trabalho”
Josiane Schumacher Winter