Pois bem, depois de um ano e meio da paralização, diga-se de passagem histórica, em nosso país, contou com apoio e comoção da sociedade e de empresários de diversos ramos. Paralização esta que dentre os motivos mais fortes era do preço do diesel e desfilou até por intervenção militar. Tal feito teve como uma resultante uma TABELA DE FRETE MINIMOS que foi batizada a posterior como POLÍTICA DE PISOS MÍNIMOS.
Particularmente quando me foi apresentada essa ideia fui contra, haja visto que uma tabela de mínimo fatalmente se transformaria numa tabela de “máximos”. Até que o tomei conhecimento e o mercado começou a pagar por ela, obviamente “surfamos” a onda por aqui e como choque foi perceber o quão distante estávamos dessa realidade apresentada.
E que realidade seria essa afinal? Como mensurar os custos de operação num país com tantas variáveis de equipamentos, regionalizações, mão de obra, e custos de operações dedicadas. A grande verdade é que o autônomo pouco sabe fazer esse cálculo e por maior, mais organizada, e criteriosa que a empresa seja ela tem suas deficiências. Então como um órgão regulador a ANTT vai controlar e ditar o preço mínimo de mercado? Qual a filosofia de mercado aberto? Como operam em outros países (os que deram certo) no modal RODOVIáRIO?
Acompanhei as audiências públicas de Porto Alegre e Brasília, fui a reuniões setoriais com a presença inclusive do próprio ministro da Infraestrutura, e o que fica claro ao menos para mim é de que: Nada do que nos trouxe até aqui, nos levará adiante. A POLíTICA de Pisos Mínimos tanto defendido por alguns e por mim durante boa parte do tempo se perde no meio dos conflitos da própria classe que deseja um aparo governamental de um Piso Mínimo. Porém os autônomos não querem novos entrantes, não querem se profissionalizar ou melhorar seu equipamento e além de tudo continua trabalhando abaixo do seu custo operacional enfim, como todo bom brasileiro, espera que o ESTADO faça o que ele não fez e não faz por si.
O transporte é um dos mercados mais hostis que já atuei. E o que realmente acredito é que tenhamos que combater os que puxam a régua para baixo. Como competir com quem negligência impostos, leis trabalhistas, leis tributarias, ou o que apenas contrata sem ter o custo fixo? Os que atuam a qualquer preço de qualquer maneira. Então fica a pergunta: O Piso mínimo resolverá as situações expostas?
Responsável: Geison Debatim