Em tempos que se fala tanto em sustentabilidade, temos leis que vão em desacordo com essa questão pois, obrigam que os veículos do transporte RODOVIáRIO de cargas transitem com diversos documentos impressos, como por exemplo nf, ct-e, mdf-e., entre outros. Sendo que atualmente, todos esses documentos podem ser visualizados de forma eletrônica.
Essa burocracia impacta em nossos custos e acarretam problemas de trafegar em desacordo com a legislação em determinados casos. Exemplificando: em muitos casos a emissão dos documentos só é possível após o término do carregamento no cliente, que por diversas vezes se nega a imprimir os documentos necessários para entregar ao motorista para que o mesmo siga viagem, com isso o veículo acaba andando um determinado trecho, ou muitas vezes a viagem inteira, descumprindo as normas. Também é preciso levar em consideração que se o veículo for abordado pelos órgãos competentes e não estiver portando a documentação correta ele é multado.
O transporte rodoviário é o modal mais utilizado no Brasil para transportar cargas então podemos imaginar que o volume de papeis impressos diariamente é um número considerável, alguns deles devem permanecer arquivados por 5 anos já outros viram lixo logo após o término da viagem. Fala-se tanto em sustentabilidade no TRC, com programas que controlam a emissão dos gases poluentes na atmosfera pelos caminhões, veículos elétricos estão sendo lançados e, no entanto, não conseguimos evoluir em algo tão simples que é a fiscalização desses documentos toda de forma eletrônica.
O governo tem criado documentos novos que agrupam todos os outros em um único (o MDF-E é um exemplo) o que deveria ao menos diminuir a obrigação de carregar tantos papeis, mas na pratica o que acontece é bem diferente, os documentos novos se tornam apenas mais um na lista de obrigatoriedade.
Andar fora da lei não é correto e nem vale a pena, então fica o questionamento e o cuidado com o Meio ambiente? Espero que um dia possamos responder essa pergunta.
Responsável: Amanda Peres Nery