Um assunto bastante debatido nos nossos seios familiares, profissionais e educacionais é o impacto das redes sociais nas nossas relações e no nosso dia-dia. Sejam muitos os pontos positivos ou negativos um deles sempre me despertou a atenção, de como somos protegidos quando estamos nas redes.
Alguns devem estar torcendo o nariz por acreditarem justamente no contrário, que nas redes estamos expostos demais. Mas derivem um pouco comigo. A palavra rede no dicionário da língua portuguesa tem como seu significado original “um entrelaçado de fios formando um tecido de malhas com espaçamento regulares”.
Mas qual a relação disso com as redes sociais me perguntam? Sempre relacionamos o significado da palavra rede com a parte do entrelaçamento numa metáfora com a ligação entre pessoas e coisas, mas esquecemos sempre da parte do espaçamento regular. É justamente nesse quesito do espaçamento que apoio minha opinião de que a rede nos protege, e digo isso tanto da rede física como da socialmente conectada. Mesmo interligados existe uma separação física que sustenta a ideia de que podemos ser quem quisermos nas redes sociais.
Esse distanciamento, que passa muitas vezes despercebido, é que carrega o peso dos pontos negativos advindos pela tecnologia. Lá (ou aqui) nas redes nos transformamos em pessoas extremamente felizes, em defensores de diversos temas e assuntos, viramos comentaristas, mobilizamos opiniões, pessoas, encaminhamos tudo que achamos estar correto e vamos vivemos entre a tela e o teclado do smartphone ou computador.
Os radicais me questionam: e é por isso que vamos abnegar a tecnologia? Não senhores, muito pelo contrário, cada dia que passa devemos e podemos usar a tecnologia ao nosso favor. Mas então por que essa conversa “fiada” querido autor? Por que precisamos ir muito além dessa dependência tecnológica. Principalmente no que tange as redes sociais para podermos preencher justamente os espaçamentos que essa “virtualidade” gera. É preciso que além de todo o nosso “mimimi” que espalhamos nas redes, sejamos homens e mulheres capazes de anunciarmos e praticarmos isso na vida real.
Seja na POLíTICA, no seu trabalho, nas associações e sindicatos, nas comissões, inclusive dentro da sua casa prezado leitor. Coloquemos em prática, em ações, no papel (pode ser num tablete também) tudo aquilo que costumamos gritar, brigar, defender e querer nas redes sociais. Preencha esses espaçamentos vazios com a sua presença física que teremos resultados muito melhores do que um simples “like” nas redes.
Responsável: Luis Felipe