![Frete Valor não é seguro!]()
por Bruno Benite | out 21, 2019 | Rodoviário
Foto: Divulgação
Conforme especificado na tabela referencial de custos da NTC&Logística, Frete Valor destina-se a cobrir os custos com seguro obrigatório do transportador RODOVIáRIO de cargas e das instalações, além da administração deste e demais seguros, bem como as despesas com indenizações de mercadorias não cobertas por seguros como avarias de manuseio, violações, extravios, atos de vandalismo, furto simples, roubo nos depósitos e etc.
Portanto, ao contrário do que muitos pensam, Frete Valor não é seguro.
Seguro só pode ser cobrado por seguradoras devidamente reconhecidas pela SUSEP – Superintendência de Seguros Privados.
As transportadoras não cobram seguros em suas operações, mas sim o Frete Valor que é o preço calculado pelo risco assumido pela empresa de transporte que está em poder transitório da mercadoria, ou seja, o valor agregado do produto ou mercadoria a ser transportado é majorado pelo risco que ele representa na operação de transporte na qual é preciso considerar diversos fatores relacionados à prevenção da possível avaria ou extravio, tanto no trajeto da viagem como por motivos de força maior.
O Frete Valor destacado no CTe (Conhecimento de Transporte) é calculado como percentual sobre o valor de nota fiscal da carga adicionando, como componente, a soma do frete a ser cobrado pela prestação de serviços de transporte, exatamente para cobrir os custos da operação de carga e descarga, deslocamento, manuseio, eventuais ocorrências e demais itens que estão nas apólices obrigatórias de seguros de transporte de cargas.
Além da necessidade da cobrança de Frete Valor para suprir as necessidades específicas do transporte da carga, há necessidade de cobrar a taxa GRIS (Gerenciamento de Riscos e Segurança), a qual não deve ser confundida com a cobrança de Frete Valor pois o GRIS destina-se a cobrir os custos inerentes a gerenciamento de risco, no qual entram as mais diversas necessidades dentre as quais estão as exigências das seguradoras das transportadoras e dos embarcadores.
Outra típica confusão que temos no mercado é quando algumas tabelas ou concorrências (BIDs) misturam o termo Ad Valorem com o seguro do transporte rodoviário de cargas. Então, vale esclarecer que o Ad Valorem surgiu da necessidade do transporte marítimo e foi considerado, por um bom tempo, como termo relacionado a seguro de cargas para o modal rodoviário. Porém isso não reflete mais a realidade, já que foi instituído o Frete Valor conforme exposto acima.
Portanto meus caros leitores, seguro quem cobra é a seguradora! Ao transportador cabe cobrar pela operação e serviços adicionais especiais para atender a necessidade do contratante com segurança, eficiência e qualidade.
* Marcelo Rodrigues é Vice-Presidente e Diretor de Especialidade de Seguros do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (www.setcesp.org.br), fundador da MR Express, Diretor do Conselho Superior e Coordenador do Grupo Paritário de Trabalho CCR Nova Dutra da NTC&Logística, Coordenador do Instituto COMJOVEM de Desenvolvimento Mercadológico, diretor na FETCESP – Federação das empresas de Transporte de Carga do Estado de São Paulo, e também foi conselheiro CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo.
por Bruno Benite | out 21, 2019 | Outros
Foto: SETRANS
Diretores do SETRANS e integrantes da Comjovem ABC estiveram na Fenatran, na últiama quarta-feira (16), visitando os estandes de alguns parceiros e patrocinadores da entidade e empresas expositoras.
O presidente do SETRANS, Claudio Borelli, destaca que a Fenatran está bastante atrativa com muitas novidades para os empresários do transporte de cargas e logística. “Ficamos satisfeitos com as novidades tecnológicas nos equipamentos e serviços que os fornecedores do setor estão oferecendo para nossas empresas para a redução de custos e segurança das nossas operações”, avalia Borelli.
Os empresários e executivos do TRC do SETRANS estiveram nos estandes da Autrotrac, CTF, Iveco, Mercedes-Benz, Volkswagen, NTC&Notícias, DAF, Randon e Angel Lira, entre outros.
FENATRAN, principal evento da América Latina para o setor de transporte é uma iniciativa da NTC&Logística e Anfavea, com apoio institucional da ANFIR e SAE Brasil. Neste ano mais de 450 marcas foram expositoras. O público esperado nos cinco dias foi de 60 mil compradores de diferentes setores da economia que utilizam o transporte de carga para a distribuição de mercadorias.
por Bruno Benite | out 21, 2019 | Outros
Foto: R7
À frente de uma das pastas consideradas por investidores e empresários como uma das mais importantes do governo, que é o Ministério da Infraestrutura, o mestre em engenharia pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou, em entrevista exclusiva ao R7, que deve entregar, em 3 anos e meio, uma “verdadeira revolução na infraestrutura do país”.
“Vou entregar daqui a três anos e meio uma estrutura de altíssima qualidade, muito melhor do que a que temos hoje, e isso vai melhorar a percepção do Brasil perante o investimento no interior e, com certeza, vamos atuar na redução dos custos”, explica Tarcísio.
O ministro, que vem recebendo elogios de especialistas e investidores do setor, pretende como meta para este “processo de revolução” fazer um “reequilíbrio da matriz de transportes”.
Nesta missão, segundo Tarcísio, a ideia é retomar investimentos no sistema marítimo-portuário, que deve entrar numa intensa agenda de concessões, retomando e redesenhando os projetos de ferrovias no país e, intensificando os investimentos e diálogos do governo para melhorar a estrutura aeroportuária, sem deixar de lado os milhares de quilômetros de rodovias do país, em que “ao menos 16 mil km devem ser concedidos pelo governo”.
Durante a apresentação de uma nova aeronave da Embraer, no aeroporto internacional de Brasília, Tarcísio de Freitas conversou com o R7 e detalhou um pouco os planos do governo nesta missão de melhorar a infraestrutura do país.
O que deve sair em curto prazo no modal ferroviário, para transformar esta matriz de transportes?
Tarcísio de Freitas – Em ferrovias, já tivemos a assinatura do contrato da Ferrovia Norte-Sul em julho, que deverá estar com toda operação em um ano e meio, com investimentos da ordem de R$ 3 bilhões. Também teremos a ligação de Santos (SP) para Itaqui (RS), além da duplicação da capacidade da malha paulista, que é um importante vetor deste modal. Será um número considerável de investimentos, da ordem de ao menos R$ 30 bilhões, que devem fazer as ferrovias dobrarem sua participação na matriz de transportes.
O governo também tem planos para ampliar a cabotagem [transporte marítimo entre portos]. Qual a perspectiva do setor?
Este é um modal que deve crescer com taxas vigorosas no país e é um programa de investimentos novo do governo. Serão muitos investimentos no setor portuário, com novos terminais privados e a desestatização dos terminais existentes, com o controle das atuais Companhias de Docas para a Administração Privada, com uma perspectiva de ampliar consideravelmente e tornar viável a logística de transporte marítimo.
E nas rodovias, que são hoje a maior fatia da matriz? Quais os planos?
Nós temos dois grandes alvos, que são aquelas rodovias que ligam e atendem o agronegócio e a indústria, e as rodovias que ligam cidades importantes do Brasil. Então temos investimentos previstos em rodovias importantes para os negócios como a BR-163 no Pará, a BR-364 em Rondônia, e a BR-153 que liga Goiás a Tocantins. Mas também vamos acelerar rodovias que interligam cidades, como a nova Dutra, que vai ser relicitada já no ano que vem.
No caso da Dutra, como está o processo? O atual contrato de concessão da rodovia vence em 2021?
Este modelo favorece a transição e já está pronto, recebi o texto esta semana, e agora vamos fechar os últimos detalhes para colocar a consulta pública na praça e [a licitação] em andamento.
E, por fim, o que devemos esperar no setor de aviação?
Nós vamos dedicar muito investimento na aviação regional e focar em mais desburocratização e mais desregulamentação. Então a gente vai reduzir a carga regulatória do setor. E vamos atuar para diminuir também o preço dos combustíveis, continuar assinando acordos de céus abertos e investindo muito nos equipamentos de aviação regional, para permitir chegar a mais cidades do interior e levar o serviço aéreo para cada vez mais cidadãos do Brasil.
por Bruno Benite | out 18, 2019 | Internacional
Na tarde de ontem (17), a diretora internacional da NTC&Logística e assessora da Comissão Permanente de Transporte Internacional – COMTRIN, Sônia Rotondo participou da reunião bilateral Brasil – Chile na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, em São Paulo.
Entre os assuntos da pauta foram discutidos a “Atualização das informações sobre serviços acordados e linhas existentes”, a “Implatação de seção de Balneário Camboriú para Santiago do Chile”, além da troca de informação sobre o Transporte de Carga, o intercâmbio de tração, integração de Sistemas via WebService, Seguros e Assuntos Aduaneiros.
Estiveram presentes na reunião, Noboru Ofugi, chefe da assessoria técnica para o transporte internacional da ANTT, e Marcos Antonio Lima das Neves, assessor técnico para o transporte internacional da ANTT, além de representantes do governo chileno.
![Frete Valor não é seguro!]()
por Bruno Benite | out 18, 2019 | Outros
A sala ficou pequena para a expressiva participação dos empresários do setor de transporte RODOVIáRIO de cargas, lideranças, presidentes de Sindicatos e Federações na reunião mensal da diretoria da NTC&Logística, realizada na FENATRAN 2019 em São Paulo, nesta quinta-feira (17). Os trabalhos foram conduzidos pelo vice-presidente da NTC, Urubatan Helou.
Renovação de frota – Como o governador de São Paulo, João Dória, convidou os empresários do transporte para debater as sugestões de Urubatan Helou para a renovação da frota de caminhões velhos, em uma reunião marcada para a próxima quarta-feira (23) no Palácio dos Bandeirantes, as propostas que serão apresentadas foram explicadas aos empresários, entre elas a inspeção veicular de caminhões com muito tempo de uso e uma inversão estratégica na estrutura de cobrança do IPVA.
CIOT – Com as mudanças no Código Identificador da Operação de Transportes (CIOT), anunciadas pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), a assessora jurídica da NTC, Gildete Menezes, informou que a agência vai publicar uma resolução com os detalhes e dar um prazo de 90 dias para que o mercado se informe e se adapte ao novo CIOT. O código regulamenta o pagamento do valor do frete referente à prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas pelo sistema eletrônico da agência.
Transporte de medicamentos – As novas regras previstas em uma resolução (RDC 304/2019) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram debatidas pela diretoria. A resolução se aplica a empresas que realizam atividades de distribuição, armazenagem ou transporte de medicamentos e à armazenagem e ao transporte de produtos a granel. As alterações serão analisadas pela CTFARMA Produtos Farmacêuticos, a Câmara Técnica de Transporte de Produtos Farmacêuticos da NTC, para que os empresários possam se posicionar.
Reforma trabalhista – O assessor jurídico Narciso Figueirôa Junior expôs o resultado de um estudo sobre outra reforma trabalhista e sindical que deve ser apresentada pelo Governo Federal. A entidade está analisando 22 propostas e vai decidir quais serão aproveitadas para serem sugeridas. O tema estará em debate no próximo CONET&Intersindical.
Reforma Tributária – Entre os projetos em andamento no Congresso Nacional, de interesse dos empresários do transporte, Marcos Aurélio Ribeiro, diretor jurídico da NTC, explicou a sugestão de emenda apresentada pela entidade à reforma tributária em tramitação na Câmara (PEC 45/2019), para permitir que o setor de serviços tenha um tratamento diferenciado, uma alíquota que varie de acordo com a atividade e que possa, também, admitir o crédito presumido, que é largamente usado no setor de transporte. A intenção é apresentar a mesma sugestão à proposta (PEC 110/2019) em tramitação no Senado.
Agenda TRC – Os próximos eventos importantes organizados pela entidade foram destaque da pauta. A atual coordenadora da COMJOVEM Nacional, Ana Carolina Jarrouge, lembrou a proximidade do Encontro Nacional da comissão formada por jovens empresários do transporte de cargas, entre os dias 7 e 10 de novembro em Foz do Iguaçu. Ana anunciou que uma nova equipe assume a COMJOVEM Nacional, a partir de janeiro de 2020, e será oficializada no Encontro Nacional. Estarão à frente da COMJOVEM Nacional, o coordenador André de Simone, além de Joyce Bessa e Antônio C.M. Ruyz, vice coordenadores na nova gestão. Ana Jarrouge ressaltou que o evento no Paraná vai reunir gerações de transportadores, profissionais do setor, fornecedores e outros integrantes que compõem a cadeia do transporte rodoviário de cargas e seus familiares.
Dimas Araújo, sócio-diretor da DBA&C Associados, divulgou detalhes sobre a realização da próxima reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (CONET&Intersindical). Realizado a cada seis meses, acontecerá em Curitiba, capital do Paraná, de 6 a 9 de fevereiro de 2020. As inscrições podem ser feitas pelo portal da NTC&Logística. O valor da inscrição é de R$ 300,00 e não serão vendidos pacotes. Associados da NTC e empresários do setor do transporte de cargas do Paraná poderão pagar o valor de R$ 200,00.
Homenagem – O vice Urubatan, representando a NTC, recebeu das mãos de Ari Rabaiolli, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas de Santa Catarina (Fetrancesc), um troféu em agradecimento, entregue também a outras lideranças do TRC, em Florianópolis, no 3º Encontro de Segurança do Transporte Rodoviário de Cargas do Sudeste-Sul do Brasil. O evento reuniu, além dos empresários, autoridades da segurança pública dos estados destas regiões e do Mato Grosso e Goiás.
Como a reunião foi realizada no espaço onde está acontecendo a FENATRAN 2019, os empresários fizeram uma avaliação do salão deste ano. Pelo sucesso da feira e inovações apresentadas, a conclusão é de que o setor está recuperando o fôlego, com grande expectativa de negócios até o fim do evento.
