por Bruno Benite | out 2, 2019 | Outros
Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem
A alta de 0,8% na produção industrial em agosto ante julho foi o melhor desempenho para o setor desde o pós-greve de caminhoneiros, em junho de 2018, quando cresceu 12,6%. Os resultados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O avanço no mês de agosto interrompeu três meses consecutivos de quedas, período em que a indústria acumulou uma perda de 0,9%.
O resultado de agosto veio acima da mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, positiva em 0,2%, e dentro do intervalo das previsões, de queda de 0,5% a avanço de 1%.
Em relação a agosto de 2018, a produção caiu 2,3%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma queda de 4,0% a 1,3%, com mediana negativa de 3,15%.
No ano de 2019, a indústria teve queda de 1,7%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou recuo de 1,7%.
Produção de bens
A produção da indústria de bens de capital caiu 0,4% em agosto ante julho, informou o IBGE. Na comparação com agosto de 2018, o indicador recuou 3,7%.
No ano, houve elevação de 0,7% na produção de bens de capital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 1,6%.
Em relação aos bens de consumo, a produção registrou queda 0,7% na passagem de julho para agosto. Na comparação com agosto de 2018, houve redução de 1,8%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 0,3%. No acumulado em 12 meses, a produção encolheu 0,3%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção diminuiu 1,8% em agosto ante julho. Em relação a agosto de 2018, houve redução de 5,6%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve queda de 0,4% na produção em agosto ante julho. Na comparação com agosto do ano passado, a produção caiu 0,7%.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção aumentou 1,4% em agosto ante julho. Em relação a agosto do ano passado, houve uma diminuição de 2,1%. No ano, os bens intermediários tiveram redução de 2,8%. Em 12 meses, houve diminuição de 2,6% na produção.
Média móvel
O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou estabilidade (0,0%) em agosto.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em julho ante junho, de queda de 0,3% para recuo de 0,2%. O resultado de junho ante maio saiu de declínio de 0,7% para retração 0,6%.
Na categoria de bens de capital, a taxa de julho ante junho passou de variação negativa de 0,3% para retração de 0,1%, enquanto o desempenho de junho ante maio saiu de baixa de 0,4% para -0,6%.
O resultado dos bens intermediários em julho ante junho passou de -0,5% para zero.
A taxa dos bens de consumo duráveis em julho ante junho foi revista de 0,5% para 0,4%. O resultado de junho ante maio passou de -0,6% para -0,7%, enquanto o de maio ante abril saiu de -2,0% para -2,3%.
O desempenho dos bens de consumo semi e não duráveis em julho ante junho passou de 1,4% para 1,3%.
por Bruno Benite | out 2, 2019 | Serviços
Foto: Divulgação
O governo deve diminuir as exigências e facilitar o acesso de caminhoneiros a linhas de crédito voltadas para manutenção da frota com juros mais baixos e prazos maiores. Segundo uma fonte que acompanha as discussões, o Executivo deve editar uma medida provisória para atender à reivindicação da categoria, que ameaçou deflagrar greve no início deste ano.
Em abril, o governo liberou R$ 500 milhões em financiamentos do BNDES. Na ocasião, os recursos seriam destinados a empréstimos de no máximo R$ 30 mil por CPF. Em agosto, porém, apenas um empréstimo havia sido aprovado na linha BNDES Caminhoneiro. O banco então ampliou o limite para R$ 100 mil e o prazo dos empréstimos passou de dois anos e meio para até cinco anos, com 12 meses de carência, para empréstimos que podem ser pedidos até 26 de maio de 2020.
A mudança, no entanto, não resolveu a situação segundo um dos líderes da categoria, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco. Segundo ele, há ainda entraves burocráticos que impedem os caminhoneiros de acessar esses financiamentos. “Hoje, o maior problema do caminhoneiro é a troca de pneu”, disse. Dedéco afirma que, a convite do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vai participar de um encontro com presidentes de bancos nos próximos dias 9 e 10 em Brasília para tratar do assunto.
Enquanto isso, a equipe do ministério também tem discutido a situação. Reunidos em uma sala no sexto andar do Ministério da Infraestrutura na sexta-feira, a secretária adjunta da Pasta, Viviane Esse, e representantes do BNDES e da subchefia de articulação e monitoramento da Casa Civil debateram o assunto.
Uma das propostas colocadas à mesa foi a de manter essas linhas de créditos em um limite de R$ 100 mil, com foco na troca de pneus de caminhões. Outra ideia debatida foi a da possibilidade de os empréstimos terem prestações intercaladas seguindo a entressafra, ou seja, em alguns meses, os caminhoneiros não pagariam as parcelas. As linhas seriam oferecidas pela Caixa, BB e BNDES.
O governo também deve incluir na MP a criação do Documento de Transporte Eletrônico (DTE), um sistema único para transporte de cargas. Essa foi uma das promessas feitas à categoria pelo governo para reduzir a burocracia e baratear os custos do frete.
O BNDES disse que vem promovendo “uma série de avanços em seus modelos de financiamento para contemplar as necessidades dos caminhoneiros nos últimos meses”. O banco lembrou que criou, no mês passado, uma linha de refinanciamento de dívidas que beneficia, inclusive, caminhoneiros. “O banco promove continuamente estudos e diálogos de forma a aprimorar os seus instrumentos disponíveis para atender a demandas da sociedade, entre as quais as dos caminhoneiros.”
por Bruno Benite | out 2, 2019 | Outros
Foto: Divulgação
Com exportações em queda este ano, a indústria de implementos quer aproveitar a Fenatran, que acontece de 14 a 18 de outubro no Expo São Paulo, na capital paulista, para diversificar mercados e incrementar negócios externos na América Latina
Nesse sentido, a Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, programou para os dias 15 e 16 de outubro uma rodada internacional de negócios, que terá a presença de importadores da Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá e Peru.
Como aconteceu com outros setores industriais, a forte retração da economia argentina está prejudicando as vendas externas dos implementadores brasileiros, que no acumulado até agosto deste ano enviaram para fora 1.861 unidades, volume 16,7% inferior ao do mesmo período do ano passado (2.235).
A rodada de negócios que acontece na Fenatran 2019 integra o programa MoveBrazil, realizado em parceria com a Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, para fomentar as vendas de implementos rodoviários ao mercado externo.
Na edição anterior, realizada em 2017, a Anfir e a Apex-Brasil trouxeram representantes da Bolívia, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, gerando US$ 4 milhões em novos negócios. Naquela época, 21 empresas participaram dos encontros com importadores. Este ano, serão 46 representantes de empresas brasileiras buscando ampliar suas exportações.
“Promover a rodada internacional de negócios durante a Fenatran traz vantagem para o setor porque o empresário estrangeiro vai conhecer toda a força de nossa indústria”, afirma Norberto Fabris, presidente da Anfir.
por Bruno Benite | out 2, 2019 | Combustíveis
Foto: Divulgação
As vendas de diesel no Brasil continuam a avançar em 2019, atingindo 37,9 bilhões de litros no acumulado do ano até o final de agosto, uma alta de 3,4% na comparação anual, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O forte desempenho do diesel ajuda a puxar o crescimento de 3,1% na comercialização total de combustíveis no Brasil em 2019, com pouco mais de 92 bilhões de litros vendidos nos oito primeiros meses do ano, informou a ANP.
Apenas em agosto, as vendas de diesel, o combustível mais consumido do país, somaram 5,28 bilhões de litros, avanço de 1,6% em relação a igual período de 2018.
O aumento nas vendas de diesel, combustível que foi impactado pela greve dos caminhoneiros em 2018, ajuda a compensar em 2019 a queda registrada na comercialização da gasolina, que acumula baixa de 3,7% no ano, com pouco menos de 25 bilhões de litros vendidos.
ETANOL
Também contribuindo com o avanço nas vendas totais de combustíveis e compensando o recuo da rival gasolina, o etanol hidratado é quem possui a maior elevação percentual de consumo no período, com 14,5 bilhões de litros vendidos em 2019, alta de 25,8% na comparação anual, segundo a ANP.
A forte demanda pelo produto, mais competitivo que a gasolina em várias regiões, leva as usinas de cana a favorecerem o biocombustível no chamado “mix” de produção, que tem privilegiado o etanol em detrimento do açúcar.
“Esse crescimento reflete positivamente na participação do biocombustível na matriz de combustíveis do ciclo Otto, que atinge 48,1%”, disse em comunicado a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). O ciclo Otto é constituído pela frota de veículos de passeio e carga leve.
Considerando apenas agosto, o avanço na comercialização do etanol foi mais tímido, de 2,48%, para 1,86 bilhão de litros. A tendência de enfraquecimento pode permanecer em setembro, com uma retração de 7,9% verificada nas vendas pelas usinas na primeira quinzena do mês, de acordo com dados preliminares da Unica.
por Bruno Benite | out 1, 2019 | Outros
Foto: Evaristo SA/ AFP/ JC
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniu nesta segunda-feira (30), primeiro dia do roadshow em Madri (Espanha), com representantes de grupos multinacionais que operam portos, rodovias, ferrovias e aeroportos ao redor do mundo. Embasado em dados da economia, Freitas passou mensagem de otimismo com o momento atual e futuro do Brasil. “Só para se ter uma ideia, tivemos o melhor primeiro semestre da nossa história em termos de emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura”, destacou o ministro.
As debêntures incentivadas são títulos de dívida emitidos por empresas que exercem atividades no ramo da infraestrutura. São isentas de imposto de renda para incentivar mais pessoas a comprarem esse tipo de título, ampliando o dinheiro arrecadado pelas empresas para a execução de obras ou serviços de infraestrutura no país. “O cenário para o Brasil é favorável. Temos visto aumento do fluxo capitais para o país. Várias medidas serão tomadas para incentivar ainda mais o mercado de capitais”, afirmou o ministro, aos investidores e executivos presentes no encontro.
Freitas citou ainda o controle da inflação, a realização de reformas estruturais e a recuperação do emprego, com a criação de 590 mil novos postos desde o início do ano, como exemplos de retomada de solidez das bases da economia brasileira.
Nesta terça-feira (1º), o ministro brasileiro da Infraestrutura terá um encontro com o ministro de Fomento da Espanha, José Luis Ábalos. O objetivo da viagem, que ocorre entre hoje (30) e quarta-feira (2/10), é apresentar a carteira de projetos do governo federal. O Brasil tem, atualmente, o maior programa do mundo de concessões de ativos de infraestrutura, com projeção de R$ 217 bilhões em investimentos nas próximas décadas.
A secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa, acompanha o ministro no roadshow em Madri. A viagem para a Espanha é parte de uma série de encontros no exterior mantida pelo ministro, desde junho. Tarcísio de Freitas já passou por Washington e Nova York, nos Estados Unidos. Em novembro, Oriente Médio e China entram no roteiro. A chegada da comitiva de volta ao Brasil está prevista para a próxima quinta-feira (3).