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Indústria tem melhor desempenho desde o pós-greve de caminhoneiros, diz IBGE

Indústria tem melhor desempenho desde o pós-greve de caminhoneiros, diz IBGE

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Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem

A alta de 0,8% na produção industrial em agosto ante julho foi o melhor desempenho para o setor desde o pós-greve de caminhoneiros, em junho de 2018, quando cresceu 12,6%. Os resultados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço no mês de agosto interrompeu três meses consecutivos de quedas, período em que a indústria acumulou uma perda de 0,9%.

O resultado de agosto veio acima da mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, positiva em 0,2%, e dentro do intervalo das previsões, de queda de 0,5% a avanço de 1%.

Em relação a agosto de 2018, a produção caiu 2,3%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma queda de 4,0% a 1,3%, com mediana negativa de 3,15%.

No ano de 2019, a indústria teve queda de 1,7%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou recuo de 1,7%.

Produção de bens

A produção da indústria de bens de capital caiu 0,4% em agosto ante julho, informou o IBGE. Na comparação com agosto de 2018, o indicador recuou 3,7%.

No ano, houve elevação de 0,7% na produção de bens de capital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou positiva em 1,6%.

Em relação aos bens de consumo, a produção registrou queda 0,7% na passagem de julho para agosto. Na comparação com agosto de 2018, houve redução de 1,8%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 0,3%. No acumulado em 12 meses, a produção encolheu 0,3%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção diminuiu 1,8% em agosto ante julho. Em relação a agosto de 2018, houve redução de 5,6%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve queda de 0,4% na produção em agosto ante julho. Na comparação com agosto do ano passado, a produção caiu 0,7%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção aumentou 1,4% em agosto ante julho. Em relação a agosto do ano passado, houve uma diminuição de 2,1%. No ano, os bens intermediários tiveram redução de 2,8%. Em 12 meses, houve diminuição de 2,6% na produção.

Média móvel

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou estabilidade (0,0%) em agosto.

Revisões

O IBGE revisou o resultado da produção industrial em julho ante junho, de queda de 0,3% para recuo de 0,2%. O resultado de junho ante maio saiu de declínio de 0,7% para retração 0,6%.

Na categoria de bens de capital, a taxa de julho ante junho passou de variação negativa de 0,3% para retração de 0,1%, enquanto o desempenho de junho ante maio saiu de baixa de 0,4% para -0,6%.

O resultado dos bens intermediários em julho ante junho passou de -0,5% para zero.

A taxa dos bens de consumo duráveis em julho ante junho foi revista de 0,5% para 0,4%. O resultado de junho ante maio passou de -0,6% para -0,7%, enquanto o de maio ante abril saiu de -2,0% para -2,3%.

O desempenho dos bens de consumo semi e não duráveis em julho ante junho passou de 1,4% para 1,3%.

Governo prepara linha de crédito para caminhoneiros

Governo prepara linha de crédito para caminhoneiros

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Foto: Divulgação

O governo deve diminuir as exigências e facilitar o acesso de caminhoneiros a linhas de crédito voltadas para manutenção da frota com juros mais baixos e prazos maiores. Segundo uma fonte que acompanha as discussões, o Executivo deve editar uma medida provisória para atender à reivindicação da categoria, que ameaçou deflagrar greve no início deste ano.

Em abril, o governo liberou R$ 500 milhões em financiamentos do BNDES. Na ocasião, os recursos seriam destinados a empréstimos de no máximo R$ 30 mil por CPF. Em agosto, porém, apenas um empréstimo havia sido aprovado na linha BNDES Caminhoneiro. O banco então ampliou o limite para R$ 100 mil e o prazo dos empréstimos passou de dois anos e meio para até cinco anos, com 12 meses de carência, para empréstimos que podem ser pedidos até 26 de maio de 2020.

A mudança, no entanto, não resolveu a situação segundo um dos líderes da categoria, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco. Segundo ele, há ainda entraves burocráticos que impedem os caminhoneiros de acessar esses financiamentos. “Hoje, o maior problema do caminhoneiro é a troca de pneu”, disse. Dedéco afirma que, a convite do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vai participar de um encontro com presidentes de bancos nos próximos dias 9 e 10 em Brasília para tratar do assunto.

Enquanto isso, a equipe do ministério também tem discutido a situação. Reunidos em uma sala no sexto andar do Ministério da Infraestrutura na sexta-feira, a secretária adjunta da Pasta, Viviane Esse, e representantes do BNDES e da subchefia de articulação e monitoramento da Casa Civil debateram o assunto.

Uma das propostas colocadas à mesa foi a de manter essas linhas de créditos em um limite de R$ 100 mil, com foco na troca de pneus de caminhões. Outra ideia debatida foi a da possibilidade de os empréstimos terem prestações intercaladas seguindo a entressafra, ou seja, em alguns meses, os caminhoneiros não pagariam as parcelas. As linhas seriam oferecidas pela Caixa, BB e BNDES.

O governo também deve incluir na MP a criação do Documento de Transporte Eletrônico (DTE), um sistema único para transporte de cargas. Essa foi uma das promessas feitas à categoria pelo governo para reduzir a burocracia e baratear os custos do frete.

O BNDES disse que vem promovendo “uma série de avanços em seus modelos de financiamento para contemplar as necessidades dos caminhoneiros nos últimos meses”. O banco lembrou que criou, no mês passado, uma linha de refinanciamento de dívidas que beneficia, inclusive, caminhoneiros. “O banco promove continuamente estudos e diálogos de forma a aprimorar os seus instrumentos disponíveis para atender a demandas da sociedade, entre as quais as dos caminhoneiros.”

Anfir promove rodada de negócios na Fenatran

Anfir promove rodada de negócios na Fenatran

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Foto: Divulgação

Com exportações em queda este ano, a indústria de implementos quer aproveitar a Fenatran, que acontece de 14 a 18 de outubro no Expo São Paulo, na capital paulista, para diversificar mercados e incrementar negócios externos na América Latina

Nesse sentido, a Anfir, Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, programou para os dias 15 e 16 de outubro uma rodada internacional de negócios, que terá a presença de importadores da Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá e Peru.

Como aconteceu com outros setores industriais, a forte retração da economia argentina está prejudicando as vendas externas dos implementadores brasileiros, que no acumulado até agosto deste ano enviaram para fora 1.861 unidades, volume 16,7% inferior ao do mesmo período do ano passado (2.235).

A rodada de negócios que acontece na Fenatran 2019 integra o programa MoveBrazil, realizado em parceria com a Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, para fomentar as vendas de implementos rodoviários ao mercado externo.

Na edição anterior, realizada em 2017, a Anfir e a Apex-Brasil trouxeram representantes da Bolívia, Colômbia, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai, gerando US$ 4 milhões em novos negócios. Naquela época, 21 empresas participaram dos encontros com importadores. Este ano, serão 46 representantes de empresas brasileiras buscando ampliar suas exportações.

“Promover a rodada internacional de negócios durante a Fenatran traz vantagem para o setor porque o empresário estrangeiro vai conhecer toda a força de nossa indústria”, afirma Norberto Fabris, presidente da Anfir.

Venda de diesel e etanol segue em alta, puxa comércio de combustíveis no Brasil em 2019

Venda de diesel e etanol segue em alta, puxa comércio de combustíveis no Brasil em 2019

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Foto: Divulgação

As vendas de diesel no Brasil continuam a avançar em 2019, atingindo 37,9 bilhões de litros no acumulado do ano até o final de agosto, uma alta de 3,4% na comparação anual, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O forte desempenho do diesel ajuda a puxar o crescimento de 3,1% na comercialização total de combustíveis no Brasil em 2019, com pouco mais de 92 bilhões de litros vendidos nos oito primeiros meses do ano, informou a ANP.

Apenas em agosto, as vendas de diesel, o combustível mais consumido do país, somaram 5,28 bilhões de litros, avanço de 1,6% em relação a igual período de 2018.

O aumento nas vendas de diesel, combustível que foi impactado pela greve dos caminhoneiros em 2018, ajuda a compensar em 2019 a queda registrada na comercialização da gasolina, que acumula baixa de 3,7% no ano, com pouco menos de 25 bilhões de litros vendidos.

ETANOL

Também contribuindo com o avanço nas vendas totais de combustíveis e compensando o recuo da rival gasolina, o etanol hidratado é quem possui a maior elevação percentual de consumo no período, com 14,5 bilhões de litros vendidos em 2019, alta de 25,8% na comparação anual, segundo a ANP.

A forte demanda pelo produto, mais competitivo que a gasolina em várias regiões, leva as usinas de cana a favorecerem o biocombustível no chamado “mix” de produção, que tem privilegiado o etanol em detrimento do açúcar.

“Esse crescimento reflete positivamente na participação do biocombustível na matriz de combustíveis do ciclo Otto, que atinge 48,1%”, disse em comunicado a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). O ciclo Otto é constituído pela frota de veículos de passeio e carga leve.

Considerando apenas agosto, o avanço na comercialização do etanol foi mais tímido, de 2,48%, para 1,86 bilhão de litros. A tendência de enfraquecimento pode permanecer em setembro, com uma retração de 7,9% verificada nas vendas pelas usinas na primeira quinzena do mês, de acordo com dados preliminares da Unica.

Ministro destaca cenário favorável no Brasil para investimentos em infraestrutura

Ministro destaca cenário favorável no Brasil para investimentos em infraestrutura

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Foto: Evaristo SA/ AFP/ JC

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniu nesta segunda-feira (30), primeiro dia do roadshow em Madri (Espanha), com representantes de grupos multinacionais que operam portos, rodovias, ferrovias e aeroportos ao redor do mundo. Embasado em dados da economia, Freitas passou mensagem de otimismo com o momento atual e futuro do Brasil. “Só para se ter uma ideia, tivemos o melhor primeiro semestre da nossa história em termos de emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura”, destacou o ministro.

As debêntures incentivadas são títulos de dívida emitidos por empresas que exercem atividades no ramo da infraestrutura. São isentas de imposto de renda para incentivar mais pessoas a comprarem esse tipo de título, ampliando o dinheiro arrecadado pelas empresas para a execução de obras ou serviços de infraestrutura no país. “O cenário para o Brasil é favorável. Temos visto aumento do fluxo capitais para o país. Várias medidas serão tomadas para incentivar ainda mais o mercado de capitais”, afirmou o ministro, aos investidores e executivos presentes no encontro.

Freitas citou ainda o controle da inflação, a realização de reformas estruturais e a recuperação do emprego, com a criação de 590 mil novos postos desde o início do ano, como exemplos de retomada de solidez das bases da economia brasileira.

Nesta terça-feira (1º), o ministro brasileiro da Infraestrutura terá um encontro com o ministro de Fomento da Espanha, José Luis Ábalos. O objetivo da viagem, que ocorre entre hoje (30) e quarta-feira (2/10), é apresentar a carteira de projetos do governo federal. O Brasil tem, atualmente, o maior programa do mundo de concessões de ativos de infraestrutura, com projeção de R$ 217 bilhões em investimentos nas próximas décadas.

A secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa, acompanha o ministro no roadshow em Madri. A viagem para a Espanha é parte de uma série de encontros no exterior mantida pelo ministro, desde junho. Tarcísio de Freitas já passou por Washington e Nova York, nos Estados Unidos. Em novembro, Oriente Médio e China entram no roteiro. A chegada da comitiva de volta ao Brasil está prevista para a próxima quinta-feira (3).