por Bruno Benite | out 29, 2019 | Combustíveis
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço do diesel nas bombas de combustíveis pelo país subiram pela oitava semana consecutiva.
Apesar do anuncio de uma redução no preço das refinarias, a queda não tem chegado às bombas. Por outro lado, o valor médio da gasolina recuou pela segunda semana consecutiva.
O levantamento da ANP apontou aumento de 0,24% em média nas cotações do diesel, para R$ 3,712 por litro. Na gasolina, os preços tiveram leve recuo, de 0,02%, para R$ 4,378 por litro, em média, após terem caído também na semana anterior.
O mais recente movimento da Petrobras nas cotações da gasolina foi uma elevação de 2,5%, em 27 de setembro. Já o etanol, concorrente da gasolina nas bombas, também avançou, para R$ 2,927 por litro (+0,83%).
por Bruno Benite | out 29, 2019 | Rodoviário
Foto: Divulgação
A Comissão de Viação e Transportes aprovou proposta que autoriza órgãos de trânsito a retirar de circulação veículos indevidamente licenciados apenas em caso de reincidência. Segundo o texto, a reincidência deverá ser constatada em nova abordagem do condutor no período de 15 dias até 12 meses após a data da primeira infração.
Atualmente, o Código de Trânsito permite a apreensão do veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado. E o veículo só pode ser licenciado após a quitação de todos os tributos, encargos e multas, de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas.
Foi aprovado um novo texto, de autoria da relatora, deputada Christiane de Souza Yared (PL-PR), para o Projeto de Lei 8494/17, do ex-deputado Heuler Cruvinel, e outros que tramitam em conjunto. Os projetos originalmente pretendiam impedir a remoção de veículos em situação irregular por atraso no pagamento de tributos, taxas e multas ou falta de porte de documento.
“Inspirada no Código de Trânsito Brasileiro, que permite a liberação do veículo irregular “assinalando-se prazo razoável ao condutor para regularizar a situação”, apresento substitutivo visando a convergência em direção à razoabilidade da norma”, justificou a relatora. “A regra passa a ser, portanto, a não remoção.”
Tramitação
A proposta será ainda analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
por Bruno Benite | out 29, 2019 | Outros
Foto: Divulgação
Impulso na arrecadação com petróleo leva o governo a traçar previsões mais positivas
A equipe econômica trabalha com uma nova expectativa: pôr as contas do governo no azul até o fim do mandato de Jair Bolsonaro. As projeções oficiais ainda indicam um déficit até 2022. Mas o impulso na arrecadação com petróleo leva o governo a traçar previsões mais positivas.
Marcado para 6 de novembro, o megaleilão da cessão onerosa do pré-sal renderia não apenas receitas com o chamado bônus de outorga (R$ 106 bilhões, a serem pagos pelas empresas vencedoras), mas royalties por 20 anos.
Técnicos contam ainda com melhoria em indicadores econômicos, que beneficiariam a arrecadação, por causa de medidas a serem implementadas como a reforma tributária e corte de despesas.
Os royalties, por exemplo, não eram considerados nos cálculos da equipe econômica para o resultado dos próximos anos. Por isso, os números oficiais da equipe de Guedes ainda apontam a existência de déficits até 2022.
As projeções oficiais, feitas em abril, indicam um rombo fiscal de R$ 124,1 bilhões em 2020. A estimativa é de déficit de R$ 68,5 bilhões em 2021, e de R$ 31,4 bilhões em 2022.
Uma melhora deve ocorrer já neste ano. Recentemente, técnicos da pasta passaram a calcular que será possível cumprir com folga a meta fiscal de 2019, de déficit de R$ 139 bilhões. Com os recursos do petróleo e o empoçamento (dinheiro que fica parado nos ministérios sem ser gasto por motivos diversos), o resultado poderá ficar perto de um rombo de R$ 80 bilhões.
Já sobre 2022, uma eventual revisão ao longo do mandato deve apontar para um superávit pequeno e ainda não próximo do ideal para reverter a trajetória da dívida pública.
Por causa da queda na taxa básica de juros, estimativas recentes apontam para um certo alívio no ajuste fiscal, que exigiria um percentual menor de superávit (entre 1% e 1,2%) para estabilizar a dívida em proporção ao PIB (Produto Interno Bruto).
A dívida líquida do setor público corresponde hoje a 54,8% do PIB, de acordo com dados do Banco Central. A dívida bruta, a 79,8%.
por Bruno Benite | out 28, 2019 | Eventos
Foto: Automotive Business
A 22ª edição da Fenatran, Salão Internacional de Transporte RODOVIáRIO de Cargas, realizado entre os dias 14 e 18 deste mês, superou as expectativas ao gerar R$ 8,4 bilhões em negócios, segundo balanço divulgado na sexta-feira, 25, pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, organizadora do evento. O valor é mais do que o dobro do volume registrado na edição anterior, em 2017, e muito acima da expectativa da companhia, que estimava R$ 4 bi. Neste ano, o número de empresas expositoras aumentou de 350 para 450, que juntas atraíram 62 mil visitantes, um público 24% maior do que o da última edição.
Entre os participantes, a Fenatran contou com forte presença de executivos internacionais que vieram de mais de 55 países, incluindo presidentes globais das empresas expositoras. Além disso, o evento recebeu representantes de companhias vindos de 27 estados do País e de mais de 1,8 mil municípios brasileiros. Segundo a Reed, a feira se confirma como a segunda maior do mundo no setor de transporte rodoviário, perdendo apenas para o Salão de Hannover, na Alemanha.
“Tivemos a presença massiva dos principais compradores do setor de transportes rodoviário de cargas com muita disposição para fazer negócios. Superamos as expectativas e isso mostra a força dos nossos eventos em criar oportunidade e gerar negócios”, destaca o diretor do portfólio de mobilidade da Reed, Leandro Lara.
Esta edição da Fenatran foi marcada pela exibição de tecnologia de ponta apresentada pela maioria das montadoras e outras empresas da cadeia de fornecimento. Entre as inovações, o público pode conferir destaques como o lançamento de caminhões elétricos, movidos a gás natural e a hidrogênio, além de veículos dotados de recursos eletrônicos de condução semiautônoma e novos sistemas de rastreamento, telemetria e serviços visando maior eficiência e menor custo no transporte.
Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a edição deste ano da Fenatran foi o marco da retomada do setor.
“Registramos muitos visitantes e o clima no evento foi muito positivo. Algumas das nossas associadas precisaram trazer mais vendedores para os estandes e outras bateram a meta para o ano. Esta é uma informação fantástica, pois não existe compra de veículos comerciais se não há uma boa expectativa com a economia do País. E esta Fenatran nos mostrou que os responsáveis por carregar grande parte do PIB do Brasil estão confiantes e otimistas para o futuro”, comenta o presidente da Anfavea.
A feira também contou com rodadas de negócios nacionais e internacionais organizadas pela Reed e gerou mais de R$ 82 milhões em vendas em apenas duas manhãs. Estiveram presentes nas mesas compradoras, transportadoras, indústria de alimentos, distribuidores, importadores e profissionais de logística para realizarem negócios com expositores tanto da Fenatran quanto da Movimat, Salão Internacional da Logística Integrada e que aconteceu em paralelo ao evento. No total, as rodadas somaram 150 reuniões.
“A Fenatran 2019 é um grande sucesso para os negócios de implementos rodoviários e ajudará bastante o nosso processo de recuperação das perdas”, disse Norberto Fabris, presidente da Anfir, associação das fabricantes de implementos rodoviários.
BALANÇO DAS MONTADORAS
A Mercedes-Benz, que inovou com os novos Actros e Sprinter, destaca o número de visitantes e o volume de negócios ao longo de todo o evento. “Em cinco dias, recebemos mais de mil clientes de todas as regiões do Brasil e também grupos da América Latina, África e Oriente Médio. Além de irem ao estande, esses grupos também visitaram a nossa fábrica em São Bernardo do Campo”, disse o vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini.
O executivo conta que todas as visitas geraram bons negócios e superaram as expectativas e que essas negociações podem ainda gerar bons frutos para 2020:
“Para se ter uma ideia, houve momentos em que todas as salas de reuniões do estande estavam completamente lotadas de clientes. E não foram somente negociações de caminhões e Sprinter, percebemos que eles também estavam interessados em adquirir serviços para garantir a rentabilidade das operações. A Fenatran 2019 foi um marco para o segmento. E esperamos que 2020 reflita os bons resultados conquistados durante o salão deste ano”, disse Roberto Leoncini, da Mercedes.
Para a Scania, a feira foi um marco para apresentar suas novas soluções de combustíveis alternativos para o Brasil.
“Apresentamos os caminhões a gás, com abertura de vendas no primeiro dia da Fenatran e conseguimos mais de dez vendas. Isso significa uma grande resposta que os clientes deram para nós e podemos afirmar que o caminhão a gás é sim viável para o Brasil”, disse o diretor comercial da Scania, Silvio Munhoz. “Também lançamos o programa de manutenção premium flexível que reduz em 25% os custos de manutenção e os clientes receberam muito bem esse programa. Superamos as expectativas e terminamos o ano com muito otimismo”, conclui.
Com a apresentação de 15 novos modelos, incluindo o e-Delivery, primeiro caminhão da VWCO 100% elétrico e que será feito no Brasil, a empresa também comemora o resultado da feira, onde fez o lançamento de sua plataforma global Rio para o mercado brasileiro:
“Essa foi a melhor Fenatran dos últimos tempos. Comparando com a edição passada, o movimento dos clientes e dos interessados em se aprofundar nos produtos e serviços aumentou e encerramos com chave de ouro com o movimento acima do normal no último dia, o que nos traz grande gratidão”, disse o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche.
por Bruno Benite | out 28, 2019 | Outros
Foto: CNT
A Pesquisa CNT de Rodovias 2019 foi apresentada na manhã da última quarta-feira (23/10) no Senado Federal, durante reunião da Comissão de Infraestrutura. Neste ano, o estudo da Confederação mostrou piora na qualidade das rodovias avaliadas (59% com problemas) e apontou a necessidade de ampliação dos investimentos. Somente para obras de reconstrução e restauração, são necessários R$ 38,60 bilhões. Outros R$ 15,83 bilhões precisam ser destinados para a manutenção.
Alguns senadores presentes se comprometeram em unir esforços para pleitear a ampliação dos recursos para as rodovias brasileiras. A reunião foi presidida pelo senador Wellington Fagundes. “Queremos apoiar o Ministério da Infraestrutura, para que possa haver mais recursos para as rodovias. Sabemos que a qualidade da infraestrutura de transporte é fundamental para o país.”
Representando a CNT, participaram o diretor-executivo, Bruno Batista; o diretor de relações institucionais, Valter de Souza; e o coordenador de estatística e pesquisa, Jefferson Cristiano. Bruno Batista explicou que, além dos recursos serem insuficientes, grande parte do que está autorizado não é aplicada.
O diretor destacou também que os gastos com acidentes acabam sendo maiores do que o que se investe nas rodovias. O prejuízo em 2018, somente com as ocorrências na malha federal policiada, foi de R$ 9,73 bilhões.
Na avaliação do senador Eduardo Gomes, “a pesquisa da CNT tem o papel propositivo para preparar o governo para enfrentar esse problema da falta de qualidade das rodovias”. Segundo ele, o ambiente atual é favorável para a apresentação dos dados da CNT, numa tentativa de buscar soluções conjuntas entre o setor privado, o Legislativo e o Executivo.
O senador Jaime Campos ressaltou que o que mais chamou a atenção durante a apresentação da CNT foi a questão orçamentária. “Como vamos fazer para melhorar nossa malha se os recursos são insuficientes?” De acordo com o senador Wellington Fagundes, ainda há tempo de mobilizar o Congresso para tentar aumentar o orçamento voltado para infraestrutura rodoviária. “Vamos trabalhar o orçamento do ano que vem, com todo esse trabalho de emendas. Estamos conversando com as bancadas.” O senador Marcelo Castro também ressaltou a urgência de se priorizar o planejamento e a gestão, principalmente diante dos recursos insuficientes.
A pesquisa da CNT, que neste ano chegou à 23ª edição, foi elogiada no Senado Federal, tanto pelos parlamentares quanto por representantes do governo. Segundo o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), general Antônio dos Santos Filho, “os dados da CNT estão muito próximos da avaliação periódica feita pelo Dnit”.
Ele parabenizou o trabalho e ressaltou a importância de investir na gestão, “assim como o Dnit tem feito”, principalmente pelo baixo orçamento público. O superintendente de exploração de infraestrutura rodoviária da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Marcelo Alcides, afirmou que a “Pesquisa CNT de Rodovias direciona o trabalho de fiscalização”.
E o secretário nacional de transportes terrestres, Marcello Costa, do Ministério da Infraestrutura, também abriu sua fala no Congresso Nacional dizendo que “enaltece a relevância e a qualidade do estudo da CNT”. Segundo ele, a Pesquisa CNT de Rodovias sempre foi e sempre será balizadora do planejamento de políticas públicas.
O secretário afirmou que algumas soluções trabalhadas pelo governo federal para otimizar o baixo orçamento são investir no planejamento integrado e melhorar a qualidade da aplicação dos recursos disponíveis. Ele citou, por exemplo, a importância da manutenção das rodovias ser feita no tempo certo. “Manutenção é momento. Tem que ser feita no tempo correto para não cair no extremo, que é a emergência, e se tornar mais cara”.