Flat Preloader Icon

LIVE: Impacto do coronavírus no TRC | Lauro Valdívia, Sergio Sukadolnick e Wagner Adriani

O Departamento de Custos Operacionais da NTC&Logística está monitorando diariamente o impacto no volume de cargas imposto pela pandemia da COVID-19.
Durante as últimas 5 semanas, foram apuradas informações com as empresas e o Assessor Técnico da NTC, Lauro Valdivia irá comentar o dado parcial desta pesquisa através de uma LIVE pelo canal do YouTube da entidade.

A empresário Sergio Sukadolnick do Grupo Cesari e o Presidente do SINTROPAR, Wagner Adriani irão comentar as informações e dar detalhes de como a rotina vem afetando suas empresas.

Vale ressaltar que diariamente estão sendo monitorado os dados a partir das empresas e é necessário, você empresário do transporte responder a pesquisa para que seja possível coletar informações que ajudarão a identificar a realidade do setor nesse momento.

Segue o link do canal do YouTube da NTC: https://www.youtube.com/user/ntclogistica

Plano de retomada da economia prevê R$ 30 bi em investimentos públicos

Plano de retomada da economia prevê R$ 30 bi em investimentos públicos

Governo espera alcançar R$ 250 bilhões em contratos de concessão e a criação de 1 milhão de empregos com o programa de obras públicas e melhoria do ambiente de negócios

O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, anunciou nesta quarta-feira o programa “pró-Brasil” para dar “sinergia” às diferentes ações que estão sendo adotadas isoladamente pelos diferentes ministérios em resposta à crise econômica do país.

Segundo o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o Pró-Brasil prevê R$ 30 bilhões de investimentos públicos e R$ 250 bilhões em contratos de concessões à iniciativa privada. Em coletiva no Palácio do Planalto, ele afirmou que o governo não fará “pirueta fiscal” .

Freitas reiterou que leilões de concessões serão publicados no fim do ano, que obras não pararam no país e que o foco é gerar mais de 1 milhão de empregos. O programa Pró-Brasil foi dividido em duas vertentes, Ordem (voltado à segurança jurídica para concessões) e Progresso (obras com investimentos públicos).

“Vamos dar continuidade ao que já estava funcionando, como o vigoroso programa de concessões. Vamos trabalhar no ambiente de negócios para trazer investimentos em concessão, de R$ 250 bilhões”, afirmou. “Também estimamos valor de R$ 30 bilhões (horizonte plurianual) para investimentos públicos, não vamos dar nenhuma pirueta fiscal, nenhuma cambalhota”, explicou o ministro, defendendo a necessidade de “pensar no dia seguinte” à crise do coronavírus.

O programa, que foi apresentado aos demais ministro do governo Jair Bolsonaro, terá uma reunião inaugural na próxima sexta-feira. “O programa visa aprimorar ações estratégicas para a retomada do crescimento em resposta aos impactos que o Brasil sofreu por conta da pandemia”, afirmou Netto, em apresentação no Palácio do Planalto.

Braga Netto disse que o novo programa federal buscará um modelo de governança, produtividade, medidas estruturantes e investimentos. Se, por um lado, haverá um estímulo à economia com a melhoria de ambiente de negócios, por outro, serão reforçados os investimentos em obras públicas, disse ele.

3070.jpg

O ministro da Casa Civil, Braga Netto, prevê implementação do plano a partir de outubro — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Braga Netto afirmou que o programa será estruturado entre maio e julho. Já o detalhamento será finalizado entre agosto e setembro. A expectativa, segundo ele, é de que a implantação do programa, “em larga escala”, ocorra a partir de outubro.

“O Pró-Brasil não é programa de governo, mas de Estado”, afirmou o ministro da Casa Civil. Segundo ele, a iniciativa produzirá efeito num “universo temporal de dez anos”.

Plano Marshall

Braga Netto negou que o governo esteja discutindo um “Plano Marshall”. Segundo o ministro, o que existe é um “Plano Brasil”. Ele acrescentou: “não é um programa de recuperação econômica, mas para a recuperação de toda estrutura afetada pelo coronavírus”.

Segundo Braga Netto, o programa Pró-Brasil tem um prazo, datas foram apresentadas, mas ele não quis antecipar dados.

“Só um ministério, dependendo da retomada, vai gerar milhões de empregos, seria leviano da minha parte antecipar algo que vai ter ainda a primeira reunião”, justificou.

Estado de São Paulo anuncia reabertura gradual da economia a partir de 11 de maio

Estado de São Paulo anuncia reabertura gradual da economia a partir de 11 de maio

3069.jpg

Foto: Veja.com

Aplicação depende de resposta dos municípios à quarentena e será gradual; nada muda até 10 de maio

 O governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (22) um plano gradual de reabertura da economia a partir de 11 de maio, chamado de Plano São Paulo. Até o dia 10, todos os 645 municípios, sem exceção, permanecem em quarentena.

“Com suporte da ciência e da medicina”, disse o governador, a abertura será levada de forma heterogênea. “Vamos levar em conta situações locais, regionais e setores que possam retomar com as devidas medidas de proteção”. Protocolos para a volta à normalidade econômica também serão definidos gradualmente, associando saúde e economia.

A abertura será “faseada, regionalizada e setorial”, resume Patrícia Ellen, secretária de desenvolvimento econômico do estado. Os três critérios a serem seguidos são: acompanhamento da disseminação do vírus, mostrando os resultados em coletivas de imprensa; capacidade do sistema de saúde; e monitoramento do vírus por meio de testes rápidos em massa – contando inclusive com testes dentro de empresas em parceria com o setor privado.

O estado será dividido em zonas vermelhas, amarelas e verdes, para iniciar a reabertura pelas áreas com menor risco de contaminação de acordo com o monitoramento municipal. Como é a área mais atingida, a região metropolitana da capital provavelmente não irá figurar nas primeiras levas da reabertura.

Na frente setorial, o faseamento será aplicado iniciando a abertura dos negócios por setores considerados de menor risco de contaminação e maior vulnerabilidade econômica. Segundo Patrícia, haverá conversas com todos os setores nas próximas duas semanas. Todos os resultados serão monitorados antes da aplicação de novas aberturas.

Quando reabertos, os negócios terão de seguir protocolos nas frentes de higiene e comunicação, por exemplo, que usam como base estudos da OMS e avaliações regionais.

Vale lembrar que estão em funcionamento, mesmo na quarentena, setores como abastecimento, alimentação, comunicação social, construção civil, petróleo e gás, hotéis, saúde, segurança energia, transportes, e produção agropecuária e industrial. Restaurantes, bates, lanchonetes, padarias e serviços de alimentação foram orientados a atuar como delivery ou drive thru. “Nunca houve a proibição para esses setores”, disse Doria, ao refutar a afirmação de que São Paulo “parou”.

“Desde que decretamos a quarentena, sempre garantimos o funcionamento do maior número possível de atividades na economia do estado, que representa quase 40% da economia do país”, disse o governador. “Aqui em São Paulo nunca houve lockdown, que foi necessário em alguns países do mundo, isso porque adotamos as medidas certas, na hora certa.”

Protestos e taxas de isolamento 

Doria também demonstrou repúdio pelos paulistas que protestaram nas ruas durante o feriado. “Façam as suas manifestações de forma segura, pela internet. Não somos contra as manifestações, vivemos em um regime democrático”, disse o Governador, mas desde que a saúde não seja colocada em risco. Segundo ele, qualquer bloqueio de rua ou avenida em São Paulo será impedido, “principalmente na Avenida Paulista.”

A taxa de isolamento no estado estava em 57% na última terça-feira (21), feriado, segundo o sistema de monitoramento do governo. O governador agradeceu o comprometimento, principalmente daqueles município com taxa acima de 50%, meta durante a quarentena.

Mais afetado do país pela doença, o estado de São Paulo já confirmou 15.385 casos da Covid-19. Na terça, houve um acréscimo de 6% em relação ao dia anterior. O número de mortes chegou a 1.093 no estado na noite de ontem, um acréscimo de 5%.

Rio de Janeiro passa a divulgar boletim do impacto da covid-19 na economia

Rio de Janeiro passa a divulgar boletim do impacto da covid-19 na economia

3068.jpg

Foto: Governo do Estado do Rio

 Documento é preparado pela Secretaria da Fazenda

 A Coordenadoria de Estudos Econômico-Tributários (CEET), da Subsecretaria de Receita, da Secretaria de Estado de Fazenda, publica, a partir de hoje (22), o Boletim Impactos da Covid-19, que mostrará os reflexos da covid-19 na economia do estado do Rio de Janeiro. O estudo comparou as informações sobre o volume de operações com incidência de ICMS de março deste ano com os dados do mesmo mês de 2019; e também avaliou a evolução, semana a semana, do período entre 1° de março e 4 de abril deste ano.

O secretário de Estado de Fazenda, Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho, disse que a divulgação do boletim, neste momento, vai permitir a avaliação do comportamento da economia para que outros agentes possam tomar as suas decisões. “Os boletins elaborados pela Receita estadual serão usados para a estratégia de saída da crise”.

Para o secretário, com a análise da evolução dos dados junto com a avaliação da curva epidemiológica feita pela Secretaria de Estado de Saúde será possível chegar a um diagnóstico das regiões a serem flexibilizadas do isolamento social ou não. “A gente analisa os dados e toma a decisão, equilibrando economia com saúde”, explicou.

Carvalho lembrou que antes da crise do novo coronavírus, o estado do Rio de Janeiro registrava uma retomada econômica, que vinha sendo puxada especialmente pela indústria. “A produção industrial aumenta quando há a perspectiva de o varejo consumir mais. Quando há corte nessa cadeia, é como um engavetamento, o primeiro para e os demais param em seguida”.

Boletim

Na visão do subsecretário de Receita, Thompson Lemos, o boletim elaborado pela CEET é relevante frente ao cenário fiscal que o Rio atravessa, com o impacto do novo coronavírus, não só na saúde da população fluminense, mas também nas finanças. “A partir do levantamento, temos o conhecimento de como os setores responderam às primeiras medidas restritivas, que foram e estão sendo fundamentais para controlar a expansão da doença. É um trabalho excepcional da Receita estadual, que será mantido pelos próximos meses”, explicou.

Dados

O boletim mostra que nas duas primeiras semanas do isolamento social no estado do Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 28 de março, a boa expectativa do setor produtivo não se refletiu no consumo. O ICMS apurado pelas Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônicas (NFC-e), relativas ao consumo final de um produto, registrou queda de 8,76% entre março de 2019 (R$ 510 milhões) e março de 2020 (R$ 470 milhões). A conclusão é que o resultado de queda foi uma consequência das medidas restritivas necessárias adotadas pelo governo estadual para o combate à pandemia.

Já os dados da última semana do período analisado, entre 29 de março e 4 de abril, indicam alta nas quantidades de notas fiscais emitidas e de imposto destacado, o que pode significar um início de recuperação da atividade econômica a ser confirmado ou não nos próximos boletins. “Um dos motivos pode ser uma acomodação do mercado. Muitas pessoas compraram em grande quantidade no início da quarentena e voltaram a comprar para refazer o estoque”, observou o secretário.

Setor Econômico 

Em março de 2020, a indústria teve aumento de 20,73% nos valores das notas fiscais emitidas e de 7,57% no ICMS destacado, desempenho melhor do que o mesmo mês do ano passado. Apesar disso, a quantidade de notas caiu 3,91%.

No atacado e no varejo, os comportamentos foram opostos. Na primeira semana entre 1° a 7 de março, e a última de 29 de março a 4 de abril, o valor de ICMS do atacado teve alta 12,6%. Já o varejo, na mesma comparação, os setores de farmácias tiveram queda de 5,4%, e supermercados, de 3,6%, apresentando uma relativa estabilidade nos valores das notas fiscais e no volume de ICMS, alta de 5,9% para as farmácias e de 2,2% para os mercados, mas no número de notas emitidas registraram queda, um sinal de que os consumidores fizeram compras de valores maiores para fazer estoques em casa.

O grupo composto por restaurantes, bares, padarias e lanchonetes registrou recuo acima de 60% em todos os indicadores, demonstrando ter sido muito afetado pelas medidas restritivas. O setor de vestuário e calçados foi o que teve o maior prejuízo, com quedas no valor das notas e no ICMS superiores a 70% e de 92% na quantidade de notas emitidas.

Petróleo

 A única região do estado a apresentar índices nos dois itens analisados, valor das notas e valor do ICMS destacado, na comparação entre a primeira e a última semana do período pesquisado, foi a do norte fluminense, por causa da atividade petrolífera. A mais atingida no valor das notas foi o sul fluminense, com perda de 35,7%. Ao lado do noroeste foi também a região mais impactada em volume de ICMS. Na quantidade de notas emitidas, a Região Metropolitana teve redução de 39,1%, a maior registrada no estado.

Simples Nacional

 

Os contribuintes que optaram pelo Simples Nacional registraram queda tanto no volume quanto no valor das notas na comparção entre março de 2019 e março de 2020. Em março deste ano, as variações finais indicam redução de 37,2% na quantidade e de 50% no valor das notas. Nos dois casos, os recuos se concentram na terceira e na quarta semanas do período, mas com recuperação na última semana.

FETRANSUL enviará novas sugestões ao governo gaúcho para aliviar impactos da Covid-19 na economia

FETRANSUL enviará novas sugestões ao governo gaúcho para aliviar impactos da Covid-19 na economia

3067.jpg

O presidente da FETRANSUL, Afrânio Kieling, participou de nova rodada de debates e negociações com o governador Eduardo Leite, representantes dos demais poderes, hospitais, universidades e outros setores empresariais e econômicos, como a Fecomércio. A reunião, na noite da segunda-feira (20/4), foi realizada por videoconferência direto do Palácio Piratini.

No encontro, Leite e os participantes debateram as diretrizes do distanciamento social controlado, que será implementado a partir do dia 1° de maio, com exceção de todas as redes de ensino, que só devem retomar as aulas no começo de junho. As regras estão sendo elaboradas pelo Gabinete de Crise e dependem da consolidação de dados de internação hospitalar, de óbitos e do índice de casos nos municípios.

Kieling foi um dos primeiros a ser ouvido e voltou a defender a retomada gradual e urgente das atividades comerciais, especialmente na capital e na região metropolitana, que, conforme o último decreto estadual, não podem reabrir as lojas, os shopping centers, os restaurantes e outros estabelecimentos até 30 de abril.

“Foi uma reunião dura e tensa. Os estudos apresentados pelo governo gaúcho foram bem interessantes, mas o que eu argumentei com ele foi que as estatísticas não contemplam os impactos da quarentena na economia. Queda na produção, queda nas vendas, queda no transporte de cargas, demissões, desemprego. Precisamos voltar, aos poucos, à normalidade, antes que seja tarde demais. Se o coronavírus é grave, o desemprego também é. O governo precisa equilibrar esta equação. Defendemos que fiquem em casa as pessoas com mais de 60 anos de idade e com doenças crônicas”, afirmou.

O governador pediu que os setores façam sugestões, seguindo as recomendações das autoridades de saúde para garantir a segurança das pessoas e o controle do aumento dos casos de COVID-19 no Estado: “É fundamental que este processo seja pactuado e todas as contribuições são valiosas para que o modelo seja o mais adequado possível”, afirmou Leite.

O presidente da FETRANSUL já levou o assunto aos sindicatos filiados, entre eles o SETCERGS, que estão analisando o assunto para enviar as sugestões e os pleitos do setor. O prazo é até quinta-feira (23).

Até o momento, o governo do Estado adotou restrições rigorosas e uniformes devido à falta de domínio de dados. Com essas informações e com o resultado de exames laboratoriais, como o da pesquisa que vem sendo feita no Estado, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), será possível adotar um sistema de distanciamento social controlado. O modelo será baseado em diferentes níveis de restrição, conforme os índices de coronavírus registrados em cada município ou cada região, e seguirá um protocolo pré-estabelecido e proporcional à cada realidade.