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Cai estimativa do mercado financeiro para inflação, diz BC

Cai estimativa do mercado financeiro para inflação, diz BC

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A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa para a inflação este ano, pela oitava vez seguida. Desta vez, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país – caiu de 3,22% para 3,20%. A informação consta no boletim Focus, pesquisa semanal do BC que traz as projeções de instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020. Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%. O intervalo de tolerância para cada ano é 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, em 2020, por exemplo, o limite mínimo da meta de inflação é 2,5% e o máximo, 5,5%.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 4,25% ao ano. Para o mercado financeiro, a Selic deve ser mantida no atual patamar até o fim do ano. Em 2021, a expectativa é de aumento da taxa básica, encerrando o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022 e 2023, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Comitê de Monetária (Copom) reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já a manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Atividade econômica 

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – caiu de 2,23% para 2,20% em 2020, na segunda redução consecutiva. As estimativas das instituições financeiras para os anos seguintes – 2021, 2022 e 2023 – permanecem em 2,50%.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15 para o fim deste ano e de R$ 4,11 para R$ 4,15, ao fim de 2021.

Cenário Econômico é tema da primeira edição do encontro de empresários do SETCEMG

Cenário Econômico é tema da primeira edição do encontro de empresários do SETCEMG

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Com expectativas otimistas, a economista e comentarista da Rádio Itatiaia, Rita Mundim, falou nesta quinta-feira (20), para uma plateia atenta de transportadores e representantes da cadeia produtiva do transporte, sobre um Brasil que trabalha, que controla suas contas e se prepara para o crescimento virtuoso. A economista abriu a primeira edição de 2020 do Encontro de Empresários do Setcemg, parte do projeto “Apoiadores do Setcemg”, no auditório do sindicato.

Com a presença do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, o encontro foi aberto por Gladstone Lobato, presidente do Setcemg, que lembrou a importância do projeto “Apoiadores do Setcemg” e convidou todos a ouvir a análise de Rita Mundim sobre o cenário econômico e as expectativas para um futuro próximo.

Partindo da constatação que o mundo vive uma quebra de paradigmas, sendo o maior deles o preço do dinheiro que perdeu valor, Rita iniciou sua palestra afirmando que: “Acabou o Brasil da agiotagem, o Brasil da farra”, referindo-se aos governos anteriores. Em seu argumento, o Brasil agora irá trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável e o setor de transporte será vital neste cenário.

DINHEIRO NÃO PRODUZ RIQUEZA

“Dinheiro não produz riqueza”, disse, acrescentando que com isso cresce a importância das pessoas, do conhecimento, das ideias que criam projetos que são transformados em trabalho produtivo.

Mundim fez um breve relato sobre a história econômica do país, seus desdobramentos e dificuldades, iniciando na década de 80 com o Plano Cruzado de Sarney, passando pelo Plano Collor (bloqueio da poupança), Plano Real, a de juros altos e dólar baixo, etc. Alguns trazendo certa estabilidade e outros endividamento e dificuldades econômicas.

Agora, segundo Mundim, o atual ministro Paulo Guedes com sua política econômica, traz um ambiente propício para prosperação dos negócios no país. “O ministro está empenhado em uma política de Estado, enxugando gastos e controlando os juros. Com isso, está 20% mais barato investir no Brasil”. Citou a reforma da previdência e as mudanças na lei trabalhista como medidas que apontam que dão segurança para os investidores e empresários.

Mundim acredita em um crescimento de até 2% para este ano, com o dólar oscilando entre 4,10 a 4,35 reais. Para ela, isso é muito bom, pois o país não tem mão de obra qualificada e infraestrutura adequada, principalmente, para manter um ritmo mais acelerado de crescimento e todo o mundo está com os índices mais baixos, com exceção dos asiáticos.

Buscando a teoria das ondas de Alvin Toffler (*) para respaldar sua confiança no crescimento, a economista alertou, no entanto, para a necessidade de os empresários buscarem a qualidade com a padronização dos processos produtivos com o propósito de adquirir produção em escala para atender aos padrões globais.

A tendência é da “interdependência e da cooperação. Precisamos amadurecer como indivíduos e aprender a cooperar. Nós juntos e misturados”, finalizou.

Os transportadores presentes mostraram a confiança no crescimento do Brasil e o empenho do setor para transportar com eficiência a riqueza do país.

AS TRÊS ONDAS SEGUNDO TOFFLER (*)

Toffler em uma entrevista à BBC Brasil, em agosto de 2002, disse:  No caso do Brasil, por exemplo, eu acredito que existam na verdade três países diferentes. Há o Brasil da primeira onda, em que as pessoas trabalham na terra da forma que seus ancestrais faziam há centenas de anos, produzindo só o necessário para sobreviver. O Brasil da segunda onda é visto em São Paulo e em várias outras regiões do país, com grande urbanização, muitas indústrias, engarrafamentos e poluição. E também é possível encontrar no Brasil, de uma forma ainda incipiente, uma parte da sociedade que já vive a terceira onda. São pessoas que estão na internet, usam computadores de forma rotineira e têm empregos que exigem um conhecimento cada vez mais sofisticado. O Brasil é um país heterogêneo, cultural e racialmente, e hoje também comporta três estruturas econômicas diferentes.

NOVA EDUCAÇÃO

The Future as a Way of Life deu origem ao livro Future Shock, publicado por Toffler em 1970. Neste livro, ele defende que a nova educação deve ensinar o indivíduo sobre como classificar e reclassificar informações, como avaliar sua veracidade, como mudar as classificações quando necessário, como mover do abstrato para o concreto e vice-versa, como olhar problemas sob novas perspectivas, sobre como ensinar a si mesmo. E conclui com uma das frases mais famosas atribuídas a ele (mas dita pelo psicologista Herbert Gerjuoy): O analfabeto de amanhã não será aquele que não sabe ler, mas aquele que não aprendeu como aprender.

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Corpo de Bombeiros Militar presta homenagem ao Sitran e Fetranslog

Corpo de Bombeiros Militar presta homenagem ao Sitran e Fetranslog

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Uma das mais relevantes homenagens já recebidas pelo Sitran Chapecó e Fetranslog foi, sem dúvida, a prestada durante a inauguração do novo prédio sede do 6º Batalhão de Bombeiros Militar – BBM de Chapecó. O ato contou com a presença, entre outras autoridades, do governador de Santa Catarina, Carlos Moises da Silva, da vice govenadora, Daniela Reinerh e do prefeito Luciano Buligon.

O título honorifico “Amigo do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina”, concedido ao Sitran, foi entregue ao presidente Deneraci Perin. Os motivos foram os relevantes serviços prestados para o desenvolvimento da corporação. Já o coordenador geral da FETRANSLOG, Ivalberto Tozzo, recebeu a Medalha Mérito Comunitário. A honraria foi atribuída em reconhecimento ao destaque do homenageado na realização de ações de reais benefícios ao desenvolvimento dos programas comunitários e para a aproximação entre a comunidade e a corporação.

As homenagens do Bombeiros Militar de Santa Catarina foram prestadas em gratidão à doação de um caminhão zero quilometro ao BBM de Chapecó. O caminhão foi comprado por um pool empresas do Transporte de Cargas e entregue ao Corpo de Bombeiros, após a Fetranslog 2018, para integrar a frota local no atendimento à comunidade. Foi uma inédita iniciativa de elevada repercussão pelo seu significado e importância.

Durante o ato inaugural Deneraci Perin e Ivalberto Tozzo entregaram as chaves do caminhão ao govenador Moises, ao comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Charles Alexandre Vieira e ao comandante do 6º Batalhão de Bombeiros Militar, tenente coronel Hilton de Souza Zeferino. Também foi descerrada uma placa contendo os nomes de todas as empresas que colaboraram para a aquisição do caminhão, que ficará exposta na unidade do BBM de Chapecó.

Como o avanço do coronavírus pode afetar a economia brasileira

Como o avanço do coronavírus pode afetar a economia brasileira

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Brasil, um país que tem na China – epicentro da doença – o maior cliente de suas exportações, deve sentir muito diretamente os impactos

O crescimento dos casos de coronavírus em todo o mundo – incluindo a descoberta de um caso no Brasil – elevou a preocupação sobre os efeitos da doença sobre a economia global.

Já se sabe que haverá uma redução do crescimento esperado em todo o globo, mas ainda é difícil imaginar qual o tamanho dessa redução. Na Itália, por exemplo, onde já foram registradas 11 mortes por conta do vírus, analistas falam em queda de 0,5% a 1% do PIB este ano, mas tudo ainda é muito preliminar.

O que se sabe é que, muito provavelmente, nenhum país passará ileso por essa crise. E o Brasil, um país que tem na China – epicentro da doença – o maior cliente de suas exportações, deve sentir muito diretamente os impactos disso. Veja a seguir como o coronavírus pode afetar a economia brasileira:

A China, país onde o novo coronavírus foi detectado inicialmente e que concentra o maior número de casos, é o maior cliente das exportações brasileiras. No ano passado, cerca de 30% de tudo o que o país vendeu para o exterior teve como destino o país asiático, que é o maior comprador da nossa soja, do nosso minério de ferro e do nosso petróleo.

Mas o alto número de casos do novo vírus praticamente paralisou a economia chinesa neste início de ano. Fábricas foram fechadas, empregados ficaram em casa, sem produzir.

Ninguém sabe o tamanho do rombo que isso vai causar na economia chinesa, mas já há quem fale até em PIB negativo no primeiro trimestre e de queda de mais de um ponto porcentual no crescimento esperado para o ano (que era algo em torno de 6%). Uma China crescendo menos vai comprar menos produtos brasileiros, e isso deve ter impacto nas grandes exportadores, como Vale, Petrobrás e empresas de alimentos.

Além disso, essas empresas já sentem os efeitos do coronavírus nos preços dos produtos que vendem. Desde que a doença começou a provocar impacto nos mercados financeiros internacionais, em meados de janeiro, os preços do minério de ferro, do petróleo e da soja, produtos que responderam por 78% das vendas externas brasileiras no ano passado, recuaram significativamente.

Numa economia globalizada como a atual, as linhas de produção são muito dependentes de matérias-primas e insumos vindos de vários países. No caso brasileiro, especificamente da China. Montadoras de automóveis, fabricantes de eletroeletrônicos e de medicamentos, por exemplo, importam boa parte do que vai em seus produtos. E, com a paralisação das fábricas chinesas em janeiro e fevereiro, esses produtos já começam a faltar.

Alexandre Ostrowiecki, presidente da Multilaser, fabricante brasileira de equipamentos como celulares, tablets e teclados, por exemplo, projetou, em entrevista ao Estado, uma queda de 17% no abastecimento de peças e componentes importados. Mas diz que o quadro pode se agravar se as fábricas chinesas não retomarem seu ritmo normal rapidamente. “A Multilaser está totalmente inserida no olho do furacão do coronavírus”, disse.

O que os especialistas dizem é que o risco de falta de insumos é maior para os fabricantes de celulares e itens de informática, que trabalham com estoques mais curtos de componentes. Mas também é uma ameaça para a indústria automobilística, que usa muita eletrônica embarcada.

Um quadro de menos vendas externas e produção nas fábricas prejudicada por falta de insumo terá, obviamente, impacto no crescimento econômico, num momento em que o País tenta ganhar tração e deixar para trás, definitivamente, os efeitos da recessão vivida entre 2014 e 2016.

O Brasil iniciou o ano com projeções que apontavam um crescimento econômico em torno de 2,5%, o que seria um grande salto comparado às altas de cerca de 1% dos últimos três anos. Mas resultados ruins dos indicadores no final de 2019 já fizeram essas previsões recuarem para algo ao redor de 2% (o banco BNP Paribas já projeta crescimento de 1,5%). Se o coronavírus realmente derrubar as economias ao redor do mundo, é provável que as estimativas para o PIB brasileiro caiam ainda mais.

O Banco Central reduziu, no início deste mês, a taxa de juros brasileira para 4,25% ao ano, o menor patamar da história. Em março, haverá outra reunião para definir os rumos da taxa, e o consenso entre analistas, por enquanto, é que o BC deixará o juro aonde está.

Mas, na ata que detalhou a decisão tomada este mês, o coronavírus apareceu. O que os integrantes do Comitê de Monetária (Copom) escreveram é que o prolongamento do surto de coronavírus teria impactos sobre commodities e importantes ativos financeiros, e que a consequência do surto para a política monetária depende também de reação dos ativos financeiros e da magnitude da desaceleração global.

Ou seja, não se pode descartar mais cortes de juros em breve. Isso já vem acontecendo em alguns países, como a própria China, em uma tentativa de estimular a economia. Crescem as apostas no mercado de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) e o Banco Central Europeu (BCE) podem seguir o mesmo caminho.

Movimentação de contêineres no Porto de Santos mantém tendência de alta em janeiro

Movimentação de contêineres no Porto de Santos mantém tendência de alta em janeiro

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O Porto de Santos registrou, em janeiro de 2020, o maior movimento de contêineres para o mês. A marca foi de 338.476 TEU (medida padrão equivalente a um contêiner de 20 pés), crescimento de 2,0% em relação ao recorde anterior, registrado em janeiro de 2018 (331.748 TEU), e de 16,2% em comparação ao ano passado (291.295 TEU). Em toneladas, o aumento na comparação com janeiro de 2019 foi de 12,1%.

O desempenho na movimentação de contêineres contribuiu para amenizar a queda do resultado consolidado. O total de cargas que passou pelo Porto de Santos atingiu 8.313.049 toneladas no primeiro mês do ano, registrando a terceira maior marca no período. O recorde para o mês foi janeiro de 2019, com 9.053.996 toneladas. O recuo deveu-se à queda de 13,2% nos embarques. Os desembarques tiveram melhor desempenho (3.067.794 toneladas), acusando crescimento de 1,8%.

Outras cargas com contribuição positiva no mês foram os embarques de óleo combustível, de 80.372 toneladas para 155.010 toneladas (+ 92,9%) e de celulose, de 400.028 toneladas para 472.043 toneladas (+18,0%), além do aumento nos desembarques de trigo, saindo de 72.901 toneladas para 130.915 toneladas (+79,6%).

Segundo a Gerência de Tarifas e Estatísticas da Santos Port Authority (SPA), a queda no total geral pode ser atribuída principalmente às reduções de duas das mais importantes cargas exportadas pelo Porto de Santos. Os embarques de milho a granel saíram de 1.141.538 toneladas para 530.544 toneladas (-53,5%) e os de soja em grãos, de 800.507 toneladas para 478.562 toneladas (-40,2%). No caso do milho, os embarques foram impactados pelo fim do escoamento da safra e pela redução das compras chinesas, devido à diminuição do rebanho de porcos daquele país, atingido pela peste suína no ano passado. O produto é usado na alimentação daqueles animais. Já a soja ainda não contava em janeiro com início dos embarques, que, historicamente, começam em fevereiro. No ano passado, o início do escoamento da safra foi antecipado e a soja em grãos registrou aumento de 118,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, fato que inflou os números estatísticos.

O fluxo de navios em janeiro registrou o total de 374 embarcações, 15 a menos que em janeiro do ano passado.