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Servir e fazer do Brasil um país melhor

Servir e fazer do Brasil um país melhor

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(Foto: Arquivo/NTC&Logística)

Sou neto de caminhoneiro, integrante de uma família empresária do setor de transporte. Cresci ouvindo termos como frete, carreta, licença, carga, cavalo dentre outros conceitos que permeiam o transporte no Brasil. Não há espaço para dúvidas: a história do nosso país foi construída pelas estradas.

Foram homens corajosos, sonhadores, desbravadores. Eles deixavam família e amigos para rodar pelo então desconhecido Brasil, transportando não apenas cargas, mas progresso, esperança, crescimento. Foram pioneiros do que viria a ser, sem dúvida, um dos mais importantes setores da economia brasileira: o transporte de cargas.

Hoje, continuamos a exercer nossa vocação: servir e fazer do Brasil um país melhor. Continuamos transportando o futuro para o presente, superando os diversos desafios que nossas estradas impõem. Acredito que tais desafios podem ser resolvidos pelo Estado, em parceria com a iniciativa privada e com a sociedade civil. Concessões de estradas, privatizações, simplificação dos processos, desburocratização do setor, maior investimento em infraestrutura, dentre outros, são pautas que eu trouxe comigo para o Congresso Nacional desde que optei em sair da Transpes para hoje estar no cargo de Deputado Federal (NOVO) por Minas Gerais.

Os desafios do nosso país são vários: melhorar a qualidade da educação, tornar a saúde mais acessível, superar o déficit fiscal, universalizar o saneamento básico, o combate à corrupção, a geração de riqueza, dentre tantos outros. Mas tudo isso passa pela infraestrutura, pois todas estas áreas são altamente dependentes do transporte de cargas.

Na Transpes tínhamos o seguinte slogan: “Pode crescer, Brasil. Estamos prontos”. Acredito que isto não se resume apenas à Transpes, mas vale para todo o setor. Para pessoas vocacionadas ao transporte de carga, nas quais correm “diesel nas veias”, ávidas para transportar a transformação que nosso Brasil tanto precisa. Parte deste preparo, sem dúvida, foi por muitos herdados, como meu caso, que tive na minha própria família grandes mestres da logística. Outros continuam empreendendo, pois reconhecem a relevância do setor.

Independentemente disso, há toda uma geração preparada, apaixonada, unida. Impossível não citar tal unidade, gerada pela COMJOVEM que, desde 2007, tem preparado a nova geração a assumir tais desafios do transporte de cargas brasileiro. Por isso, agradeço todo incentivo, em especial do Sr. Jose Hélio e Sr. Urubatan, que sempre nos encorajaram a assumir tamanha responsabilidade.

Continuo acreditando no Brasil, esperançoso de que certamente viveremos dias melhores. Sigo firme no meu propósito de inspirar pessoas e transformar o Brasil lembrando sempre do meu avô, o espanhol,  que dizia: “fé em Deus e pé na tábua”.

Lucas Gonzalez é Deputado Federal do NOVO – MG e ex integrante do Núcleo da COMJOVEM de Belo Horizonte

*Artigo veiculado no Anuário NTC&Logística 2019/2020.

Ministério da Infraestrutura vai entregar uma obra por semana em 2020

Ministério da Infraestrutura vai entregar uma obra por semana em 2020

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(foto: Alberto Ruy/Ministerio Infra-ins)

Previsão do ministro Tarcísio de Freitas é concluir 52 obras este ano e licitar 44 ativos. Na sexta inaugura a BR-163 no Pará e, na semana que vem, leiloa a BR-101 em Santa Catarina

Entregar uma obra por semana em 2020. Essa é promessa que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, fez nesta quarta-feira (12/2) ao participar do Seminário de Abertura do Legislativo de 2020. Na sexta-feira, entrega trecho da BR-163, em Sinop, no Pará, junto com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a pavimentação da rodovia, importante eixo de escoamento do agronegócio, teve reflexo imediato no frete. “Houve queda entre 5% e 15%, porque as empresas conseguem fazer cinco viagens a mais”, explicou.

No sábado, a pasta entrega a alça de acesso da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha, no Rio de Janeiro. E, na próxima semana, realiza o leilão da BR-101 em Santa Catarina. “No ano passado, nos comprometemos a fazer 27 leilões e fizemos. Este ano, serão mais 44. Além disso, vamos entregar 52 obras, praticamente uma por semana”, afirmou.

Em março, o ministro promete assinar a prorrogação da concessão da Malha Paulista, ferrovia operada pela concessionária Rumo, que vai gerar R$ 6 bilhões de investimentos em cinco anos e duplicar a capacidade das atuais 35 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a renovação antecipada no fim do ano passado, mas o aditivo ainda não foi assinado.

O caso da Malha Paulista é o primeiro a ser beneficiado pelas novas regras de renovação antecipada de concessões ferroviárias. Mas corre no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra as propostas e a Corte deve julgar antes da assinatura. “Não deve ter impacto na assinatura do contrato da Malha Paulista”, garantiu.

Segundo Freitas, um dos pontos que estão sendo atacados é o investimento cruzado. “Estou otimista com relação à decisão do STF, porque acredito no modelo. O investimento cruzado é uma forma de usar a outorga em investimento, em vez de pagar para o Tesouro”, disse. No caso da Malha Paulista, é na própria linha, mas, na Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM), é um novo trecho. “É uma maneira de criar novos segmentos muito inteligente. A gente pega a outorga da EFVM, cria dois novos segmentos com essa outorga, Cariacica-Anchieta e a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). Quando estiver pronta, licita operação e gera nova outorga”, explicou.

O fato de a possibilidade de prorrogação estar contemplada nos contratos originais das concessões é um facilitador de aprovação, de acordo com o ministro. “Seria muito difícil se não tivesse. O próprio TCU teria se manifestado contrariamente na análise que fez, mas todos os contratos contêm essa possibilidade de prorrogação. Tem amparo”, assegurou.

Sobre a Ferrogrão, cujo leilão está previsto para este ano, o ministro explicou que houve manifestação de parceria entre setor privado e Estado. “Quando o projeto é grande, parece ser esse o caminho. Estou bastante otimista com relação ao desenho, a composição do quadro de investidores e à viabilidade da ferrovia. Vamos conversar com alguns fundos, daqui um mês e meio, e, enquanto isso, terminamos a estruturação, ouvindo o mercado para eliminar risco”, disse. O próximo passo é enviar o edital para o TCU. “Estamos falando de uma concessão com investimentos de R$ 13 bilhões em sete anos”, destacou.

Durante o evento, no qual também estava presente o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, Freitas o comprimentou citando o projeto de lei que permite a privatização da companhia. “Tenho fé que a gente vai manter viva convicção de privatização da Eletrobras. Nós precisamos disso. Tenho certeza de que a gente vai ser bem-sucedido nesse projeto, fundamental para que a empresa retome sua capacidade investimento”, disse.

CNC estima crescimento de 5,3% do varejo em 2020

CNC estima crescimento de 5,3% do varejo em 2020

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(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

Evolução nas vendas confirma recuperação do varejo, diz economista

A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) estimou nesta quarta-feira (12) crescimento de 5,3% das vendas no varejo ampliado, em 2020. No varejo restrito, que exclui os ramos automotivo e de materiais construção, o indicativo é de alta de 3,5%.

As projeções da CNC tiveram como base os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de dezembro, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, o comércio varejista brasileiro fechou 2019 com um crescimento de 1,8% no volume de vendas.

Para o economista responsável pela análise, Fabio Bentes, as vendas neste ano deverão manter a atual tendência de alta com a perspectiva de crescimento da economia e dos indicadores que medem o consumo das famílias. “Fatores como a permanência da inflação baixa e a expectativa de que a taxa básica de juros seja mantida no piso histórico fazem com que esperemos um maior ritmo de atividade econômica em 2020”, afirmou, em nota.

Segundo o economista, a evolução real das vendas confirmou o processo de recuperação do varejo em 2019, tendência reforçada pela retomada do emprego formal no setor, no ano passado. No entanto, Bentes chama a atenção para o fato de que, mesmo com a reação do consumo nos últimos anos, o atual volume de vendas do varejo ainda se encontra 6,5% abaixo daquele registrado às vésperas da recessão em novembro de 2014. “O setor deverá superar plenamente a crise somente no início de 2021”, avaliou.

CNI propõe medidas para agilizar comércio do Paraguai, Uruguai e Chile

CNI propõe medidas para agilizar comércio do Paraguai, Uruguai e Chile

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Enquanto o Brasil avançou na redução da burocracia para exportar e importar, países da América do Sul ainda precisam investir em modernização dos processos relacionados ao comércio exterior.

Para estimular esses países, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem feito convênios com entidades do setor industrial para levantar os gargalos que impedem um fluxo de comércio mais rápido.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o BID, levantou 368 oportunidades de melhorias em processos ou políticas públicas relacionados ao comércio exterior no Paraguai, no Uruguai e no Chile.

Para levantar essas oportunidades, foram feitas reuniões com representantes de empresas exportadoras e importadoras e de órgãos públicos ligados ao comércio exterior, totalizando 320 participantes. Ao final do levantamento, foram feitas 263 propostas de solução.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, contou que a experiência do Brasil com a criação do Portal Único de Comércio Exterior ajudou na elaboração de propostas para os três países.

O portal foi lançado em 2014, e passou a ser um guichê único de interação entre o governo e os importadores e exportadores.

“Para criar o Portal Único, foram reunidas pessoas que trabalham com exportações nas empresas e elas orientaram sobre como era o processo e como deveria ser. Nossas burocracias são muitos parecidas.

O Chile, por exemplo, tem ainda emissão de fatura e certificado de origem não digitalizados, é tudo no papel. Hoje, no Brasil quase tudo é informatizado.

Fizemos a proposta de informatizar, dar transparência e evitar atrasos para esses três países”, disse. Segundo Abijaodi, o BID também fez convênio na Argentina para fazer o mesmo levantamento.

Para Abijaodi, a redução da burocracia nesses países vai ajudar também os exportadores e importadores brasileiros.

“Como temos um grande comércio com o Mercosul [Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai] e com o Chile, vamos ganhar primeiro em rapidez. Aqui no Brasil, com o Portal Único, o processo de exportação foi reduzido de cerca de 15 dias para 8 dias.

Há também ganhos em transparência. Por exemplo, no Portal Único do Brasil, o exportador coloca todos os documentos digitalizados dentro dessa página e aí os órgãos que participam desse processo vão aprovando e o exportador consegue acompanhar o encaminhamento. Lá nesses países ainda não foi feito isso”, explicou.

Abijaodi acrescentou que é preciso reduzir os prazos do comércio exterior nos outros países também. “Quando exportamos para esses países, a nossa saída está acelerada, está com transparência, está com segurança, mas na chegada encontra essa dificuldade da burocracia: vai ser tudo em papel e a aprovação demora.

E se eles estiverem importando para nós, lá tem uma demora inicial pela burocracia e chega aqui no Brasil já está mais acelerado. Precisamos ganhar prazo tanto na origem como no destino”, acrescentou.

Com o levantamento feito, disse Abijaodi, agora cabe aos governos dos países implementarem as mudanças.

O resultado do trabalho da CNI e do BID está disponível na internet. Assim, quem quiser exportar para Paraguai, Uruguai ou Chile pode conhecer todo o processo nesse site.

Segundo a CNI, há um acordo com os países para que na medida em as mudanças forem implementadas, será atualizado o processo de exportação e importação no site.

Com novo Coordenador, COMTRIN realiza primeira reunião de 2020

Com novo Coordenador, COMTRIN realiza primeira reunião de 2020

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Representantes de empresas e entidades do setor na primeira reunião do ano da COMTRIN (Foto: NTC&Logística)

Aconteceu nesta terça-feira (11), a reunião mensal da Comissão Permanente de Transporte Internacional – COMTRIN, órgão da NTC. Já tradicional, o primeiro encontro de 2020 discutiu temas fundamentais para o TRIC, além de organizar a agenda para o ano que se inicia.

Dentre os assuntos da pauta, foram discutidos temas para as reuniões bilaterais entre Brasil e Peru que acontecerá nos dias 19 e 20 de março, em Porto Maldonado no Peru, Brasil e Argentina que acontece em meados de abril, a preparatória do SGT-5 Transporte Mercosul que será em Assunção no Paraguai, tendo o país a presidência pro tempore do Mercosul, além de propostas para agenda básica 2020/21, tais como: recuperação de tarifas, assuntos tributários no TRIC, oportunidades de negócios: corredores bioceânicos e abertura de comércio com outros países, inclusão do serviço de transporte internacional como exportador, temas técnicos relacionados a veículos, entre outros assuntos. A COMTRIN estará presente para tratar dos aspectos técnicos e operacionais do transporte internacional de carga e passageiros entre os dois países.

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Segundo o chefe da assessoria técnica para o transporte internacional da Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT, Noboru Ofugi, os depoimentos sobre as dificuldades e a redução substancial no volume de transportes dos operadores será levada para a reunião do Mercosul. “Nós como órgão regulador estamos tentando ao máximo facilitar a operação de transporte, infelizmente nem sempre isso é possível, por isso, levaremos as reivindicações aqui ditas para a reunião do Mercosul, para acharmos as soluções”.

Na oportunidade, a COMTRIN oficializou Danilo Guedes de 42 anos como seu novo coordenador. O empresário e presidente da ABC Cargas representará a entidade nos próximos dois anos.

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Danilo Guedes, novo coordenador da COMTRIN (Foto: NTC&Logística)

“É um desafio muito grande, porque além de ser uma das comissões permanentes mais atuantes da NTC, composta por aproximadamente 70 empresas, a régua ficou muito alta após os anos que o Sr. Ademir Pozzani esteve brilhantemente à frente da Comissão”, afirmou Danilo.

Formado em Administração de Empresas, pós graduado em Logística pela Faap e MBA em gestão empresarial pela FIA-USP, Danilo atua no setor há 22 anos, sendo 15 deles com participação ativa nas entidades de classe.

Durante a reunião Ademir Pozzani, ex-coordenador da COMTRIN e vice-presidente extraordinário das relações internacionais da NTC, cumprimentou o seu sucessor. “Desejo felicidades e muita sorte para o Danilo, que ele consiga realizar todos os seus objetivos nesta comissão tão importante para o transporte rodoviário internacional de cargas e continue a mostrar a força da NTC, uma vez que ela é respeitada por diversas entidades no Brasil e em todos os países do grupo”.

Entre suas propostas, o novo coordenador da COMTRIN quer manter a participação da Comissão em todos os eventos para os quais é convidada, dentre eles as reuniões bilaterais e multilaterais, permanecer mensalmente com reuniões junto às principais lideranças do setor para debater assuntos importantes do TRIC, levar ao fórum assuntos voltados a tecnologia, inovação e novas práticas de gestão voltadas ao transporte rodoviário internacional de cargas. Além de periodicamente estar presente com os principais interlocutores governamentais em Brasília levando os pleitos do setor.

“Como a América do Sul vive um momento de muita instabilidade econômica e afetando fortemente o comércio exterior e o transporte rodoviário internacional de cargas, a NTC/COMTRIN continuará levando uma agenda de reivindicações de nossos associados”, completou Guedes.

Por fim, o diretor financeiro da NTC&Logística, Marcelo Rodrigues representando o presidente da entidade, Francisco Pelucio, fez questão de dar boas-vindas ao novo coordenador e deixou uma mensagem aos presentes na reunião, “a NTC está de portas abertas para esse grupo tão importante e relevante, e também disposta para ajudar a resolver os problemas que possam surgir no TRIC. Conto com os amigos da ANTT que sempre estiveram presentes e me deixo à disposição dessa nova coordenação”.