Flat Preloader Icon
Pesquisa revela as expectativas dos empresários do TRC para 2020

Pesquisa revela as expectativas dos empresários do TRC para 2020

2747.png

Dados indicam quais as perspectivas de investimento dos executivos e empresários do setor, e como avaliam e o que esperam das políticas do atual governo.

O levantamento encomendado pelo SETCESP ao IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Carga) traçou um diagnóstico opinativo de representantes das empresas sobre como a economia se comportou no ano que passou, e quais as perspectivas para esse que se inicia.

As opiniões sobre o desempenho do setor de transporte de cargas no ano de 2019 ficaram bem divididas. A percepção de 39% dos participantes do estudo é que o ano ficou dentro do esperado para o setor, no entanto, quase que a mesma parcela, 38%, classificou o ano como pior do que aquilo que esperava. Mas 23% o considerou muito melhor do que aquilo que imaginava.

O IPTC coletou informações das empresas de transporte pertencentes a base territorial do SETCESP, que responderam a um questionário online estruturado com 26 perguntas objetivas.

“É uma pesquisa bastante completa que abrange uma diversidade de temas do setor, e se torna muito útil para traçar ações efetivas em cima de uma análise profunda”, aponta Fernando Zingler, diretor executivo do IPTC.

Investimentos previstos

As empresas entrevistadas somam quase 15 mil postos de serviços. Dessas, 54% mostram o desejo por ampliar o número de funcionários em 2020, e para isso devem investir uma parcela de 3,36% do seu faturamento em novas contratações.

O cenário para 2020 é bastante estável para a maior parte dos entrevistados. No geral as empresas acreditam que o valor do frete se manterá regular, e pouco mais de 1/3 dos participantes da pesquisa acreditam em um cenário positivo, no qual o valor do frete deve melhorar.

Falando sobre investimentos, a maioria das empresas pretende empregar capital em tecnologia, a intenção é reservar uma média de 3,97% do faturamento para isso.

Além das tecnologias, a maior parte das transportadoras também apresenta interesse em renovar a frota em 2020. No total, 64% responderam que pretendem investir até 10,55% de seu faturamento em novos veículos. Todos participantes que tem uma frota acima de 10 anos demonstraram essa vontade.

Cenário político

Concordam com às medidas tomadas pelo governo federal, em relação às reformas existentes e em andamento, a maioria das empresas. Em especial, a Reforma Trabalhista é aprovada pela maior parte dos entrevistados, do mesmo modo que a Reforma Previdenciária. Embora, ainda tenha uma aprovação alta, a reforma que obteve menor destaque na pesquisa foi a Reforma .

Já em relação ao Piso Mínimo do Frete há uma clara divisão. Quase a metade das transportadoras entrevistadas se mostram preocupadas com esta resolução, tendência em todos os segmentos pesquisados. O fato é que a maioria delas não notou uma alteração significativa do volume de carga após o estabelecimento do Piso Mínimo.

Sobre o desempenho do governo, Tayguara Helou, presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP reforça que “merece destaque a atuação positiva com política de mercado mais ampla e abertura da atividade econômica”. Por outro lado, frisa que medidas específicas em relação ao TRC não estão ajudando muito. “O piso mínimo do TRC (tabelamento do frete) e um possível ‘CIOT para todos', atrapalham o desenvolvimento do setor, porque burocratiza a operação”, acrescenta Tayguara.

“Em cima dos resultados específicos da pesquisa, concluímos que 2019 foi um ano positivo para as empresas do setor que estão se recuperando de um período de estagnação. Há crescimento, mas que varia de transportadora para transportadora, em ritmos e proporções diferentes”, avalia Fernando.

Governo e CNA fazem parceria para investimentos em transporte rodoviário

Governo e CNA fazem parceria para investimentos em transporte rodoviário

2746.png

A confederação apresentou algumas propostas para o setor com o intuito de facilitar o escoamento da produção agropecuária

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, discutiu a construção de uma agenda positiva para o transporte de carga com o secretário Nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcello da Costa Vieira.

A Confederação apresentou algumas propostas para o setor com o intuito de facilitar o escoamento da produção agropecuária. “Para nós o diálogo com o governo é importante para trabalharmos em busca de soluções porque o transporte rodoviário é vital para o agro”, afirmou Martins. “É a qualidade do escoamento da produção que vai tornar o País o maior exportador de alimentos do mundo.”

O secretário sugeriu a criação de um grupo de trabalho com a CNA e com as demais confederações setoriais para afinar o diálogo e trabalhar uma agenda que seja comum a cada entidade focando na resolução dos gargalos do transporte rodoviário no País.

“A agenda que está sendo construída é uma prioridade para o ministério, que está ouvindo o setor produtivo para facilitar a vida desse setor que é nosso cliente”, disse Vieira. “Com isso, esperamos poder acelerar o trabalho, porque temos pouco tempo e uma demanda muito grande de atividades para tocar”, disse Vieira.

 Atualmente as pautas são discutidas no Fórum dos Usuários de Transportes, que se reúne a cada dois meses. De acordo com o secretário, uma parceria entre as confederações e o Ministério não inviabilizará o debate do fórum, que poderá servir como local de deliberação das discussões promovidas nos grupos de trabalho.

O presidente da Comissão Nacional de Infraestrutura e Logística da CNA, Mário Borba, o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, o consultor de Logística da CNA, Antônio Fayet, e a assessora técnica da comissão, Elisângela Lopes, também participaram da reunião.

“Esse foi mais um passo que demos na parceria com o Governo Federal. Estamos de acordo com tudo que foi apresentado pelo secretário e, juntos, vamos viabilizar a infraestrutura no País, para que todos ganhem: produtores e a sociedade brasileira”, afirmou Borba.

“A economia do Brasil está na marca do pênalti” afirma presidente da Mercedes-Benz do Brasil

“A economia do Brasil está na marca do pênalti” afirma presidente da Mercedes-Benz do Brasil

2745.png

Otimismo com pé no chão. É dessa forma que o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e América Latina, Philipp Schiemer, interpreta as previsões de crescimento de 2,5% do PIB em 2020 (em revisão, por conta do impacto global da expansão do coronavírus). Para ele, a economia está na marca do pênalti. “Gol é bola na rede. É necessário trabalhar.” Em 2019, pelo menos para a montadora alemã, o trabalho deu resultado: crescimento de 42% nas vendas de caminhões, com 29.951 unidades (30% de participação no mercado). Em ônibus, foram 11.150. Mesmo assim, o executivo, que retorna em junho à Alemanha para assumir a chefia mundial de marketing, vendas e serviços ao cliente do segmento ônibus da Daimler (controladora da Mercedes-Benz), entende que o mercado brasileiro está aquém do potencial. “É o custo Brasil, a instabilidade, a taxa de juros elevada para o consumidor. É complicado produzir e vender hoje no Brasil.”

Como o custo Brasil impacta o mercado de caminhões e de ônibus?

Philipp Schiemer – É muito complicado produzir e vender hoje no Brasil. É um País muito caro. A infraestrutura é um problema e gera um custo adicional. O sistema tributário brasileiro é complicado, extremamente arcaico e não competitivo. O melhor exemplo é que na exportação, exportamos imposto. É o único País no mundo que faz isso. É uma desvantagem do início ao fim do processo.

O que pode ser feito para melhorar a competitividade das empresas do setor?

Há muita coisa a ser feita. Apenas no que diz respeito a custos, enquanto o frete de um produto da Índia para o Peru, por exemplo, fica em torno de US$ 900, do Brasil para o Peru custa US$ 1,5 mil. Todo esse sistema precisa ser renovado, o que inclui reduzir a burocracia. No Brasil, as licenças demoram para sair.

As siderúrgicas trabalham para reajustar em cerca de 5% o valor do aço para as montadoras. Como está essa negociação?

Estamos discutindo isso. É um debate difícil, mas não vejo o preço do aço subir no mundo. Não existe argumento para esse reajuste, já que o preço do aço se relaciona com o índice internacional e não há movimento nesse sentido.

Mesmo com todos esses obstáculos, o setor cresce. O avanço poderia ser ainda maior sem esses entraves?

A pergunta é essa. Estamos crescendo porque estamos saindo do buraco. Nosso crescimento é positivo, mas nada mais é do que sair do buraco. Quanto deveria ser o mercado de caminhões para o Brasil em um ano normal? Primeiramente, não existe ano normal no Brasil. Mas, pela comparação com outros países, o mercado deveria ser entre 150 mil e 200 mil caminhões por ano. Em 2019 fechamos com cerca de 100 mil (101.335 unidades comercializadas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Estamos longe de onde poderíamos estar. É o custo Brasil, a instabilidade do País, a taxa de juros ainda muito elevada para o consumidor… Mas a gente está percebendo que estamos indo para uma boa direção. Poderemos ter daqui algum tempo mudanças significativas.

As prefeituras são grandes clientes de ônibus, principalmente para transporte escolar. Nas disputas municipais, a empresa muda a estratégia?

Ano eleitoral municipal significa antecipar as compras para o primeiro semestre. Para o negócio em geral, há pouca influência. Não diminui a venda de ônibus, mas antecipa os processos de licitação para os primeiros meses do ano.

Como fazer com que a renovação de frota de caminhões seja, de fato, uma de Estado, já que os veículos mais antigos hoje são isentos de IPVA?

Em qualquer outro país você tem renovação automática da frota, porque quanto mais velho o produto, mais imposto paga, já que ele polui mais, danifica mais estradas. No Brasil é o contrário, o que desmotiva tirar caminhão velho das estradas, uma vez que ele anda de graça, em termos de imposto. Por isso temos uma frota com idade média de 20 anos, enquanto na Europa a idade média é de apenas seis anos.

O cenário para a Mercedes-Benz no Brasil é de otimismo?

Sou otimista, mas é necessário trabalhar. Nada vem de graça. Isso vale para nós, da empresa, e para o governo. O crescimento de 2,5% da economia (estimativa para 2020) vem quando as reformas são colocadas na prática e os projetos começam a sair do papel. Gol é bola na rede. Hoje temos a bola na marca do pênalti. Essa cobrança vale para nós também. Lançamos o novo Actros e agora precisamos colocá-lo na rua, fazer com que atenda às promessas que fizemos, que é mais econômico, mais seguro, tem menos manutenção e isso nós devemos mostrar na prática. A gente é otimista no coração. No planejamento, a gente é realista.

Como o mercado vem reagindo a um modelo com tantas inovações digitais como o Actros?

Vendemos quinhentas unidades. A produção está começando na fábrica de São Bernardo do Campo e os caminhões começam a ser entregues em abril. O mercado não acredita na tecnologia mas sim nas melhorias e benefícios que ela possa garantir. Tanto faz para o cliente se o caminhão tem câmera, sensor. Quando você explica que isso reduz acidente, aí ele se interessa. Os sensores do caminhão medem a distância para o veículo da frente, observam a estrada e tomam a decisão automaticamente caso o motorista não reaja. A grande maioria dos acidentes de caminhão é motivada pela batida na traseira de veículos, porque às vezes não havia distância suficiente para frear. E o caminhão olha também pelo caminhoneiro e ajuda a reduzir acidentes. O consumidor não compra a câmera, mas sim um caminhão que ajuda o motorista a evitar batidas. O cliente não compra caminhão porque gosta, mas porque quer ganhar dinheiro com o negócio. O novo Actros também gera menos manutenção e reduz consumo de combustível.

Com esse raciocínio, o caminhão elétrico deve ser uma realidade mais distante?

Pode surgir por legislação, o que eu acho difícil, ou vai avançar quando o cliente perceber vantagem. Não vai ser neste ano nem no ano que vem que o elétrico será forte no mercado de caminhões. Vai demorar.

A adoção da tecnologia 4.0 nos processos vai causar impacto nos empregos na companhia?

Não vai significar redução. Todo investimento que se faz é para obter eficiência depois. E devemos ter aumento na eficiência de 15% a 20%. E isso já está calculado dentro de nossa mão de obra. Nós podemos fazer mais por menos, mas precisamos das pessoas em muitos setores, como por exemplo, a produção do novo Actros. Também haverá modernização dos ônibus com a indústria 4.0, mais rápida, sem papel. Também haverá novidades neste ano, com o lançamento de três novos produtos, tanto em caminhão quanto em ônibus.

Historicamente, as matrizes sempre deram apoio financeiro às filiais do Brasil. Como o senhor imagina esse cenário para os próximos anos?

Todas as montadoras, nos últimos anos, mandaram muito dinheiro para cá e receberam quase nada. Ou elas bancaram investimentos ou cobriram prejuízos dos fabricantes brasileiros. Esse caminho vai começar a ser mais difícil, porque o dinheiro está mais escasso. A nossa matriz está bastante satisfeita com os números do ano passado no Brasil. Em 2017, conseguimos convencer a empresa a investir R$ 2,4 bilhões entre 2018 e 2022, direcionados à modernização de fábrica de caminhões e chassis de ônibus, dos quais R$ 900 milhões nos próximos dois anos, e hoje a gente recebe os resultados e a resposta de que o investimento foi o caminho certo. No futuro esse trabalho vai ser mais difícil. Os investimentos precisam ser pagos pelo próprio caixa da montadora no País. Dito isso, o fato é que a nossa matriz está satisfeita com o Brasil.

A recente saída da Ford de São Bernardo do Campo, que fica na região onde sempre foi o berço do mercado automotivo no Brasil, causa impacto no setor como um todo?

Isso mostra a dificuldade e a competitividade que o setor enfrenta. Se uma empresa como a Ford decide sair de São Bernardo do Campo pode ter certeza que isso foi muito discutido. E, muito provavelmente, porque a situação econômica não permitia mais manter a fábrica. Por isso é importante que o Brasil seja atraente para o investidor e que a cidade também seja atraente. Se aqui o salário é o dobro do que em outras regiões do Brasil, é natural que novas empresas procurem cidades onde consigam produzir de forma mais barata. O nosso produto não é comprado por ser bonito, mas porque ele é rentável. Por isso a indústria adota a busca contínua de ser competitiva. A cidade de São Bernardo do Campo precisa pensar como ser mais atraente para o investidor. Nós decidimos ficar na cidade e estamos investindo fortemente.

A falta de investimentos em infraestrutura também afeta o setor. Isso tem melhorado?

A infraestrutura ainda é um problema, mas é um dos segmentos no qual mais vemos avanços. Ainda não é totalmente perceptível, mas nós, da logística de carga, percebemos que as estradas estão melhorando. O governo está investindo e o Ministério da Infraestrutura está conseguindo fazer grandes obras. Uma delas é a BR-163 (corredor logístico que liga Rio Grande do Sul ao Pará), onde hoje boa parte da safra brasileira está sendo escoada e que agora está asfaltada. Uma viagem de cinco dias está sendo reduzida pela metade do tempo. E há licitações em andamento. A gente acha viável o plano de concessões de rodovias. Mesmo ainda não estando em obras, algumas contratações já saíram do papel.

Sua anunciada transferência para a Alemanha, para assumir a chefia mundial de marketing e vendas de ônibus da Daimler, pode ser vista como reconhecimento do bom resultado da Mercedes-Benz no Brasil?

Mudar, depois de sete anos numa mesma posição, de certa maneira, é normal dentro de um grupo mundial como a Daimler. Mas, sem dúvida, a volatilidade do mercado brasileiro qualifica muito bem um executivo para assumir responsabilidades mais complexas.

Como o senhor encara esse novo desafio?

Encaro esta nova tarefa com bastante humildade e com foco no cliente.

CNI propõe medidas para agilizar comércio do Paraguai, Uruguai e Chile

CNI propõe medidas para agilizar comércio do Paraguai, Uruguai e Chile

2744.png

Enquanto o Brasil avançou na redução da burocracia para exportar e importar, países da América do Sul ainda precisam investir em modernização dos processos relacionados ao comércio exterior. Para estimular esses países, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) tem feito convênios com entidades do setor industrial para levantar os gargalos que impedem um fluxo de comércio mais rápido.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o BID, levantou 368 oportunidades de melhorias em processos ou políticas públicas relacionados ao comércio exterior no Paraguai, no Uruguai e no Chile. Para levantar essas oportunidades, foram feitas reuniões com representantes de empresas exportadoras e importadoras e de órgãos públicos ligados ao comércio exterior, totalizando 320 participantes. Ao final do levantamento, foram feitas 263 propostas de solução.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, contou que a experiência do Brasil com a criação do Portal Único de Comércio Exterior ajudou na elaboração de propostas para os três países. O portal foi lançado em 2014, e passou a ser um guichê único de interação entre o governo e os importadores e exportadores. “Para criar o Portal Único, foram reunidas pessoas que trabalham com exportações nas empresas e elas orientaram sobre como era o processo e como deveria ser. Nossas burocracias são muitos parecidas. O Chile, por exemplo, tem ainda emissão de fatura e certificado de origem não digitalizados, é tudo no papel. Hoje, no Brasil quase tudo é informatizado. Fizemos a proposta de informatizar, dar transparência e evitar atrasos para esses três países”, disse. Segundo Abijaodi, o BID também fez convênio na Argentina para fazer o mesmo levantamento.

Para Abijaodi, a redução da burocracia nesses países vai ajudar também os exportadores e importadores brasileiros. “Como temos um grande comércio com o Mercosul [Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai] e com o Chile, vamos ganhar primeiro em rapidez. Aqui no Brasil, com o Portal Único, o processo de exportação foi reduzido de cerca de 15 dias para 8 dias. Há também ganhos em transparência. Por exemplo, no Portal Único do Brasil, o exportador coloca todos os documentos digitalizados dentro dessa página e aí os órgãos que participam desse processo vão aprovando e o exportador consegue acompanhar o encaminhamento. Lá nesses países ainda não foi feito isso”, explicou.

Abijaodi acrescentou que é preciso reduzir os prazos do comércio exterior nos outros países também. “Quando exportamos para esses países, a nossa saída está acelerada, está com transparência, está com segurança, mas na chegada encontra essa dificuldade da burocracia: vai ser tudo em papel e a aprovação demora. E se eles estiverem importando para nós, lá tem uma demora inicial pela burocracia e chega aqui no Brasil já está mais acelerado. Precisamos ganhar prazo tanto na origem como no destino”, acrescentou.

Com o levantamento feito, disse Abijaodi, agora cabe aos governos dos países implementarem as mudanças.

O resultado do trabalho da CNI e do BID está disponível na internet. Assim, quem quiser exportar para Paraguai, Uruguai ou Chile pode conhecer todo o processo nesse site. Segundo a CNI, há um acordo com os países para que na medida em as mudanças forem implementadas, será atualizado o processo de exportação e importação no site.

CONET tem recorde de público na primeira edição de 2020

CONET tem recorde de público na primeira edição de 2020

2742.jpg

Com a presença de centenas de pessoas de todo o Brasil, a primeira edição do ano do evento discutiu temas importantes para o setor transportador

Em um auditório com mais de 400 pessoas em Curitiba, aconteceu a abertura do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (CONET), realizado a cada seis meses pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).

2742_a.jpeg

A primeira edição 2020 do CONET&Intersindical que acontece na capital do Paraná tem como entidade anfitriã a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (FETRANSPAR). Coronel Sergio Malucelli, presidente da federação, destacou a importância do evento e agradeceu a presença das autoridades e de todos os representantes das empresas do setor. “Agradeço a todos por estarem aqui, em especial aos representantes de associações, federações e sindicatos de todo o Brasil. Tenho a certeza de que os assuntos aqui discutidos nortearão nossas atividades em 2020. Sejam todos bem-vindos”.

2742_b.jpeg

Ao abrir o encontro, o presidente da NTC, Francisco Pelucio, lembrou os presidentes da associação que o antecederam e fez menção nominal aos presentes no evento, Flávio Benatti e Geraldo Vianna, agradecendo pelo trabalho desenvolvido. Em seguida, destacou a presença expressiva do público, composto por empresários e lideranças de associações e sindicais de todas as partes do país. Além disso, citou os mais de cem integrantes da Comissão de Jovens Empresários e Executivos da NTC&Logística (COMJOVEM), lembrando as lideranças de entidades que são oriundas da comissão, como os presidentes do SETCESP, Tayguara Helou, do SETCEB, Rogério de Souza e do SINDIVAPA, Carlos Eduardo Bueno. Em seguida, destacou: “O evento bateu recorde de público, mais de 400 pessoas, e toda a equipe organizadora está de parabéns pelo excelente trabalho que fez para que isso acontecesse. Estou muito feliz, e que as atividades desenvolvidas nestes dois dias seja de muito proveito para todos”.

2742_c.jpeg

Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), parabenizou o presidente Pelucio pelo início de sua gestão. “Essa casa cheia demonstra o quanto acreditamos no trabalho que será desenvolvido por você à frente da NTC&Logística, continuando o importante trabalho que foi desenvolvido por todos que o antecederam”. Na oportunidade, ainda comentou a importância da entidade: “A NTC continua cumprindo o seu papel de transmitir à sociedade o pensamento do transportador brasileiro”.

Durante a fala, Costa comentou sobre o posicionamento da CNT referente à tabela de fretes que está pautada para ser julgada no Supremo Tribunal Federal no próximo dia 19 de fevereiro. “A CNT, como a entidade máxima de representação das empresas de transporte e logística do Brasil, defende a finalização do julgamento. O setor urge por uma definição em relação a essa questão. Uma vez pautado pelo Supremo, o julgamento precisa acontecer e ser finalizado. O importante é o que o problema seja enfrentado. Não podemos ficar nesse impasse de pagar ou não pagar. Nosso setor responde por 90% do transporte de cargas no país e necessita de segurança jurídica sobre a matéria. E, independentemente do resultado do julgamento, assegurada a segurança pelo governo, as empresas garantem o abastecimento do país”.

2742_d.jpeg

“Que possamos realizar mais esse evento na linha do que realizamos ao longo dos anos, honrando o trabalho de todos os presidentes, diretorias, equipes da NTC e das associações, federações e sindicatos que participam ativamente de todo o nosso sistema de transporte de cargas em todo o Brasil, muito obrigado pela presença de todos”, concluiu o vice-presidente da NTC&Logística, Eduardo Rebuzzi.

2742_e.jpg

O senhor Daniel Vilaboas, secretário chefe do gabinete do governo do Paraná, representando o Governador Carlos Massa Júnior, participou do evento e destacou: “Estamos felizes em receber vocês em nossa cidade e estado. Agradeço a todos por estarem aqui e principalmente aos presidentes Francisco Pelucio e Coronel Sergio Malucelli pelo evento”.

2742_f.jpeg

Já o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, destacou aos presentes: “Curitiba é a capital nacional da inovação, e receber um evento desse porte na cidade reforça esse nosso compromisso e abre espaço para o nosso desejo de desenvolver outros tantos debates e pautas de interesse do país. Estamos à disposição do setor”.

2742_g.jpeg

O vice-presidente extraordinário para assuntos tributários da entidade, Urubatan Helou comentou que “o CONET de ontem com cerca de 450 pessoas aproximadamente reafirma de forma contundente a grande liderança do Coronel Malucelli aqui no Paraná e o grande prestígio que este fenômeno da boa convivência tem que é o presidente Francisco Pelucio. Todavia em meio a este maravilhoso evento, o primoroso discurso na abertura do presidente da CNT, Vander Costa nos dá a convicção de que temos na nossa maior liderança um empresário puro sangue, que não se intimida em reverberar o sentimento empresarial de nosso segmento econômico”.

2742_h.jpeg

Abrindo os trabalhos, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Nefi Cordeiro debateu com os empresários a Lei de Abuso de Autoridade e suas consequências para o Transporte Rodoviário de Cargas.

2742_i.jpeg

A secretária do CONET e assessora jurídica da NTC Gildete Menezes dividiu com os participantes o Relatório de Providências do CONET/2019, realizado em agosto em São Luís, no Maranhão.

2742_j.jpeg

2742_k.jpeg

O coordenador nacional da COMJOVEM, André de Simone comentou as ações da comissão durante o ano de 2020 e fez saudações aos presentes. As ações do Instituto COMJOVEM de desenvolvimento mercadológico para a recuperação tarifária do TRC foram apresentadas pelo Coordenador do Instituto COMJOVEM, Luiz Gustavo Nery, e pela vice-coordenadora, Barbara Calderani.

2742_m.jpeg

O Índice Nacional de Custos do Transportes (Índice de Variação do INCT) foi apresentado pelo engenheiro Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística em plenária, e a Pesquisa sobre Defasagem dos Fretes e Tendências foi apresentada pela NTC em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de janeiro último aponta uma defasagem média no frete recebido pelo transportador em relação ao seu custo de 13,9%, sendo de 9,6% nas operações com transporte de cargas fracionadas e de 18,7% naquelas com cargas lotações ou fechadas. Ele também falou sobre a evolução do piso mínimo de frete na nova tabela.

Confira o comunicado aqui

Hoje a Intersindical discutirá temas como a renovação de frota, reformas trabalhistas e sindical, cenário macroeconômico e infraestrutura de transporte, entre outros assuntos.

O CONET&Intersindical edição Curitiba é uma realização da NTC&Logística, entidade anfitriã, FETRANSPAR. As entidades apoiadoras são SEGUIPAR, SETCAMAR, SETCEPAR, SETCGUAR, SETCSUPAR, SINDIFOZ, SINDIPONTA, SINDIVALE, SINTRATOL e SINTROPAR, com apoio da Braspress, COPEL, Paraná Banco de Investimentos, Governo do Paraná e SEBRAE. CNT, SEST e SENAT e ITL são apoiadores institucionais, e o evento é patrocinado pela ANFIR, Autotrac, Iveco, Mercedez-Benz, Sicredi, Trade Vale Corretora de Seguros e Volkswagen Caminhões e Ônibus.

*As imagens desta matéria são do Eneias/Divulgação/NTC&Logística