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COMUNICADO CONET DE FEVEREIRO DE 2020

Estudos do DECOPE indicam que o TRC ainda espera a recuperação do valor do frete de carga

Seguindo a sistemática de apuração semestral de índices que indiquem a variação de fretes do segmento transportador rodoviário de cargas, a pesquisa realizada pelo DECOPE/NTC no mês de janeiro último aponta para uma defasagem média no frete recebido pelo transportador em relação ao seu custo de 13,9%, sendo de 9,6% nas operações com transporte de cargas fracionadas e de 18,7% nas com cargas lotações ou fechadas.

Continua preocupando ainda e chamando a atenção, a falta do recebimento dos demais componentes tarifários, tais como frete-valor e GRIS. Constata-se que muitos usuários não remuneram adequadamente o transportador com relação aos serviços complementares ou adicionais. Enquadram-se nesta categoria, por exemplo: a cubagem da mercadoria, a cobrança da EMEX para regiões que se encontram em estado de beligerância, a TRT para as regiões metropolitanas que possuem restrição a circulação de caminhões, os serviços de paletização e guarda/permanência de mercadorias, o uso de escoltas e planos de gerenciamento de riscos customizados, o uso de veículos dedicados, dentre outros.

É importante realçar que muitas vezes os custos adicionais com esses serviços são superiores ao próprio frete, daí porque trata-se de situação crítica, que precisa ser resolvida entre as partes.

Finalizando, é oportuno lembrar que caminhamos para um período de crescimento da economia, onde as demandas devem crescer e os gargalos logísticos se estreitam, razão pela qual, o alerta continua visando a preservação da saúde financeira das empresas do setor e, desta forma, garantindo a sua capacidade de arcar com os investimentos necessários. A eliminação da defasagem é de total interesse do transportador, mas também do contratante que deseja manter a regularidade e a segurança nas suas operações.

Curitiba/PR, 06 de fevereiro de 2020.

Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística

Pagamento de frete atrasado cresce e atinge 61,5% das transportadoras

Pagamento de frete atrasado cresce e atinge 61,5% das transportadoras

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(Foto: Eduardo Anizelli/Folha Press)

Na avaliação de agosto de 2019, percentual de atraso era de 54%, enquanto há um ano de 48,7%

Uma pesquisa realizada com 2.500 empresas de transporte de cargas mostra que os fretes no Brasil vêm sendo pagos cada vez mais com atraso.

Do total das companhias consultadas, 61,5% delas têm valores a receber, segundo os dados da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) divulgados em evento realizado nesta quinta-feira (6), em Curitiba (PR).

Na última avaliação da entidade, divulgada em agosto de 2019, o percentual de atraso era de 54%, enquanto há um ano de 48,%7.

“Teve um aumento, mas o mercado já se acostumou a receber o frete com atraso”, disse Antônio Valdívia Neto, coordenador da pesquisa.

Segundo Valdívia Neto, o problema maior para os transportadores seria o tempo para o pagamento que vem se estendendo cada vez mais.

“Antes era de 30 dias para o pagamento, depois expandiu para 45, e hoje você tem contratos que acertam pagamento em 120 dias. Só que enquanto atrasa o frete, as contas continuam vindo, e você tem que pagar os impostos e o combustível antes.”

Em relação à tabela do frete, o otimismo deu uma reduzida. Enquanto em agosto do ano passado 41% das empresas viam a medida como positiva, nesta última pesquisa o total fechou em 35,7%. Logo que a iniciativa foi adotada durante o governo Temer, esse percentual era de 60%.

Apesar desse cenário, o presidente da entidade, Francisco Pelucio, diz ver uma melhora no ânimo dos transportadores.

“De modo geral o cenário melhorou. Claro que dentro do setor de transporte tem segmento que melhorou bastante e segmento que não melhorou nada. Então houve uma pequena melhora frente a 2018.”

Os dados da pesquisa mostram que enquanto o desempenho das empresas pirou 44,1% em 2018, no ano passado esse contingente caiu para 39%. Já na ponta dos que melhoraram, o percentual subiu de 25% para 35%.

Sobre o recorte de projeção do mercado, para 29% dos entrevistados o cenário deve melhorar ante 24% em agosto de 2019 e 44,5% há um ano. Dos pessimistas, o movimento foi oposto, começou baixo no ano passado, em 13,5%, subiu para 35% e agora está em 32%.

“No começo do ano passado, o pessoal estava animado com o novo presidente. Depois deu uma desanimada e agora parece estar se ajustando”, disse o coordenador da pesquisa.

CNT defende a finalização do julgamento da tabela de frete no STF

CNT defende a finalização do julgamento da tabela de frete no STF

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STF julgará no próximo dia 19 de fevereiro a constitucionalidade da Preços Mínimos do Transporte de Cargas

Com a abertura dos trabalhos do Judiciário em 2020, o STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizou que deve mesmo julgar, no próximo dia 19 de fevereiro, a constitucionalidade de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, conhecida como a Tabela de Frete.

A CNT, como a entidade máxima de representação das empresas de transporte e logística do Brasil, defende a finalização do julgamento. O setor urge por uma definição em relação a essa questão. Uma vez pautado pelo Supremo, o julgamento precisa acontecer e ser finalizado.

O importante é o que o problema seja enfrentado. Não podemos ficar nesse impasse de pagar ou não pagar. Nosso setor responde por 90% do transporte de cargas no país, e necessita de segurança jurídica sobre a matéria. E, independentemente do resultado do julgamento, assegurada a segurança pelo governo, as empresas garantem o abastecimento do país.

Vander Costa, presidente da CNT

Governo prevê investimento de R$30 bi em ferrovias nos próximos 5 anos

Governo prevê investimento de R$30 bi em ferrovias nos próximos 5 anos

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O Ministério de Infraestrutura prevê investimentos de R$ 30 bilhões para ampliar a malha ferroviária do país. Os recursos seriam obtidos por meio de concessões. Informações foram detalhadas pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que participou hoje do 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde, realizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na cidade de Seropédica (RJ).

“Vamos investir R$ 30 bilhões em ferrovias nos próximos 5 ou 6 anos”, disse. O primeiro contrato de concessão foi assinado no ano passado e envolve a Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D'Oeste (SP). Para este ano, são previsas as concessões da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO), e a Ferrogrão, projeto com origem em Cuiabá (MT) e término em Santarém (PA).

O governo planeja ainda trabalhar por uma mudança legislativa que permita o regime de autorização. Trata-se de um modelo em que o investidor tem mais liberdade do que no regime de concessão. “Hoje não é possível nós operarmos com autorização nas ferrovias. No setor portuário, nós já fazemos isso. As autorizações abrem uma nova porta. Vale para aquele investidor que quer tomar o risco de engenharia, para que possa empreender e ter a propriedade da ferrovia, ter o benefício da perpetuidade, a liberdade para definir sua tarifa. Isso é importante para quem assume risco de longo prazo e proporciona novos investimentos ferroviários no Brasil”, disse Tarcísio.

Segundo um estudo de 2018 da Fundação Dom Cabral, a malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no país. As ferrovias respondem por 5,4%. Os impactos causados pela greve dos caminhoneiros de 2018 expôs a dependência do país do transporte e gerou um debate público sobre a necessidade de se ampliar a malha ferroviária .

Tarcísio disse que o Ministério da Infraestrutura tem conversado com todos os setores em busca de melhorias coletivas. No caso dos caminhoneiros, ele destacou ter abarcado algumas demandas nos projetos de concessões de novas rodovias como a Rodovia Presidente Dutra, conhecida popularmente como Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro à São Paulo.

“Eu tenho 70 grupos de Whatsapp de caminhoneiros para vocês terem uma ideia. E eu costumo responder todas as questões. Dá um trabalho danado, mas é importante porque isso muda um ponto de vista, às vezes segura uma greve”, disse.

ANTT anuncia redução nas tarifas de pedágio da Dutra

ANTT anuncia redução nas tarifas de pedágio da Dutra

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(Foto: Leonardo Medeiros/G1)

O valor médio do reajuste é de 5,26% passa a valer a partir de sábado (8). Concessionária informou que vai recorrer à Justiça para barrar redução.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou nesta quinta-feira (6) a redução no valor da tarifa das praças de pedágio da Dutra. O valor médio do reajuste é de 5,26% passa a valer a partir de sábado (8).

A medida foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (6). A revisão do valor da tarifa está relacionada à redução do valor de obras e manutenção da via.

Segundo o documento, os valores cobrados para carros nas praças de Moreira César, Itatiaia, Viúva Graça e Viuvinha a tarifa passa de R$ 15,20 para R$ 14,40.

Em Arujá, no trecho do Rodoanel em Arujá, Guararema Norte e Guararema Sul o pedágio vai custar R$ 3,50 – o valor atual é de R$ 3,70. Já na praça de Jacareí passa de R$ 6,70 para R$ 6,30. Os valores para os demais veículos podem ser consultados online.

A ANTT já havia havia sido anunciado a redução para vigorar em dezembro de 2019, mas a medida foi bloqueada depois que a concessionária que administra a rodovia recorreu à Justiça.

Procurada pelo G1, a concessionária CCR NovaDutra informou que vai recorrer novamente da redução anunciada pela ANTT por discordar dos “pontos e cálculos descritos no processo e que são determinantes para a revisão extraordinária da tarifa nas praças de pedágio.

A empresa informou ainda que “segue acreditando no diálogo com o Poder Concedente e na estabilidade de regras do Programa de Concessões de Rodovias Federais, a partir do qual tem sido possível a atração de investimentos do setor privado para a modernização da infraestrutura viária brasileira”.