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Volvo anuncia R$ 1 bi em investimentos

Volvo anuncia R$ 1 bi em investimentos

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Linha de produção de caminhões trabalha em dois turnos. Em algumas áreas da fábrica, no Paraná, chega a operar em três períodos

(foto: Divulgação)

Com o melhor desempenho da história em 2019, a montadora sueca vai destinar os recursos, entre 2020 e 2023, para o desenvolvimento de novos produtos no Brasil

A Volvo, montadora sueca de caminhões e ônibus, anunciou ontem que pretende investir R$ 1 bilhão na América Latina no período de 2020 a 2023. Esse valor se soma aos R$ 250 milhões que a companhia já havia anunciado para este ano.

Wilson Lirmann, presidente da Volvo América Latina, não aprofundou o plano de investimentos na apresentação dos números, feita ontem, em São Paulo. Em linhas gerais, o executivo informou que os recursos serão destinados a pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços em todas as divisões de negócios.

No projeto da Volvo, estão incluídas a ampliação da rede de distribuição em países como Argentina e Peru, desenvolvimento do que o executivo chama de “evolução de produtos, de novas tecnologias e indústria 4.0”, mais recursos para a unidade de motores, no desenvolvimento de modelos e na linha fabril. Por uma questão estratégica, Lirmann não detalha quais áreas devem receber mais recursos nos próximos anos.

Como a produtividade é elevada, o executivo ainda não confirma se serão feitas contratações de funcionários nos próximos meses. Hoje, a linha de produção de caminhões já trabalha em dois turnos e em algumas áreas da fábrica, no Paraná, chega a operar em três períodos. Se forem somados os recursos investidos desde 2017, os aportes da Volvo na região poderão chegar a R$ 2,25 bilhões.

Os veículos elétricos ainda não estão de fato nos planos da montadora sueca para a região. Hoje, a empresa ainda tem se dedicado a monitorar custos e ao desenvolvimento da cadeia de fornecedores até definir quando poderá ofertar esses modelos na América Latina. “O futuro é elétrico. Na Europa, esse desenvolvimento já está acontecendo”, comenta o presidente.

AMEAÇA CHINESA 

Apesar do otimismo, Lirmann terá pela frente alguns desafios. Um deles é a contaminação por coronavírus na China, onde estão muitos dos fornecedores da companhia. Hoje, há fábricas, inclusive de autopeças, que estão com as portas fechadas em uma tentativa do governo chinês de conter o aumento de casos da doença.

O executivo da Volvo, no entanto, lembra que, em 2002, outro vírus, que provoca a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), também causou uma onda alarmista no mundo depois que começaram a surgir casos na China, mas que rapidamente a doença foi contida pelos agentes de saúde governamentais.

“As ações estão sendo encaminhadas. Nossa área de logística está coordenando os fornecedores no mundo. Esse é um trabalho feito constantemente. Não nos preocupamos com possíveis efeitos no curto prazo, mas o caso precisa de atenção”, analisa Lirmann.

Para fugir de problemas como o do coronavírus na China ou a crise na Argentina e no Brasil, que causou abalos nos fornecedores, a Volvo deve usar parte dos recursos anunciados para o período 2020-2023 também no desenvolvimento de fornecedores locais.

CONTAS PÚBLICAS

 

Outro ponto de atenção, como descreve Lirmann, é o que ele chama de ‘desafio do déficit fiscal'. “O resultado fiscal de receitas não recorrentes ainda em um nível elevado. Com isso, temos certas questões que precisam ser resolvidas. A recuperação do emprego ainda é lenta, temos um nível elevado de desemprego e há incertezas do mercado externo, o que não é uma novidade”, analisa. Segundo o executivo, como esses são fatores externos, a estratégia é se concentrar na melhoria da competitividade.

Em 2020, a previsão da montadora é chegar a um crescimento de até 15% na divisão de caminhões com capacidade superior a 16 toneladas. Essa projeção, segundo a direção da Volvo, está atrelada à recuperação do consumo e dos bons níveis de emprego.

O agronegócio ainda é um setor da economia que vem impulsionando os negócios da empresa e deve manter esse status em 2020, já que há perspectiva de safra recorde de grãos e uma evolução dos preços do setor sucroalcooleiro. A montadora também acredita que o setor da construção deva manter o ritmo de retomada dos negócios, o que deve trazer impacto positivo para as vendas do setor de caminhões.

RETOMADA

“A construção foi a que mais sofreu por uma série de circunstâncias. Na Fenatran (o Salão Internacional do Transporte de Cargas, que aconteceu no ano passado, em São Paulo), já percebemos boas perspectivas para o setor residencial, mas que deve se repetir na infraestrurura, segundo aponta o cenário”, diz o presidente da Volvo. No evento, a montadora fechou cerca de R$ 1 bilhão em contratos e atendeu a 10 mil clientes, aproximadamente.

Além do anúncio sobre investimentos na América Latina, o presidente da operação divulgou os números da Volvo em 2019. O Brasil terminou o ano como o segundo maior mercado do grupo no mundo. As vendas de caminhões pesados aumentaram 58%, com a entrega de 14.505 unidades. O segmento de semipesados apresentou uma alta de 55,5% e os emplacamentos chegaram a 2.339. Com esse resultado, segundo Alcides Cavalcanti, diretor comercial de caminhões, a marca voltou à liderança no segmento de pesados.

Segundo Lirmann, o crescimento da Volvo foi acima da média do setor no segmento de pesados (48,7%). As vendas de 2019 representaram o melhor ano da história da montadora em pesados. O segmento de semipesados apresentou uma evolução um pouco menor, de 30%. Já as vendas de ônibus cresceram 73% no Brasil, com 744 unidades comercializadas. As exportações tiveram um desempenho um pouco maior, com alta de 77%, num total de 1.055 unidades que tiveram como principais destinos a Colômbia e o Chile.

CARGAS

Os caminhões usados fora de estrada, por setores como o de mineração, canavieiro e florestal, têm mantido uma posição relevante nos negócios da multinacional. No ano passado, a Suzano, uma das maiores empresas de celulose do mundo, encomendou os primeiros veículos, de 52 metros de comprimento e com capacidade para transportar até 200 toneladas.

Mas foram duas empresas do setor de transporte de cargas que se destacaram na lista dos clientes com a maior carteira de pedidos. A TransBen, de Santa Catarina, adquiriu 320 caminhões no ano passado. Já a IC Transportes comprou por volta de 300 unidades que serão entregues ao longo de 2020.

O ano de expansão dos negócios influenciou no desempenho do braço financeiro da montadora. A Volvo Financial Service (VFS) cresceu 80%. Se forem agrupadas as operações do Banco Volvo e Consórcio Volvo, a VFS esteve presente em 40% das vendas de caminhões, ônibus e equipamentos de construção no país. Em 2019, também houve um aumento de 20% na venda de seguros para caminhões.

Volvo anuncia R$ 1 bi em investimentos

Senadores pedem definição de prioridades para reforma tributária

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(Foto: Édison Rodrigues/Agência Senado/ Direitos reservados)

Parlamentares da CAE não acreditam em aprovação no 1° semestre 

Senadores que participaram hoje (4) da primeira reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) disseram que não acreditam que a reforma tributária possa ser aprovada ainda neste primeiro semestre. Para eles, o fato de o governo ter decidido apenas dar contribuições a propostas que já tramitam no Congresso, ao invés de apresentar projeto próprio, pode atrasar a aprovação.

Na avaliação do grupo, o Executivo precisa deixar claro quais são suas propostas fundamentais para a reforma. Para isso, cogitam convidar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para esclarecer esses pontos.

“Você vai ser apedrejado se o seu estado, depois de fazer as contas, perder alguma coisa. O contribuinte, se descobrir que aumentou a carga tributária, vai nos apedrejar. Vamos aprovar um convite ao ministro Paulo Guedes para que venha dizer aqui o que ele pensa de verdade sobre a reforma tributária”, sugeriu o senador Esperidião Amim (PP-SC). Amim defendeu uma reforma que torne o país mais competitivo, mas lembrou que esse é um desafio antigo do Congresso.

Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) não acredita na aprovação de mudanças tão profundas em apenas três meses, como prometeu fazer na Câmara o presidente Rodrigo Maia.

“Confesso que fico constrangido quando as pessoas me perguntam se vamos mesmo aprovar no primeiro semestre a reforma tributária. Não sei qual é a reforma tributária. Não existe. É uma inconsistência do presidente da Câmara quando fala que vai votar a reforma em três meses”, avaliou Tasso.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) também falou sobre a necessidade de atuação da equipe econômica do governo. “Em um tema em que os estados possuem interesses difusos, diversos, onde temos de mitigar a questão do pacto federativo, onde é necessário haver equilíbrio, o governo vai ficar ausente, não vai apresentar uma proposta que possa ser discutida com governadores, prefeitos, com o Confaz [Conselho Nacional de Fazendária], com o Congresso Nacional?”, questionou.

Propostas

Prioridade do governo no Congresso em 2020, a discussão em torno de uma reforma tributária ganhou força novamente no ano passado após a aprovação da reforma da Previdência. Tanto a Câmara dos Deputados como o Senado têm propostas de emendas à Constituição sobre a Reforma Tributária, PEC 45/2019 e PEC 110/2019, respectivamente.

Ambas propõem a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam substituídos por imposto único sobre valor agregado. Os textos serão discutidos em uma comissão mista especial com o objetivo de se tornarem um texto comum, mas o colegiado ainda não foi instalado.

Mira e Risso Transportes fecham parceria

Mira e Risso Transportes fecham parceria

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Durante a convenção anual do Mira Transportes 2020 a companhia anunciou uma importante novidade, a sua mais nova parceira de operações, a empresa Risso Transportes.

Com a presença de gestores de todas as suas filiais, na oportunidade as empresas levaram ao evento membros de suas diretoria.

A parceria promete maior abrangência no mercado logístico nas regiões em que atuam, o Mira Transportes sendo uma importante e conceituada empresa de transportes no centro-oeste e norte do país e com a parceria com a Risso Transportes, promete maior desenvolvimento em São Paulo, uma vez que a mesma é uma referência no estado de São Paulo no que diz respeito a atendimento de qualidade e eficiência no cumprimento de prazos e suporte a seus clientes.

As duas empresas têm vasta experiência no mercado, Mira possui mais de 40 anos de existência com 15 filiais estrategicamente distribuídas pelo Brasil, e a Risso, com 37 anos e 44 filiais no estado de São Paulo.

A Risso, sempre atuando no segmento de transporte de cargas, tem como perfil de serviço predominando as cargas secas e fracionada, também chamada de encomendas em geral, sendo líder nesse segmento, já o Mira é líder no transporte de carga fracionada para as regiões Centro-Oeste e Norte do país, tendo como respaldo modernas técnicas de administração e conceitos de governança corporativa, marcadas pela seriedade, ética e transparência.

As operações já começaram no dia 27 de janeiro de 2020 e seu sucesso é promissor levando em consideração o histórico das duas empresas e as estratégias apresentadas durante a convenção do Mira.

Setor logístico vai explodir no Brasil durante os próximos anos, aponta BTG

Setor logístico vai explodir no Brasil durante os próximos anos, aponta BTG

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Analistas demonstram otimismo com setor no país (Imagem: Unsplash/@chuttersnap)

Para o BTG Pactual, o setor logístico no Brasil deverá mostrar expansão exponencial no decorrer dos próximos anos.

“O mercado nacional de logística está pronto para crescer muito nos próximos anos”, apontam os analistas Elvis Credendio e Gustavo Cambauva.

Os motivos para o otimismo são os seguintes: baixa relação ABL (Área Bruta Locável) per capita, recuperação da economia como um todo e aceleração do crescimento do e-commerce.

Déficit logístico

Neste contexto, a retomada econômica fomenta as operações das empresas que necessitam de espaços logísticos.

Por sua vez, o crescimento do e-commerce no Brasil resulta na necessidade pelas varejistas de espaços logísticos de alta qualidade.

Como resultado, o setor logístico no país teve absorção bruta de 795,3 mil metros quadrados, com absorção líquida de 452,3 mil metros quadrados, sendo cerca de 67% em propriedades nível A+.

Por fim, vale destacar que a taxa de vacância caiu 180 pontos-base, para 14,6%.

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CNJ suspende regra do TST que veda seguro garantia judicial em execução trabalhista

CNJ suspende regra do TST que veda seguro garantia judicial em execução trabalhista

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Conselheiro Mário Guerreiro concluiu que dispositivos questionados estavam incompatíveis com o ordenamento processual.

O conselheiro do CNJ Mário Guerreiro decidiu suspender, liminarmente, regras que vedavam a substituição do depósito em dinheiro em execução trabalhista ou em sede recursal por seguro garantia judicial.

A proibição consta nos artigos 7º e 8º do ato conjunto 1/19 do TSTS/CSJT/CGJT :

Art. 7º O seguro garantia judicial para execução trabalhista somente será aceito se sua apresentação ocorrer antes do depósito ou da efetivação da constrição em dinheiro, decorrente de penhora, arresto ou outra medida judicial.

Parágrafo único. Excetuando-se o depósito e a efetivação da constrição em dinheiro decorrente de penhora, arresto ou outra medida judicial, será permitida a substituição, por seguro garantia judicial, de bem penhorado até sua expropriação, desde que atendidos os requisitos deste Ato Conjunto e haja anuência do credor (§ 2º do art. 835 do CPC).

Art. 8º Após realizado o depósito recursal, não será admitido o uso de seguro garantia para sua substituição.

A suspensão foi pleiteada pelo Sinditelebrasil – Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e Serviço Móvel Celular e Pessoal, que afirma que os dispositivos usurpam a competência privativa da União para legislar em matéria processual, além de violar a garantia da independência funcional do magistrado, ao interferir diretamente na sua atuação jurisdicional.

Para o sindicato, os dispositivos da lei processual civil em vigor equiparariam o seguro garantia judicial e a fiança bancária ao depósito em dinheiro, mostrando-se vantajosas ao devedor na medida em que assegurariam “às empresas demandadas a liberação de seu capital de giro durante o tempo em que durar a lide”.

Ao se pronunciarem, TST e o CSJT alegaram que no seguro garantia judicial “não há vinculação com as linhas de crédito bancário do contratante, o que as libera para que ele realize outras operações financeiras, como financiamentos para a execução de seus contratos e projetos”.

Sustentaram também que a aplicação das regras do CPC ao processo trabalhista é subsidiária. Assim, o seguro garantia judicial poderia ser oferecido inicialmente como garantia na execução e como depósito recursal, mas inexistiria no âmbito da legislação trabalhista a autorização constante do CPC para a substituição posterior de quantia já depositada ou penhorada.

Ao deferir liminar, o conselheiro concluiu que os dispositivos questionados estavam incompatíveis com o ordenamento processual que “claramente admitem a substituição da penhora de dinheiro por seguro garantia judicial”.

Para o conselheiro, ficou claro que a “redação do § 2º do artigo 835 do CPC equipara a fiança bancária e o seguro garantia judicial ao dinheiro na ordem de preferência à penhora, autorizando expressamente a substituição de montante eventualmente penhorado no processo de execução por essas outras garantias.”

“A iminência de ocorrerem consequências econômicas negativas de grande repercussão para as empresas representadas pelo sindicato autor e para toda a economia nacional configura o requisito do periculum in mora, autorizando a concessão da medida liminar pleiteada na inicial.”