Flat Preloader Icon
Contrato de trabalho verde-amarelo deve acelerar aos poucos, diz secretário

Contrato de trabalho verde-amarelo deve acelerar aos poucos, diz secretário

2701.png(Foto: reprodução)

Para representante do Ministério da Economia, aprovação da medida provisória sobre o tema ainda causa incerteza entre empresários

O governo ainda não tem dados para avaliar o desempenho do contrato Verde-Amarelo, que desonera o emprego para jovens, disse o secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo. Ele afirmou, porém, que a tendência é que o desempenho seja modesto neste início do programa.

“É natural que se acelere progressivamente”, disse, durante entrevista coletiva para comentar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de dezembro e de 2019, divulgados na manhã da última sexta-feira pelo Ministério da Economia.

O número de vínculos poderá crescer na medida em que as empresas tenham melhor compreensão sobre o programa e se sintam confiantes em contratar.

Como o programa ainda está amparado numa medida provisória (MP), é possível que os empresários estejam esperando uma decisão final do Congresso Nacional antes de contratar, admitiu o secretário.

“Aprovação final da MP é o sinal que todo empresário espera para investir com mais ênfase”, afirmou.

No entanto, disse o secretário, o empresário “não tem nada a perder” se contratar jovens agora com base na MP. Caso ela seja rejeitada, os contratos poderão ser encerrados. “Mas esse é um cenário extremo”, ressalvou.

O governo, disse, tem trabalhado para garantir a aprovação da MP, que contém outros pontos importantes como a contratação de microcrédito, o programa de reabilitação de trabalhadores e a liberação de depósitos recursais. “É natural que o Congresso aperfeiçoe o texto”, comentou.

O Congresso analisa se haveria uma fonte de financiamento para ampliar o contrato Verde-Amarelo. “Teríamos interesse (na ampliação) porque traz desoneração e aumenta a empregabilidade”, afirmou. “Mas a ampliação precisa de fonte (de financiamento) nova.”

Acesso ao Porto do Pecém: Fiec promove reunião de emergência nesta quinta-feira

Acesso ao Porto do Pecém: Fiec promove reunião de emergência nesta quinta-feira

2700aa.png(Foto: Divulgação)

A CE-155 está sendo duplicada, mas os serviços estão devegar, quase parando, pondo em risco o transporte das cargas que o Ceará exporta e importa e que, obrigatoriamente, transitam por essa estrada, cujo pavimento praticamente desapareceu com as últimas chuvas.

Atenção! Por causa da situação de quase intrafegabilidade da rodovia CE-155 – que liga a BR-222 ao Porto do Pecém – a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) promoverá nesta quarta-feira, às 15h30, em sua sede na Avenida Barão de Studart, uma reunião de emergência com representantes de todos os setores da economia do Estado que têm a ver com a gravidade do problema.

Para a reunião, foram convidadas várias autoridades do Governo do Estado, entre as quais o superintendente de Obras Públicas (SOP), engenheiro Quintino Vieira.

A CE-155 está sendo duplicada, mas os serviços estão devegar, quase parando, pondo em risco o transporte das cargas que o Ceará exporta e importa e que, obrigatoriamente, transitam por essa estrada, cujo pavimento praticamente desapareceu com as últimas chuvas.

As empresas exportadoras e importadoras e, principalmente, as do transporte pressionaram a Fiec, cujo presidente, Ricardo Cavalcante, está agora liderando os esforços junto ao governo estadual no sentido de que se encontre, com urgência, uma solução para o problema, que tende a agravar-se com a chegada das chuvas.

Pelo que se sabe, a solução é complicada do ponto de vista jurídico.

O consórcio vencedor da licitação para a execução da duplicação da estrada enfrentou dificuldades financeias e desistiu do contrato.

Foi chamada a segunda colocada, que está executando o trabalho, mas esta também não parece ter condição técnica nem financeira para o cumprimento de suas tarefas, e tanto é verdade que os serviços pouco avançaram, apresentando visível precariedade, segundo informa a este colunista um engenheiro rodoviário especializado nesse tipo de obra.

Uma solução imediata seria a substituição pura e simples da empreiteira por outra, mas isto exigirá uma nova licitação, algo que demandará no mínimo 60 dias de prazo e outro tanto para julgamento, adjudicação e assinatura do contrato e da ordem de serviço.

“Quanto menos praças tivermos na BR-101 Sul, maior será a tarifa”, avalia presidente da Fetrancesc

“Quanto menos praças tivermos na BR-101 Sul, maior será a tarifa”, avalia presidente da Fetrancesc

2700.png(Foto: Reprodução)

A discussão sobre a concessão do trecho Sul da BR-101 e a implantação de praças de pedágios entre as cidades de Paulo Lopes e São João do Sul tem sido recorrente. Na semana passada, a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) judicializou a situação, questionando os critérios justificados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, pede cautela nos debates sobre este tema.

Em entrevista por telefone à Rádio Cruz de Malta, de Lauro Müller, Ari Rabaiolli admitiu a preocupação com o assunto. “A Fetrancesc vê esse assunto com preocupação, mas, ao mesmo tempo, sabe de que toda concessão é baseada no volume de veículos que irão transitar pela via”, afirmou.

“Temos que ter um certo cuidado porque quanto menos praças, a tarifa pode ficar maior porque vai beneficiar muitos usuários que não vão pagar a tarifa”, complementou o presidente, na entrevista ao programa Cruz de Malta Notícias 2ª Edição, no dia 23 de janeiro.

SETCEMG alerta para as restrições de tráfego em 2020

SETCEMG alerta para as restrições de tráfego em 2020

2698.png

(Foto: Reprodução)

Veículos de carga e demais veículos portadores de Autorização Especial de Trânsito (AET) terão restrição de tráfego em rodovias de pista simples durante 23 dias em 2020. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 20 de dezembro de 2019, na Portaria n° 126/2019, da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a Portaria, a proibição se aplica nas Combinações de Veículos de Carga (CVC), Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) autorizados a circular portando ou não Autorização Especial de Trânsito (AET) ou Autorização Específica (AE), bem como o trânsito dos demais veículos portadores de AET.

Os estados do Acre e Roraima ficam de fora das restrições. Já os estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte terão restrição também nas datas dos festejos juninos, nos dias 23 e 24 de junho de 2020.

O descumprimento constitui infração média de trânsito prevista no artigo 187, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e gera multa no valor de R$ 130,16. O veículo fica retido até o término do horário da restrição, quando o mesmo estará liberado para circulação.

Segundo a PRF, as restrições visam aumentar a segurança nas estradas e reduzir o número de acidentes devido ao aumento significativo do número de veículos de passeio nas rodovias durante os feriados.

Confira os horários de restrição durante o ano de 2020:

2699.png

Reforma tributária é prioridade deste ano no Congresso

Reforma tributária é prioridade deste ano no Congresso

2697.png

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Ano novo, reforma nova. Se 2019 foi marcado pela alteração na aposentadoria dos brasileiros, a promessa para 2020 é a mudança na cobrança de impostos. Senado e Câmara dos Deputados instalam em fevereiro uma comissão mista que terá a função de reunir em um só texto as principais matérias sobre o assunto no Congresso Nacional. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já avisou que o Poder Executivo quer sugerir ajustes.

O Poder Legislativo analisa mais de 100 propostas de emenda à Constituição (PECs) para reformar o Sistema Tributário Nacional, mas o esforço recente gira em torno de duas matérias. A PEC 45/2019, apresentada em abril pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), aguarda parecer na comissão especial da Câmara. A PEC 110/2019, sugerida em julho pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está pronta para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

A principal convergência entre as duas propostas é a extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam substituídos por um só imposto sobre valor agregado (veja abaixo um quadro comparativo das propostas). A PEC 45/2019 extingue cinco tributos: três de competência da União (IPI, PIS e Cofins) e dois de estados e municípios (ICMS e ISS). Além desses, a PEC 110/2019 acaba com outros quatro impostos federais (IOF, salário-educação, Cide-combustíveis e Pasep).

A mudança traz algumas vantagens: simplicidade na cobrança (com o menor número possível de alíquotas e regimes especiais); incidência apenas sobre o consumo; e uniformidade em todo o país. Mas as semelhanças entre as duas propostas param por aí, e o desafio da comissão mista será harmonizar as divergências, que não são poucas [veja arte].

O presidente e o relator do colegiado já foram definidos: o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Rocha é relator da PEC 110/2019 na CCJ do Senado, enquanto Ribeiro relata a PEC 45/2019 na comissão especial da Câmara. A expectativa dos parlamentares é unificar a discussão e acelerar a aprovação da reforma tributária, que hoje tramita de forma fatiada no Congresso.

— Temos duas propostas: uma na Câmara e outra no Senado. Elas têm o mesmo chassi, muda apenas a carroceria. Temos um acúmulo grande. Só no Senado são quase 200 emendas apresentadas. Não creio que seja uma tarefa muito difícil — argumenta Roberto Rocha.

A expectativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, é ver a reforma tributária aprovada nas duas Casas ainda no primeiro semestre, com a colaboração do Ministério da Economia.

— Não adianta termos uma proposta na Câmara e outra no Senado sem ter a participação efetiva do governo. A palavra é conciliação. Uma conciliação da Câmara, do Senado e do Poder Executivo para entregarmos para a sociedade brasileira uma proposta que faça com que os empreendedores e a população possam se ver contemplados em uma reforma que vai melhorar a vida das pessoas.

A previsão inicial era de que a comissão mista destinada a analisar a reforma começasse a recolher sugestões dos parlamentares e do Poder Executivo em dezembro passado, durante o recesso. Mas o início dos trabalhos foi adiado porque os líderes partidários ainda não indicaram os 15 senadores e 15 deputados que devem integrar o colegiado. Mesmo após o adiamento, o presidente da Câmara continua confiante na aprovação da reforma em 2020.

— A reforma tributária é a mais importante para o crescimento econômico e para destravar a economia do país. Defendo a simplificação do sistema tributário brasileiro, que atualmente é confuso e com excessivas leis. Essa reforma, ao simplificar o sistema, vai diminuir o desequilíbrio existente hoje. A sociedade continua pagando muitos impostos, e os serviços públicos continuam piorando. Isso precisa mudar — escreveu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em uma rede social.

A comissão mista da reforma tributária deve apresentar um parecer em 90 dias. Depois disso, o texto ainda precisa ser votado na Câmara e no Senado. Como se trata de uma mudança na Constituição, a proposta depende da aprovação de 308 deputados e 49 senadores, em dois turnos de votação.

Impacto para os estados

2697_a.png

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicou em janeiro uma análise sobre as PECs 45/2019 e 110/2019. De acordo com o estudo Reforma Tributária e Federalismo Fiscal, a unificação de IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS no futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) resultaria em uma tributação de 26,9% — uma das mais altas do planeta. “A alíquota do IBS deve chegar a níveis próximos de 27%, segundo as nossas estimativas, o que colocaria o Brasil entre os países com as maiores alíquotas-padrão de IVA [imposto sobre valor agregado] do mundo, ao lado da Hungria, que tributa em 27%, e acima de países como Noruega, Dinamarca e Suécia, com alíquotas de 25%”, afirmam os pesquisadores Rodrigo Orair e Sérgio Gobetti.

Os analistas compararam a receita atual de ICMS e ISS de cada unidade da Federação com a estimativa potencial de arrecadação com o futuro IBS [veja arte]. A conclusão é de que 19 estados podem ganhar com as mudanças. Entre eles, os 12 entes considerados de renda baixa (com nível de produto interno bruto per capita até R$ 20 mil por habitante), que devem arrecadar R$ 24,8 bilhões a mais por ano. Os maiores beneficiados são Pará e Maranhão, com ganhos de R$ 5,6 bilhões e R$ 4,2 bilhões.

No outro lado da moeda, oito estados de renda média (entre R$ 20 mil e R$ 30 mil per capita) e alta (acima de R$ 30 mil) perdem com as mudanças. Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo juntos deixam de arrecadar R$ 34,3 bilhões por ano. Paulistas e mineiros pagam a conta mais alta, com prejuízos de R$ 21,2 bilhões e R$ 4 bilhões.

O Ipea analisou ainda o impacto das duas PECs no combate às desigualdades sociais. Pela regra atual, a fatia mais pobre da população paga 26,7% da renda em impostos sobre o consumo. Os mais ricos desembolsam apenas 10,1%. A reforma tributária reduz essa diferença, mas de maneira discreta: 24,3% para os mais pobres, e 11,2% para os mais ricos.

Reforma enxuta

O Poder Executivo deve enviar em fevereiro sugestões para aperfeiçoar a reforma tributária. As mudanças serão apresentadas na forma de emendas por senadores e deputados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda não detalhou quais pontos do texto pretende alterar. Mas durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro na Suíça, disse que o Palácio do Planalto defende uma reforma “mais simples”.

Em entrevistas a órgãos de imprensa, Paulo Guedes tem defendido a substituição dos diversos tributos sobre bens e serviços por um só imposto sobre valor agregado (IVA) — como preveem as PECs 45/2019 e 110/2019. Mas, segundo o ministro, o Poder Executivo quer uma alíquota de apenas 11%. Para compensar a perda de arrecadação, seria criado um novo imposto sobre pagamentos digitais.

O presidente do Senado é contrário à ideia. Ele lembra que o Congresso já derrubou tentativas de criação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF. A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira incidiu sobre todas as transações bancárias e vigorou no Brasil por 11 anos, até 2007.

— A gente já falou em outras ocasiões, tanto o Senado como a Câmara, que o Brasil não aguenta mais aumentar a carga tributária. As pessoas insistem em falar sobre isso, que é um tema que o Parlamento já decidiu que não vai fazer. Na Câmara, o sentimento do presidente Rodrigo Maia é que não passa a criação de um novo imposto, seja ele qual for. E no Senado também, eu já falei sobre isso — disse Davi Alcolumbre.

2697_b.png