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CNI: produção industrial recua, mas intenção de investimento sobe

CNI: produção industrial recua, mas intenção de investimento sobe

 

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(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Utilização da capacidade instalada atinge maior nível desde 2010

A produção da indústria brasileira caiu em dezembro na comparação com novembro, informou hoje (27) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No entanto, a retração foi menor que em outros anos, e outros dados indicam reação na atividade.

De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, o índice de evolução da produção caiu 7,1 pontos em relação a novembro e fechou dezembro em 43,8 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos mostram queda. Acima de 50 pontos indicam crescimento.

Esse foi o segundo mês seguido de queda. Em novembro, o índice de produção tinha recuado 4,3 pontos em relação a outubro.

Apesar da retração em dezembro, o indicador mostrou melhora em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em dezembro de 2018, o índice de evolução da produção estava em 40,7 pontos.

O índice de evolução do número de empregados caiu 1,3 ponto em dezembro na comparação com novembro, chegando a 48,7 pontos. Segundo a CNI, é comum a produção industrial cair em dezembro, por causa do fim das encomendas para as festas de fim de ano, mas a redução em 2019 foi inferior à de 2018.

Recuperação

Apesar da queda da produção em dezembro, outros indicadores mostram recuperação da indústria. A utilização da capacidade instalada somou 63% em dezembro, alta de 2 pontos percentuais em relação ao registrado em dezembro de 2018. Esse foi o maior índice para o mês desde o início da série, em 2010.

O nível de estoques em relação ao planejado encerrou em 49 pontos. Quando está abaixo de 50 pontos, o indicador mostra queda nos estoques e possibilidade de aumento da produção.

A disposição da indústria para investir nos próximos seis meses aumentou. O índice de intenção de investimento subiu 1,1 ponto em relação a dezembro e fechou janeiro em 59,2 pontos, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2014. Esse foi o quarto mês seguido de alta no indicador.

A intenção não significa que os investimentos sairão do papel, mas servem de parâmetro para a indústria. Segundo a CNI, é fundamental que os planos de investimento se concretizem, de forma a gerar mais empregos e acelerar a recuperação da economia.

A pesquisa foi realizada de 6 a 17 de janeiro com 1.965 indústrias de todo o país. Do total, 744 são pequenas, 711 são médias e 510 são de grande porte.

Governo prepara maior leilão do setor com investimento de R$ 1 bi

Governo prepara maior leilão do setor com investimento de R$ 1 bi

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(Foto: Ed Ferreira/SEP)

Terminal do Porto de Santos terá papel central na estratégia do Ministério da Infraestrutura

 O governo federal acaba de receber os primeiros resultados dos estudos de viabilidade do que será o maior leilão de arrendamento de terminais portuários dos últimos 15 anos. Trata-se do Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (STS08), no Porto de Santos, operado pela Transpetro. A versão final do documento – o EVTE – chegará às mãos do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nas próximas duas semanas, mas os principais números já são discutidos nas reuniões técnicas sobre o conjunto de ativos que será licitado este ano.

O leilão do terminal da Alemoa, considerado o maior de combustíveis em portos públicos organizados, exigirá contrapartida de investimentos de R$ 1 bilhão do vencedor da disputa. Os recursos garantirão a ampliação da infraestrutura de logística, o que assegura o aumento de 64% da capacidade de operação.

O investimento no terminal da Alemoa equivale ao montante definido para os 14 terminais de granéis líquidos combustíveis leiloados desde 2015. O ativo faz parte da atual carteira de projetos que preveem a realização de 11 novos leilões de terminais portuários em 2020. Ao todo, os empreendimentos devem gerar R$ 2 bilhões em investimentos.

Além do investimento, o novo operador arcará com o custo mensal de R$ 16 milhões pelo arrendamento pelos 25 anos do contrato. Este valor é cinco vezes maior que o verificado nas últimas licitações de terminais. O contrato pode ser prorrogado por sucessivas vezes, a depender do interesse da União, limitado ao período total de 70 anos.

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, destaca que o terminal de granéis líquidos possui quase 500 mil metros quadrados. A área, disse, é maior do que o terminal de contêineres de Suape (PE). Somente em 2019, o STS08 respondeu pela movimentação e 6,5 milhões de toneladas.

Dada a dimensão do terminal, o governo pretende dividir a área para fazer a oferta de dois terminais vizinhos. Ao Valor, o secretário explicou que a decisão deve acirrar a competitividade na oferta da logística de combustíveis no Porto de Santos ao assinar contratos com operadores distintos. “É um terminal com muitas áreas ociosas, ou seja, oferece muitas possibilidades de ganhos de capacidade com a chegada de outro operador”, afirmou Piloni.

Ao receber os estudos, o governo abrirá consulta pública para discutir o projeto com o setor. Logo em seguida, a versão conclusiva dos estudos de viabilidade seguirá para o Tribunal de Contas da União (TCU), o que deve ocorrer no segundo trimestre.

Atualmente, a Transpetro mantém a operação do terminal da Alemoa em caráter precário. O contrato original venceu há cinco anos, mas é mantido com aditivos – chamados de contratos de transição. Divergências sobre o valor mensal de arrendamento levaram a subsidiária da Petrobras a acionar a Justiça. Por meio de liminar, a companhia deve arcar com custo de arrendamento de apenas R$ 2,3 milhões por mês.

Piloni afirmou que a expectativa, com o leilão, é de assegurar o aumento da capacidade de movimentação de cargas no terminal tendo em vista o crescimento de demanda por transporte que será gerada pelos novos investimentos nas ferrovias conectadas ao Porto de Santos.

As iniciativas mais importantes destacadas pelo secretário são a prorrogação de contrato da Rumo Malha Paulista, dentro do Estado, e a concessão da Ferrovia Norte-Sul, que ligará as cidades de Palmas (TO) a Estrela d’Oeste (SP). Para Piloni, o reforço na logística de combustíveis deve, por consequência, ampliar a competição no segmento com a chegada de novos volumes de importação rumo o interior.

O governo espera que, após a licitação, o novo terminal de granéis líquidos de Santos passe a concorrer com as operações de outros terminais do país. Piloni avalia que serão afetadas as estratégias dos operadores nos Portos de Vitória, Santarém, Belém Vila do Conde e Cabedelo.

Nota de Falecimento – Alexandre Otsuzi

 
 
É com grande pesar que comunicamos o falecimento do empresário, Sr. Alexandre Otsuzi Vieira integrante no Núcleo da COMJOVEM de São Paulo, participante da comissão desde 2004.
 
Nós de toda a COMJOVEM, bem como a diretoria da NTC&Logística expressamos os mais sinceros sentimentos a família e aos amigos que ele fez nestes anos.
Pesquisa CNT de Opinião é destaque na imprensa internacional

Pesquisa CNT de Opinião é destaque na imprensa internacional

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Veículos norte-americanos, latinos e europeus repercutiram o aumento do índice de aprovação do presidente Jair Bolsonaro

Os resultados da primeira Pesquisa CNT de Opinião de 2020, divulgados nessa quarta-feira (22), em parceria com o Instituto MDA, foram destaque em veículos de imprensa dos Estados Unidos, Canadá, Argentina, Inglaterra, Alemanha, França, Suíça, Espanha, Grécia, entre outros países. Na edição desta quinta-feira (23), o The New York Times (EUA) – considerado o jornal mais influente e importante do mundo – repercutiu o crescimento da avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro, que saltou de 29,4%, no levantamento de agosto de 2019, para 34,5%.

No texto, o diário estadunidense ressalta que o resultado pode estar relacionado à melhora no quadro econômico do país e aos esforços do governo para combater a corrupção e aprimorar a segurança pública nas cidades brasileiras. O jornal cita ainda que o dado de que 47,8% dos brasileiros aprovam o desempenho pessoal do presidente, enquanto 47% desaprovam.

Até o fechamento desta matéria, foram mais de 30 veiculações na mídia internacional sobre a Pesquisa CNT de Opinião.

Governo estuda alternativas contra impacto da alta do diesel

Governo estuda alternativas contra impacto da alta do diesel

2692.png(Foto Danilo Verpa/Folhapress)

Na onda de incentivos à energia mais barata, custo para caminhões movidos a gás poderia ficar menor

O preço do diesel alcançou um patamar superior ao da época da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, enquanto medidas para limitar os aumentos continuam em estudo pelo governo.

Recentemente, começou a ser planejado o corte do imposto de importação de caminhões movidos a GNV (gás natural veicular) e GNL (gás natural liquefeito). É esperada, com isso, a redução da dependência que o transporte tem do diesel, um combustível mais caro.

O tema está em discussão em grupos de trabalho do governo e deverá ser levado ao conselho da Camex (Câmara de Comércio Exterior), do Ministério da Economia.

O instrumento analisado é o chamado ex-tarifário, que reduz temporariamente a alíquota do imposto de importação quando não há produção nacional equivalente.

O governo quer incentivar o uso de caminhões a gás no país também como forma de se aproveitar o chamado “choque de energia barata” anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O barateamento do insumo decorreria de medidas que já estão sendo colocadas em prática para quebrar o monopólio da Petrobras do mercado.

Com mais veículos movidos a gás e com as ações em curso, segundo a tese, seria possível baixar o custo da logística no país. Hoje, o uso do gás fica concentrado em grandes indústrias e na geração de energia elétrica.

A medida para facilitar a entrada de caminhões a gás no país, no entanto, encontra resistências e deverá ser adiada.

A Anfavea (que representa fabricantes automotivos) levou a representantes do governo a informação de que já há produção de caminhões movidos a gás em território brasileiro.

Estimativa da frota de caminhões no país

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A Scania fabrica dois modelos desde dezembro e diz ter sido a primeira a lançar este tipo de veículo com produção local.

Segundo a empresa, os investimentos no projeto demandaram cerca de R$ 4 bilhões e a fabricação envolve 4.300 funcionários diretos.

Os executivos pedem ao governo que a decisão seja adiada para, pelo menos, o fim de fevereiro. Esse tempo seria necessário para a Anfavea estudar o tema e preparar argumentos para subsidiar o governo sobre o assunto.

Além disso, a associação quer acesso às informações que estão embasando as discussões hoje.

Em outra frente, surgiu no governo a ideia da mudança de tributação no ICMS de estados. O próprio presidente Jair Bolsonaro sugeriu a alternativa –sem dar detalhes–, que dependeria de uma mudança legal.

O governo estuda a criação de um fundo de compensação aos entes, usando recursos dos royalties que a União recebe pela exploração de petróleo e gás. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pretende apresentar uma modelagem até o fim de fevereiro.

O tema ainda não é um consenso no governo.

Na equipe econômica, há resistências e dúvidas quanto ao funcionamento do mecanismo e é lembrado que o governo enviou uma PEC (proposta de emenda à Constituição) ao Congresso em novembro justamente para extinguir mais de 200 fundos públicos vinculados a despesas específicas.

Apesar disso, alguns membros da equipe de Guedes não se mostram totalmente contrários à medida. Eles afirmam que a compensação aos estados até poderia existir se bem justificada e não necessariamente na forma de um fundo.

Medida ainda mencionada por técnicos, a ideia da Cide flutuante sobre o diesel também permanece no papel.

Pela ideia, a cobrança cairia quando o preço do combustível aumentasse e vice-versa. Por enquanto, essa é impraticável já que a taxa está zerada justamente para conter os preços.