por COMJOVEM NTC | dez 2, 2024 | Artigos, Núcleo Videira
Segurança cibernética é o ato de proteção de redes, sistemas, computadores e dados de possibilidades de ataques e de coleta de informações sigilosas e importantes para as empresas. Preservar a segurança da informação nunca foi tão importante como nos tempos atuais. A crescente dependência por sistemas e tecnologias, busca por gestão de frota, rastreamento e telemetria tanto para execução de tarefas administrativas como também de veículos, seja para controle ou segurança fez com que o setor de transporte voltasse o olhar para a necessidade de proteção das informações.
É chamado de ataque cibernético qualquer evento intencional de violação de informações seja para uso próprio ou de outros. Algumas vezes isso está relacionado à troca de informações por dinheiro, quando hackers sequestram as informações das empresas e em contraprestação para devolução pedem dinheiro ou criptomoeda.
Na busca incessante de tecnologia, as empresas de transporte também precisam olhar para o controle e acesso das informações. Hoje veículos vem com tecnologia, a chamada tecnologia embarcada, a qual extrai dados de localização, direção, cuidados e desempenho do veículo. Essas tecnologias são capazes de fazer o veículo parar, bloquear ou permanecer rodando. Ao mesmo tempo que são usadas para fins de seguros buscam agilidade de informações e análises mais precisas, que quando são perdidas por qualquer motivo geram sérios problemas no dia a dia das transportadoras.
Com esse risco batendo à porta do transportador, cada vez mais é preciso analisar se a escolha será evitar ou reduzir o custo de violações e perda das informações. Existem diferentes tipos de segurança cibernética que podem ser checados para a busca da diminuição do risco, dentre elas estão criar programas de desenvolvimento da segurança e instruir todos os colaboradores de como se portar frente as tecnologias. Cita-se como diferentes tipos de segurança a de infraestrutura essencial, a segurança de rede, backup de dados e sistemas em nuvem, segurança de IoT, armazenamento de dados, aplicativos, criar planejamento para recuperação de dados em caso de ataques e muito treinamento com os usuários.
Os sistemas de gestão de frota são o coração das operações de transporte rodoviário de cargas, responsáveis pelo monitoramento e coordenação das atividades. A proteção destes sistemas é crucial para evitar invasões que possam levar a interrupções nas operações ou a roubos de mercadorias. Recomenda-se a utilização de mecanismos de autenticação multifatorial e criptografia de dados, além de atualizações regulares do software para corrigir vulnerabilidades conhecidas. A segurança dos sistemas de gestão de frota é, portanto, um pilar fundamental na prevenção de ataques cibernéticos. Os dispositivos de rastreamento por GPS e os dispositivos IoT embarcados nos veículos são pontos de entrada críticos para potenciais ataques cibernéticos. Estes dispositivos, que frequentemente se comunicam com
servidores remotos, devem ser protegidos com criptografia de ponta a ponta e contar com atualizações de firmware que assegurem a integridade do sistema. A manipulação de dados de rastreamento pode levar a desvios não autorizados de rotas ou a paralisia dos veículos, o que torna a proteção desses dispositivos uma prioridade.
A implementação de sistemas de monitoramento contínuo das redes e dos sistemas associados ao transporte RODOVIáRIO é uma estratégia eficaz para a detecção precoce de atividades suspeitas. Ferramentas como Sistemas de Detecção de Intrusão (IDS) e análise de tráfego de rede permitem identificar e responder rapidamente a tentativas de ataque, minimizando possíveis danos. Além disso, ter um plano de resposta a incidentes bem definido ajuda a mitigar o impacto de eventuais ataques, garantindo a continuidade das operações.
A proteção dos dados, especialmente aqueles relacionados a clientes e detalhes de remessas, é fundamental para preservar a confiança e a reputação das empresas de transporte. A adoção de políticas rigorosas de gestão de acesso e a utilização de criptografia garantem que apenas o pessoal autorizado tenha acesso às informações críticas, protegendo-as contra acessos não autorizados ou vazamentos de dados. Assegurar a privacidade e a integridade dos dados é, portanto, um elemento central na estratégia de segurança cibernética.
A segurança cibernética no transporte rodoviário de cargas não é mais uma opção, mas uma necessidade. As ameaças cibernéticas podem comprometer não só a eficiência operacional, mas também a segurança das mercadorias e a integridade das informações sensíveis. A implementação de proteções contra-ataques cibernéticos é necessária assim como a utilização de mecanismos de tecnologias, ambas precisam evoluir e trabalhar de forma simultânea.
por COMJOVEM NTC | dez 2, 2024 | Artigos, Núcleo Videira
A tecnologia blockchain surgiu em meados de 1970, quando o cientista Ralph Merkle patenteou as arvores de Merkle, ou seja, uma estrutura para armazenar dados em blocos vinculados uns com os outros usando a criptografia. No fna de 1990 Stuart Haber e W. Scott Stornetta usaram essa estrutura para implantar um sistema em que a data e hora de documentos não poderiam ser vilados. Assim nasceu a primeira parte da história da blockchain. Podemos considerar que é um sistema de banco de dados avançado que permite o segurança, transparência e compartilhamento de informações de uma empresa. Um banco de dados blockchain armazena informações que são imutáveis, onde não é possível excluir, editar, trocar autor nem mesmo alterar um resultado. São documentos e dados que permanecem inalteráveis perante aos receptores e usuários das informações. Além disso a tecnologia permite controlar e monitorar contratos, pagamentos, transações entre contas, pagamentos entre outros.
A tecnologia oferece recursos tais como, descentralização, imitabilidade e consenso. A descentralização garante transparência aos envolvidos e reduz a necessidade de confiança entre as partes para realização de um negócio, uma vez que cada etapa feita em um contrato por exemplo é salgo separadamente para cada um e tem registrado cada etapa em tempo real, desde assinaturas, até mesmo pagamentos e transferência de propriedades. A imutabilidade diz respeito a não poder mexer no conteúdo das informações, nem em autor do documento, em nenhuma informação, nada pode ser alterado ou violado. Já o consenso estabelece regras claras sobre o consenso de cada parte para o registro das etapas.
Um dos principais benefícios do blockchain é a utilização de contratos inteligentes que as empresas podem usar sem ter ou precisar de um intermediador ou alguém para controlar informações e etapas concluídas das atividades realizadas. Isso pode ser usado em diferentes ramos de negócios, entre eles, financeiro, jurídico, logística, prestação de serviços gerais, mídia, varejo, compra e venda de ativos, entre outras áreas.
Os contratos registrados no ambiente do blockchain, precisam seguir algumas etapas para fazer dar certo e obter os benefícios, por exemplo uma transação da área da logística para cadastro de contrato de prestação de serviços de frete deve seguir basicamente as etapas abaixo:
- Quem são os envolvidos?
- Qual é o tipo de transação?
- Quando inicia e termina a transação?
- Onde irá ocorrer a transação?
- Por que vai ocorrer a transação?
- Qual é o valor do ativo que foi trocado?
- Qual é a condição para ser considerado cumprido?
Depois do cadastro das informações da primeira etapa, as partes envolvidas precisam concordar que é válida toda a informação ali cadastrada, essa é a etapa que precisa obter o consenso dos envolvidos. Após se chegar a um consenso as informações e transações acima listadas são gravadas em diferentes blocos para cumprir com a descentralização das informações, assim as informações ficam interligadas de forma segura onde os integrantes não podem editar nada, caso algo seja alterado será identificado a violação dos dados. E por fim, as informações são compartilhadas e etapas vão sendo concluídas.
Agora fazendo uma análise e comparativo para a logística, imaginando um contrato de prestação de serviços de fretes, imagine que cada etapa do serviço desde envolvidos, local de coleta, entrega, informações de preço, estadias, valores para descarga, adicionais de impostos, pedágio, tudo, absolutamente tudo o que vai compor o frete e as condições para a entrega são colocados em uma plataforma, e com o consenso das partes envolvidas as etapas vão sendo concluídas automaticamente, e por fim o pagamento do frete é feito também de maneira automática, sem precisar de várias pessoas nos setores a fim de buscar e transferir informações de umas para as outras. Contratos como esse exemplo, são os contratos inteligentes ligados no blockchain.
E por fim, conclui-se que o blockchain busca automatizar e ao mesmo tempo tornar mais confiável qualquer informação colocada na plataforma. Apresenta segurança, eficiência, e uma forma de auditoria rápida das etapas. Contratos podem ser realizados sem a presença ou intermediação de várias pessoas. Garante também a rastreabilidade das informações, processos mais rápidos, lucrativos e ainda com privacidade de dados.
por COMJOVEM NTC | dez 2, 2024 | Artigos, Núcleo Triângulo Mineiro
O setor de transporte e logística desempenha um papel crucial na economia brasileira, conectando diferentes regiões do vasto território nacional. No entanto, enfrenta desafios significativos, como a necessidade de maior eficiência operacional, transparência e segurança nas transações. O blockchain, juntamente com contratos inteligentes, emerge como uma solução inovadora capaz de revolucionar esse setor e impulsionar benefícios significativos. Estas tecnologias reduziriam também a probabilidade de erros humanos, melhorando a eficiência global do setor.
Mas o que é blockchain? A tecnologia blockchain é uma sofisticada estrutura de banco de dados que possibilita a divulgação clara e transparente de dados dentro da rede empresarial. Blockchain é a tecnologia que possibilitou a criação do bitcoin e de outras criptomoedas, como Ether e Litecoin, mas ela pode ser usada para diversas outras aplicações.
Explicando de uma forma mais simples, imagine um sistema de correio global onde as cartas são transportadas por uma rede de bicicletas. Cada carta é colocada em uma mochila, que passa por várias estações de validação ao redor do mundo. Se aprovada, a mochila é selada com um código único e se une a outras mochilas. Para aumentar a segurança, cada mochila carrega não só o seu próprio código, mas também o código da bicicleta que a carrega. Isso significa que, para acessar o conteúdo de uma mochila, alguém teria que decifrar mais de um código. Essa rede de entregas não tem um dono central, então todas as entregas são registradas em um livro público disponível para todos. No entanto, só é possível ver quando uma entrega foi feita, não quem enviou ou o que foi enviado.
O blockchain, por sua natureza descentralizada e imutável, pode fornecer uma infraestrutura segura para o registro e rastreamento de todas as transações ao longo da cadeia de suprimentos de transporte. Cada transação, desde a origem até o destino final, pode ser registrada em blocos interconectados, proporcionando transparência e reduzindo riscos de fraudes e erros. No entanto, segundo Astarita et al (2019), a maioria dos artigos encontrados na literatura para o setor de transportes mostram apenas potencialidades. Ou
seja, o Blockchain ainda não é uma realidade para o TRC. Isso ocorre devido ser frequentemente relacionada a difusão da Internet de sistemas e dispositivos conectados em tempo integral, o que todos sabem, não ocorre em solo brasileiro. Por outro lado, empresas que estão de alguma forma relacionadas com o TRC, já estão obtendo bons resultados com esta nova tecnologia. A Boeing, por exemplo, participa do desenvolvimento da SkyGrid, que usa essa tecnologia para gerenciar o tráfego aéreo. Enquanto isso, o Carrefour monitora e rastreia a cadeia de produção de 30 variedades de produtos, como ovos, salmão e queijo, por meio da blockchain.
A rastreabilidade é um componente crucial para o transporte eficiente, especialmente em um país tão extenso quanto o Brasil. Segundo Tijan et al (2022) esta tecnologia pode facilitar tarefas logísticas: pode ser usado para rastrear pedidos de compra, alterações de pedidos e documentos de frete, e pode ajudar na informação compartilhando sobre o processo de fabricação e entrega. Isso tudo antes mesmo do caminhão passar por uma barreira fiscal ou mesmo pedágios. Além disso, o blockchain poderia otimizar processos e aumentar a confiabilidade de manifesto de cargas e CTE’s. Um sistema poderia ser desenvolvido para vincular todos os interessados na carga, Receitas estaduais, federais e municipais, embarcadores, clientes e transportadores. Todos os interessados receberiam uma chave com as informações de carregamento, entrega e talvez até localização da carga. Isso diminuiria vertiginosamente o trabalho de fiscais e atrasos em postos fiscais. Combinado com tecnologias RFID (Identificador por rádio frequência, uma evolução do código de barras), pode até eliminar aquele fiscal “tendencioso” que procura algum tipo de “favorecimento” escuso, pois o controle de total de toda a documentação seria criptografado e já aprovado pelos órgãos competentes previamente. Isso tudo além de, permitir a antecipação de potenciais problemas, como atrasos ou danos, possibilitando uma resposta rápida e eficaz.
Esta tecnologia poderia inclusive substituir o infindável DTe. Pois não seria mais necessário um novo documento contendo as informações. O próprio Blockchain já reuniria as informações necessárias do manifesto e CTe’s que são mais do que suficientes para identificar e controlar as cargas pelo país. Isso seria uma simplificação significativa de processos burocráticos, como a emissão e verificação de documentos de transporte, faturas e pagamentos. Pois o transportador poderia vincular o recebimento do frete ao manejo das informações, como chegada e partida da carga, etc. Isso é crucial em um setor onde diferentes empresas, como transportadoras, fornecedores, alfândegas e clientes, muitas vezes operam com sistemas distintos.
Em resumo, a implementação de blockchain e contratos inteligentes no transporte e logística brasileiros tem o potencial de otimizar operações, aumentar a transparência, reduzir custos e melhorar a segurança. Embora desafios possam surgir durante a transição para essas tecnologias inovadoras, os benefícios a longo prazo para o setor e para a economia brasileira como um todo são promissores. O futuro do transporte e logística no Brasil pode ser moldado pela adoção inteligente e estratégica dessas tecnologias disruptivas.
Referencias:
ASTARITA, Vittorio et al. A review of blockchain-based systems in transportation. Information, v. 11, n. 1, p. 21, 2019.
TIJAN, Edvard et al. Factors Affecting Container Seaport Competitiveness: Case Study on Port of Rijeka. Journal of marine science and engineering, v. 10, n. 10, p. 1346, 2022.
por COMJOVEM NTC | dez 2, 2024 | Artigos, Artigos Técnicos, Núcleo Triângulo Mineiro, Triângulo Mineiro
Em tempos de crise como os atuais, onde a incerteza institucional e a safra em queda permeiam o imaginário dos empresários brasileiros, soluções precisam surgir para dar tranquilidade para quem investe, independente do setor. O transporte RODOVIáRIO de cargas no Brasil, sendo um setor vital para a economia e visando amenizar as dores de si mesmo, nos últimos anos tem passado por uma transformação significativa impulsionada pelo avanço das tecnologias digitais que seus próprios clientes estão navegando. Câmeras que monitoram o trajeto, sensores de fadiga do motorista, dados meteorológicos, informações de tráfego, telemetria digitalizada em tempo real e rastreamento via satélite, são exemplos desses avanços. No entanto, a quantidade de dados gerados, processados e utilizados no transporte é enorme e precisa ser bem gerida para que o gestor não se perca em meio a tanta informação. O uso de análises de Big Data vem para garantir insights valiosos para as partes interessadas no transporte, como a gestão e steakholders (ILIASHENKO, ILIASHENKO e LUKYANCHENKO, 2021).
Segundo Leal e Santos (2015), O uso de Big Data no transporte, visa fornecer informações em tempo real. A proposta é analisar de forma abrangente todos os aspectos relevantes para cada parte envolvida, com o objetivo de otimizar a utilização de uma modalidade específica, diminuir custos e reduzir o tempo de viagem A otimização de rotas, por exemplo, utiliza dados em tempo real para identificar as rotas mais eficientes, levando em consideração o trânsito, condições climáticas e outras variáveis. Isso resulta em economia de combustível, redução no tempo de entrega e menor desgaste dos veículos. No monitoramento de frotas, sensores e sistemas de telemetria permitem que as empresas acompanhem o desempenho dos veículos, prevejam manutenções necessárias e evitem quebras inesperadas, aumentando a disponibilidade da frota. Além disso, a gestão de riscos baseada em Big Data possibilita a identificação de áreas com maior incidência de roubos de carga e condições adversas nas estradas, permitindo a adoção de medidas preventivas para melhorar a segurança.
Além destas possibilidades, infinitas outras surgem como análise de custos e eficiência operacional, planejamento logístico, previsão de demanda entre outros. Essa quantidade de informações supera em muito a capacidade humana de geri-las e prever os próximos passos a serem dados. A Analise Preditiva, então, vem junto para que o gestor possa antecipar as decisões que precisam ser tomadas utilizando técnicas avançadas de estatística, machine learning e inteligência artificial. É outra tecnologia que tem transformado o transporte rodoviário de cargas no Brasil. Essa abordagem permite que as empresas antecipem eventos futuros e tomem decisões informadas com base em grandes volumes de dados históricos e em tempo real. Muitos clientes e embarcadores já utilizam tecnologias de Big Data com Analise Preditiva, como Monsanto, Amazon, Uber, Lyft, etc.. A cidade de Joiville possui inclusive um case especial onde utilização das tecnologias que melhorou a agilidade e tempo no transito da cidade (HIROKI, 2021).
Com todo o arsenal de dados que o Big Data fornece para a Analise Preditiva, esta possui aplicações mais significativas como a previsão de demanda, manutenção preditiva, gestão de riscos e na otimização de rotas, etc.. Empresas como a Polifrete que fornecem softwares com estas tecnologias e funcionalidades, já atuam no mercado e possuem cliente como a Britvic, Eletrolux e SuperBAC. Estas empresas conseguem prever as flutuações no frete e negociar contratos com vantagens econômicas que muitas transportadoras não conseguem enxergar pois não possuem as mesmas ferramentas. Grandes players de comodities possuem equipes dedicadas a analisar dados e prever quando o frete pode subir ou descer, para conseguir economizar o máximo possível no momento de transportar a carga.
Porém, nem tudo são flores. Essa quantidade de informação precisa ser devidamente protegida pelo frotista. Tanto para proteger o próprio negócio, como para proteger os dados de clientes e stakeholders envolvidos na operação. A segurança cibernética é uma responsabilidade inerente a este tipo de trabalho, além também da nova Lei Geral de Proteção de Dados que obriga as empresas a proteger os dados que coleta e trabalha.
Com estas novas tecnologias, as empresas enfrentam novos desafios e vulnerabilidades, como riscos associados ao uso de IoT e telemática, ataques de ransomware, acesso não autorizado a dados sensíveis e manipulação de sistemas de gestão de frotas. Empresas e governos ao redor do mundo sofrem ataques diariamente de hackers. Um bom exemplo no setor de transportes foi a Braspress que sofreu um ataque massivo a seus servidores no 1º semestre de 2024.
Para mitigar essas ameaças, as empresas devem adotar medidas de proteção e boas práticas, como a implementação de firewalls e sistemas de detecção de intrusões (IDS), a criptografia de dados, atualizações e patches regulares, e a educação e treinamento de funcionários. A gestão de acessos também é fundamental, garantindo que apenas usuários autorizados tenham acesso a sistemas e dados críticos, além de implementar autenticação multifator (MFA) e políticas de privilégio mínimo. O monitoramento contínuo e a resposta a incidentes são essenciais para identificar atividades anômalas e responder rapidamente a qualquer ataque cibernético. Finalmente, auditorias regulares de segurança cibernética ajudam a garantir que as políticas e medidas de segurança estejam em conformidade com as melhores práticas e normas de mercado.
O combo “Big Data, análise preditiva e medidas de segurança cibernética” no transporte rodoviário de cargas no Brasil não só otimiza a eficiência e reduz custos, mas também protege as operações contra ameaças emergentes. À medida que o setor continua a adotar novas tecnologias, essas ferramentas se tornarão ainda mais importantes para garantir a competitividade e a sustentabilidade das empresas no mercado. O futuro do transporte rodoviário de cargas no Brasil depende da capacidade das empresas de integrar essas tecnologias em suas operações diárias, respondendo de forma proativa às demandas e desafios do mercado.
Referencia
LEAL, Adriano Galindo; DOS SANTOS, Alessandro Santiago. TENDÊNCIAS E CAMINHOS DAS PESQUISAS EM SISTEMAS INTELIGENTES DE
TRANSPORTE. 9º Congresso Brasileiro. 2015
ILIASHENKO, Oksana; ILIASHENKO, Victoria; LUKYANCHENKO,
Ekaterina. Big data in transport modelling and planning. Transportation Research Procedia, v. 54, p. 900-908, 2021.
HIROKI, Stella Marina Yurí. Mobilidade, participação e dados: o caso da aplicação do Waze for Cities Data na cidade de Joinville (SC). URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 13, p. e20200030, 2021.
por COMJOVEM NTC | dez 2, 2024 | Artigos, Núcleo Sul de Santa Catarina
A segurança cibernética no setor de transporte RODOVIáRIO de cargas tornou-se um desafio crescente à medida que a tecnologia se integra cada vez mais nas nossas operações diárias, especialmente no mundo digitalizado pós-pandemia. É possível observar que os criminosos também se adaptaram, migrando massivamente para o ambiente virtual.
Apesar dos avanços tecnológicos que prometem aumentar a eficiência e a segurança, muitas empresas, ainda enfrentam dificuldades em proteger seus sistemas contra ameaças cibernéticas. O problema não está apenas na complexidade das ameaças, mas também na alocação inadequada de recursos financeiros em soluções que nem sempre aumentam a segurança cibernética de forma eficaz.
Um dos maiores equívocos que vejo no nosso setor é a crença de que existe uma solução única e definitiva para a segurança cibernética. Na realidade, a segurança eficaz é alcançada através de uma combinação de estratégias e práticas de segurança personalizadas para cada operação específica. Muitas empresas cometem o erro de investir pesadamente em soluções genéricas ou excessivamente complexas, sem uma avaliação adequada das suas necessidades reais, que muitas vezes são vendidas como “soluções definitivas”. Esse investimento inadequado pode não só ser ineficaz, mas também esgotar recursos que poderiam ser melhor utilizados.
A segurança cibernética não se resolve apenas com tecnologia. Embora ferramentas avançadas sejam importantes, elas devem ser complementadas por processos, políticas e, principalmente, pela conscientização e treinamento dos colaboradores, ou seja, uma proteção em camadas. Sem uma cultura de segurança bem estabelecida, até mesmo as melhores tecnologias podem falhar. Este é um esforço conjunto que envolve a colaboração de todos os níveis da nossa organização.
Sendo assim, a mudança não deve ser vista e trabalhada como uma série de medidas isoladas, mas sim como um sistema interligado onde cada componente reforça os outros. Investir em software de detecção de intrusão ou em soluções na nuvem, por
exemplo, é importante, mas deve ser complementado por medidas físicas de segurança e políticas claras de resposta a incidentes.
Cada empresa de transporte tem características e desafios únicos, e a segurança cibernética deve ser adaptada a essas especificidades. Uma avaliação de risco detalhada é essencial para identificar os pontos mais vulneráveis e definir as prioridades. A partir dessa análise, desenvolvemos uma estratégia de segurança cibernética que inclui uma combinação de tecnologias, políticas e treinamento. É crucial que as empresas compreendam que não há uma solução única e que a eficácia das medidas de segurança depende de uma abordagem personalizada e integrada. Investir corretamente, após uma análise detalhada das necessidades específicas, e promover uma cultura de segurança dentro da organização são passos fundamentais para proteger nossas operações contra ameaças cibernéticas em constante evolução. Seguindo as ideias de Bruce Schneier: devemos lembrar que a segurança é um processo, não um produto, e deve ser tratada como tal.