por imprensa | out 28, 2024 | Notícias
Após mais de cinco meses de inatividade devido às enchentes que atingiram a região em maio, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, retomou parcialmente suas operações na segunda-feira (21). A reabertura do terminal trouxe alívio ao setor de transporte RODOVIáRIO de cargas, que enfrentou dificuldades com o fechamento temporário do aeroporto e as condições precárias das estradas.
A vice-presidente de Transporte Internacional do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), Andressa Scapini, destaca a importância do aeroporto para a logística da região. “O Aeroporto Salgado Filho é um hub logístico essencial para o modal rodoviário e aéreo de cargas no Sul do Brasil. Com sua reabertura, conseguimos retomar rotas e prazos essenciais, garantindo a competitividade e o abastecimento dos negócios que dependem dessa conexão estratégica”, afirma Andressa.
O fechamento prolongado causou isolamento logístico significativo para Porto Alegre, prejudicando especialmente o transporte de pequenos volumes e cargas emergenciais. A diretora de Negócios na Kodex Express, Thais Bandeira, detalha os impactos enfrentados. “Como trabalhamos com foco no transporte aéreo e logístico multimodal, sentimos fortemente o impacto. Tivemos de nos adaptar, utilizando o modal rodoviário até Florianópolis para escoar as cargas. Isso aumentou nossos custos e prazos de entrega, mas mantivemos o atendimento sem interrupções. A falta de infraestrutura afetou não apenas nossa empresa, mas toda a economia local, comprometendo o transporte e a mobilidade de pessoas e mercadorias”, explica Thais.
A reabertura do aeroporto também marca o retorno de voos comerciais, com o primeiro pouso realizado às 8h03, e operações com uma pista de 1.730 metros. A normalização completa das atividades, incluindo voos internacionais, está prevista para 16 de dezembro. Segundo Thaís, a retomada atende a uma alta demanda represada e permite que o transporte de cargas urgentes seja realizado com maior eficiência. “A cidade e a economia estão retomando seu ritmo, e esse retorno é essencial para melhorar a conectividade, não apenas no transporte de cargas, mas também para o turismo, que foi severamente impactado”, acrescenta a diretora da empresa.
por imprensa | out 28, 2024 | Notícias
Países vizinhos dão importante passo para fortalecer as relações no setor RODOVIáRIO
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi sede da mais recente Reunião Bilateral Brasil-Paraguai, referente à aplicação do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT). O encontro, realizado nesta semana em Brasília (DF), deu continuidade à reunião anterior, promovida em 21/6, em Assunção, no Paraguai, e discutiu aspectos técnicos e operacionais dos transportes de cargas e passageiros.
Na reunião, foram debatidos temas como a atualização das linhas de passageiros em operação entre os dois países, a extensão de rotas, a autorização de novas linhas para altas temporadas, entre outros. Em relação ao transporte de cargas, foram abordados os procedimentos para outorga de Licenças Complementares e modificação de frota, cobranças de taxas, peso e tolerâncias, seguros, transporte vicinal, harmonização e procedimentos de fiscalização, entre outros tópicos.
O encontro também teve como objetivo estabelecer metas para o desenvolvimento do setor e buscar soluções para questões como seguros, procedimentos de habilitação, interação com outros órgãos e mais.
Entre os principais resultados da reunião estão: a proposição de um Acordo Vicinal (entre países vizinhos), apresentada pela delegação brasileira, para o transporte de cargas realizado por veículos de pequeno porte entre Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai; o intercâmbio de informações de cargas via webservice, e o estabelecimento de reuniões e operações de fiscalização conjunta, com o objetivo de harmonizar as ações entre as forças de fiscalização de ambos os países.
O Acordo Vicinal busca definir regras claras para o transporte realizado por veículos de pequeno porte, proporcionando maior segurança e viabilidade a essa modalidade. A proposta foi bem recebida pela delegação paraguaia e será analisada internamente no país.
O diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, salientou a importância dos esforços bilaterais. “O diálogo com o Paraguai é fácil, simples! Conseguimos fechar acordos rapidamente”, afirmou o diretor acerca da relação com os vizinhos. Vitale também tratou sobre temas como a conexão rodovia-hidrovia, importante solução para o transporte na região, e questões relativas à fiscalização e segurança em Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, bem como em Foz do Iguaçu, atendendo à população desses locais e proporcionando isonomia entre os países.
Segundo o diretor da ANTT Guilherme Theo Sampaio, “todos esses esforços visam desburocratizar e agilizar os serviços, harmonizando procedimentos de fiscalização e tornando o transporte internacional mais eficiente e menos oneroso, fortalecendo as atividades comerciais entre os dois países”.
A comitiva da ANTT também foi composta por representantes da Assessoria de Relações Internacionais (Asint), das Superintendências de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas (Suroc), de Fiscalização dos Serviços de Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros (Sufis) e de Serviços de Transporte Rodoviário de Passageiros (Supas). Também participaram representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de empresas do setor privado.
por imprensa | out 28, 2024 | Notícias
Projeções apontam que, até 2030, investimentos em IA no setor logístico deverão crescer 27,6% por ano; entre as tendências, estão a automação de processos e as inovações com drones
Imagine um sistema que ajusta automaticamente as rotas de entrega com base no tráfego e nas condições climáticas. A IA aplicada ao setor de logística torna isso uma realidade. Ao pensar em uma empresa, considere que determinado negócio tenha destaque no mercado pela sua capacidade de atender clientes com rapidez e eficiência.
No entanto, com o aumento da demanda e a complexidade das operações, a equipe começa a enfrentar desafios. As entregas atrasam devido a congestionamentos, o que resulta em insatisfação dos clientes e aumento dos custos operacionais.
Certa manhã, durante uma reunião, o gerente de operações apresentou uma ideia: usar um sistema que ajusta automaticamente as rotas de entrega com base no tráfego. Essa é apenas uma das formas de aprimorar serviços com a ajuda da IA e garantir que cada entrega seja feita com precisão.
De acordo com o relatório “The State of AI in Logistics 2023” da McKinsey & Company, os aportes em inteligência artificial no setor logístico do Brasil alcançaram US$ 1,9 bilhão em 2023, o que representa um aumento de 46% em relação ao ano anterior, equivalente a aproximadamente R$ 9,5 bilhões. A projeção é que, até 2030, esses investimentos continuem a crescer a uma taxa anual de 27,6%.
Na logística, as empresas enfrentam desafios que envolvem a gestão eficiente de estoques, a otimização de rotas e a análise de dados em tempo real. Muitos negócios sentem a pressão para reduzir custos e aumentar a lucratividade, ao mesmo tempo em que buscam atender às crescentes demandas dos clientes sem atrasos e falhas operacionais.
A IA aplicada ao setor de logística pode transformar muitos desses problemas em oportunidades, proporcionando soluções ágeis e decisões baseadas em dados. A automação de processos e a previsão de demanda são apenas algumas das maneiras pelas quais a IA está moldando o futuro da logística.
Essa tecnologia melhora as operações diárias e oferece insights que podem alterar a forma como as empresas se conectam com seus clientes. Hoje, soluções como chatbots, análise preditiva e drones estão se tornando cada vez mais comuns em operações logísticas. Neste contexto, o uso da IA proporciona maior competitividade no mercado.
Aplicações práticas da IA na logística
A IA aplicada ao setor de logística permite calcular rotas para a entrega de produtos. Algoritmos avançados utilizam dados em tempo real, como trânsito e condições climáticas, para determinar o melhor caminho.
Esses sistemas podem reduzir o tempo de entrega e o consumo de combustível. Além disso, permite a reprogramação rápida de entregas em resposta a possíveis mudanças. Outro ponto de destaque é a previsão de demanda. Algoritmos analisam dados históricos, sazonalidade e tendências de mercado para prever a necessidade de produtos.
Essa análise ajuda na melhor alocação de recursos e na minimização de excessos ou faltas de estoque. Com dados preditivos, as empresas podem planejar campanhas promocionais e ajustar suas operações.
A gestão de inventário também se beneficia consideravelmente da IA aplicada ao setor de logística. Sistemas inteligentes monitoram níveis de estoque e analisam padrões de consumo. Isso resulta em processos automatizados que otimizam a reposição de produtos.
Ao reduzir erros humanos e melhorar a eficiência, a IA permite um controle mais preciso do inventário. Assim, as empresas podem sempre garantir que os produtos certos estejam disponíveis no momento apropriado.
Desafios da implementação da IA
A logística brasileira representa 16% do PIB e é 44% menos eficiente do que a logística dos EUA, como informa o Instituto Information Management, ao apresentar dados do Ilos, especialista em logística e supply chain. Essa ineficiência afeta diretamente os custos, que variam entre 5% e 20% da receita, em um ambiente no qual mais de 60% das empresas brasileiras enfrentam desafios nas margens.
Um dos principais desafios da IA aplicada ao setor de logística é a resistência à mudança. Muitas organizações têm dificuldade em aceitar novas tecnologias. Os funcionários podem temer a substituição de seus empregos ou a necessidade de adaptação a novas ferramentas.
Outro ponto a se considerar é a qualidade dos dados. A IA depende de dados precisos e atualizados. Dados insuficientes ou imprecisos podem levar a resultados errôneos, comprometendo a tomada de decisões.
A integração de sistemas também é um ponto importante. Muitas empresas operam com diferentes plataformas, que não se comunicam de forma eficaz. Isso pode gerar dificuldades na implementação de soluções de IA que necessitam de um fluxo de informações contínuo.
Além disso, a cultura organizacional pode ser um impasse. Em alguns casos, a falta de conhecimento sobre IA impede a sua adoção. A capacitação dos colaboradores se torna um requisito para o sucesso da integração da tecnologia.
Por último, o custo de implementação pode ser um fator limitante. Investir em IA exige aporte de recursos financeiros. Muitas organizações precisam avaliar se os benefícios superam os custos antes de decidir pela adoção.
Futuro da IA na logística
Segundo projeção da Fortune Business Insights, o mercado mundial de análise de Big Data deve crescer de US$ 348,21 bilhões para US$ 924,39 bilhões entre 2024 e 2032, com uma taxa de crescimento anual composta estimada em 13%. A tecnologia de Big Data fornece uma vasta quantidade de informações, enquanto a IA utiliza esses dados para identificar padrões, prever tendências e automatizar processos.
A implementação de IA aplicada ao setor de logística está mudando as dinâmicas do mercado de trabalho. Embora haja preocupações sobre a substituição de empregos, muitos especialistas ressaltam que a IA também cria novas oportunidades.
As funções mais simples tendem a ser automatizadas, enquanto surgem novos papéis, como analistas de dados e especialistas em IA. Esse cenário exige uma adequada formação para que os profissionais possam trabalhar em conjunto com as tecnologias emergentes.
Ainda no contexto do futuro da IA aplicada ao setor de logística, uma inovação recente é o uso de drones, que tem sido utilizado para entregas e para otimizar o transporte de mercadorias. A Amazon, por exemplo, faz entregas por drones nos Estados Unidos, na Itália e no Reino Unido, e essas entregas acontecem em menos de uma hora.
Christina Carter, que desde 2023 trabalha na Amazon e é líder do Prime Air em College Station, Texas, fala sobre a velocidade de entrega com drones. “Minha parte favorita do meu trabalho é ver o quão rápido entregamos os pedidos aos clientes. É uma coisa enorme conseguir entregar em 60 minutos”, afirma. Ela também lembra que as mercadorias entregues nesse formato devem pesar até 5 libras, ou 2 kg.
Como informa o próprio site do e-commerce, para que a entrega por drone ocorra, as residências devem passar por uma vistoria de quintal, em que são definidos os locais adequados para receber o pedido. As famílias que se inscrevem no serviço podem consultar informações sobre a vistoria e agendar horários através do site da Amazon, garantindo que estejam preparadas para receber os produtos.
Para se preparar para a entrega, os moradores devem assegurar que o marcador de entrega esteja corretamente posicionado e que a área esteja livre de obstáculos, mantendo pessoas, animais e objetos a uma distância segura. Já os moradores de apartamentos devem se dirigir à área designada para entrega assim que receberem a notificação de que seu pacote chegou, utilizando um código de acesso para entrar na área cercada.
Para solicitar um item elegível, os usuários devem adicionar o produto ao carrinho e selecionar a opção de entrega por drone ao finalizar a compra. Caso a opção não apareça, é importante verificar se o endereço é qualificado e se o item está disponível.
Com a contínua evolução da tecnologia, o setor logístico está se preparando para um futuro mais inteligente, ágil e responsivo, no qual a inovação é a chave para atender às crescentes demandas do mercado.
por imprensa | out 25, 2024 | Notícias, Outros
A sessão foi conduzida pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, e prestigiada pelos principais representantes do setor transportador brasileiro
Na manhã desta quarta-feira (23), o Congresso Nacional realizou uma sessão solene no Plenário do Senado Federal para celebrar os 70 anos da CNT (Confederação Nacional do Transporte). A homenagem foi proposta pelos senadores Laércio Oliveira (PP-SE) e Wellington Fagundes (PL-MT, atualmente licenciado), juntamente com o deputado federal Zé Trovão (PL-SC).
O evento contou com a participação expressiva de representantes do setor de transporte e logística do Brasil, presidentes de federações associadas à CNT, presidentes dos Conselhos Regionais do SEST SENAT, além de senadores, deputados federais e membros dos Poderes Executivo e Judiciário.
A sessão foi conduzida pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco. Também compuseram a mesa o presidente da CNT, Vander Costa; o senador Laércio Oliveira; a senadora Rosana Martinelli (PL/MT), suplente do senador Wellington Fagundes; o senador Nelsinho Trad (PSD/MS); a senadora Margareth Buzetti (PSD/MT); o senador Efraim Filho (UNIÃO/PB); o ministro do STF Gilmar Mendes e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Aloysio Corrêa da Veiga.
Em seu discurso, Rodrigo Pacheco destacou que uma democracia forte depende da presença de entidades que representem legitimamente os interesses dos setores econômicos da sociedade. Nesse contexto, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, com a sessão solene, reconhecem a inegável importância da CNT para o desenvolvimento do Brasil. “A Confederação realiza um trabalho imprescindível nos setores de cargas e de passageiros, apresentando soluções para os transportadores, para a sociedade e para o governo. Ao longo de sua história, a CNT tem sido uma importante parceira do Congresso Nacional, trazendo inúmeras contribuições para os debates que aqui se desenvolvem sobre temas relacionados ao setor”, afirmou Pacheco.
Ao subir à tribuna, Vander Costa ressaltou que esse momento foi além de uma simples comemoração, sendo também uma oportunidade para reconhecer o papel fundamental que a CNT desempenha na transformação do Brasil, conectando a nação por terra, água e ar. Ele reiterou que, ao longo da sua trajetória, a Confederação tem mantido uma relação sólida com o Congresso Nacional, baseada em princípios republicanos, diálogo aberto e cooperação mútua. “Como interlocutora principal das demandas do setor transportador, nossa missão tem sido contribuir, de forma efetiva, para a formulação de políticas públicas que impulsionem o desenvolvimento do transporte e, por consequência, o fortalecimento da economia nacional”.
Por fim, o presidente da CNT, Vander Costa, ressaltou a significativa contribuição do Senado Federal ao longo de seus 200 anos de história, celebrados em 2024. “Esta Casa Legislativa tem sido um pilar na consolidação da nossa democracia, moldando a história e construindo o futuro do Brasil”. Em reconhecimento a essa notável trajetória, Vander Costa entregou ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, uma placa comemorativa do bicentenário do Senado, além de um exemplar do livro “CNT: 70 Anos pelo Brasil”, que simboliza o compromisso contínuo da Confederação com o desenvolvimento do país e a evolução do setor transportador.
Transporte essencial
Durante a sessão, o ministro Gilmar Mendes destacou a relevância do transporte para o desenvolvimento da economia nacional. “O Brasil é um país – nunca é demais relembrar – com 8.514.876 quilômetros quadrados. É, portanto, o quinto maior país do planeta [em extensão territorial]”, disse. Segundo ele, isso, por si só, já seria suficiente para compreender a essencialidade do transporte para a sociedade. “Hoje é um dia para comemorar, mas, sobretudo, para que nós abramos perspectivas de desenvolvimento que tragam mais crescimento para o Brasil. Congratulo o Congresso Nacional por essa iniciativa e parabenizo a CNT pelos seus 70 anos”, enfatizou.
O presidente do TST e do CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, sublinhou o papel fundamental da CNT para o desenvolvimento socioeconômico, enfatizando sua atuação estratégica nas políticas de transporte, que fortalecem a ligação entre o setor produtivo e a sociedade. Para o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, a comemoração dos 70 anos da CNT também representa uma oportunidade de reflexão sobre os desafios e avanços futuros, destacando que a Confederação deve continuar no centro da busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o setor.
A sessão solene também contou com a presença de importantes lideranças do Sistema Transporte, incluindo o diretor de Relações Institucionais da CNT, Valter Souza; o diretor executivo da CNT, Bruno Batista; a diretora executiva adjunta da CNT, Fernanda Rezende; a diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart; o diretor executivo nacional em exercício do SEST SENAT, Vinicius Ladeira; o diretor executivo do ITL (Instituto de Transporte e Logística), João Victor Mendes, e a diretora executiva adjunta do ITL, Eliana Costa.
Ao final da cerimônia, os participantes visitaram a exposição “Transporte, o Setor que Move o Brasil – CNT 70 Anos”, que está aberta ao público no corredor de acesso ao Plenário da Câmara dos Deputados, até essa quinta-feira (24). A mostra, por meio de textos, fotos e vídeos, narra a trajetória de conquistas e desafios da Confederação.
Embora o aniversário oficial da CNT tenha sido celebrado no dia 28 de janeiro, essa solenidade reforça a continuidade das comemorações pelos 70 anos da entidade, fundada em 1954 e oficialmente reconhecida pelo Decreto nº 34.986.
Reconhecimento
Durante o evento, senadores subiram à tribuna para prestar homenagem à CNT e discursar sobre a essencialidade do transporte para o desenvolvimento nacional.
Senador Nelsinho Trad (PSD/MS)
“Na pessoa do seu presidente, Vander Francisco Costa, congratulo a CNT pelos seus 70 anos de história e de luta pela melhoria do sistema de transporte brasileiro. Viva a CNT, que transporta o progresso e a movimentação econômica positiva do nosso país!”
Senadora Rosana Martinelli (PL/MT)
“É uma honra participar [da celebração] dos 70 anos de uma das mais dinâmicas organizações brasileiras, que é a Confederação Nacional do Transporte, que representa o Brasil que tem dado certo. E esses 70 anos de existência demonstram uma disposição institucional admirável”.
Senadora Margareth Buzetti (PSD/MT)
“Ao longo dessas sete décadas, a CNT tem sido uma parceira essencial em vitórias legislativas importantes, garantindo recursos para o setor e buscando sempre a maior segurança jurídica e melhoria nas condições de saúde dos trabalhadores. Esse trabalho é contínuo e tem sido fundamental para manter o setor de transporte em crescimento e evolução”.
Senador Efraim FiIlho (UNIÃO/PB)
“A CNT tem sido primordial para o desenvolvimento do setor de transporte, seja nas discussões das políticas públicas e leis, seja no encaminhamento das demandas patronais e laborais do setor, que é um motor de crescimento econômico, integração humana e inclusão social. O setor de transporte no Brasil tem esse perfil de ser transversal. Ele dialoga com diversos setores produtivos – comércio, serviços, indústria, agro –, com a realidade do dia a dia do cidadão, do cotidiano do brasileiro”.
por imprensa | out 25, 2024 | Notícias, Outros
Desde o dia 1o de agosto, as empresas precisam se adequar à nova legislação referente aos funcionários motoristas
A saúde nas estradas depende não só da habilidade ao volante, mas também do cumprimento das exigências legais, como o exame toxicológico, que garante mais segurança para quem trafega pelas estradas.
O exame toxicológico para motoristas é uma exigência nas categorias C, D e E da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), inserido no contexto da Lei do Motorista e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Esse exame visa garantir que motoristas estejam aptos a dirigir, evitando o uso de substâncias que possam comprometer a segurança nas vias.
Com a crescente preocupação com a segurança no trânsito, entender os detalhes sobre como e quando esse exame deve ser realizado é importante na vida de quem depende da direção profissional.
Desde 1º de agosto de 2024, as empresas passaram a ter uma nova obrigação, segundo a Portaria do MTE 612/24, sobre a exigência do exame toxicológico para aqueles que atuam no transporte RODOVIáRIO de cargas e passageiros, que determina o envio desse exame ao eSocial.
O resultado do exame toxicológico deve ser enviado até o dia 15 do mês seguinte à sua realização. Para o exame toxicológico pré-admissional, o envio precisa acontecer até o dia 15 do mês seguinte à contratação.
O que mudou com a nova portaria
A Portaria MTE Nº 612/24 traz de volta a obrigatoriedade do exame toxicológico no eSocial. Essa mudança reforça a necessidade de monitorar a saúde dos motoristas, de forma que esses profissionais estejam aptos para o trabalho nas estradas.
O Evento S-2221 no eSocial é dedicado ao registro do exame toxicológico dos motoristas profissionais e deve ser preenchido com informações específicas. Os passos incluem a identificação do trabalhador, que requer a matrícula e o CPF do motorista, além de detalhes do exame, como a data, o CNPJ do laboratório, o código do exame no eSocial e o nome e o CRM do médico responsável.
O exame deve ser feito antes da contratação, de forma periódica, a cada dois (2) anos e seis (6) meses, e também no momento da rescisão do contrato do funcionário. Apenas os exames realizados após a implementação da obrigatoriedade precisam ser registrados no eSocial.
Regulamentação dos exames toxicológicos para motoristas
O exame toxicológico é regulado pela Lei 13.103/2015, conhecida como a Lei do Motorista. Essa legislação estabelece que motoristas de transporte de cargas e passageiros devem realizar o exame a cada dois anos.
A norma visa identificar o uso de substâncias psicoativas que possam impactar a capacidade de condução. Além disso, o Código de Trânsito Brasileiro inclui diretrizes que apoiam a aplicação do exame como condição para a obtenção e renovação da CNH.
O CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) e o DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) são órgãos que atuam na regulamentação do exame toxicológico. O CONTRAN é responsável por estabelecer as normas e diretrizes para a realização dos exames, enquanto o DENATRAN atua na supervisão e na aplicação dessas normas.
As resoluções do CONTRAN detalham os procedimentos que devem ser seguidos pelos laboratórios credenciados. Por exemplo, o motorista que não apresentar um exame toxicológico válido pode ter sua CNH suspensa, resultando em consequências diretas para sua profissão.
A Previdência Social e o Ministério da Economia também estão envolvidos na questão do exame toxicológico. A apresentação do exame é um requisito para que motoristas possam se cadastrar em programas de benefícios e assistência.
Isso significa que, se o motorista não realizar o exame, ele poderá enfrentar dificuldades em acessar direitos trabalhistas.
Procedimentos e requisitos para a realização do exame toxicológico
Os procedimentos para a realização do exame toxicológico envolvem regras específicas de admissões, a renovação da CNH e a escolha de laboratórios credenciados. Cada um desses aspectos é importante para garantir a conformidade legal.
Admissão e Desligamento: CLT e eSocial
O exame toxicológico é uma exigência para profissionais que atuam em transporte, conforme estabelecido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em processos de admissões e desligamentos, é importante que as empresas verifiquem a janela de detecção das substâncias psicoativas.
Os resultados devem ser registrados no eSocial. Isso inclui a justificativa para a realização do exame, que pode ocorrer em diversas situações, como quando um novo motorista é admitido ou quando há suspeitas de uso de substâncias. Caso o resultado seja positivo, a empresa deve emitir o CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) e seguir os procedimentos de aviso e comunicação aos órgãos competentes e, possivelmente, realizar a demissão.
Períodos de Renovação da CNH
A renovação da CNH exige que motoristas de categorias específicas realizem o exame toxicológico. A cada cinco anos, motoristas profissionais entre 50 e 70 anos precisam comprovar a ausência de substâncias psicoativas. Se o motorista tiver menos de 50 anos, a comprovação é a cada 10 anos.
É recomendado que o motorista fique atento às datas limites para que não haja interrupções na validade da CNH. Além disso, a prova do exame toxicológico deve ser apresentada no momento da renovação.
A seleção do laboratório para a realização do exame toxicológico deve ser feita em laboratórios credenciados, com acreditação ISO 17025.
Consequências dos resultados nos exames toxicológicos
Um resultado positivo no exame toxicológico pode resultar na suspensão imediata das atividades do motorista. Isso é vital para garantir a segurança nas estradas, pois motoristas que utilizam substâncias proibidas apresentam maior exposição a risco de acidentes. A legislação prevê a aplicação de penalidades, que podem incluir desde notificações até o encerramento do contrato de trabalho, dependendo da POLíTICA da empresa.
Após um resultado positivo, o trabalhador pode ser encaminhado para uma avaliação médica. Esse processo faz parte de um programa de controle médico de saúde ocupacional. A identificação do trabalhador e o acompanhamento médico são essenciais para determinar se ele apresenta condições de saúde adequadas para desempenhar suas funções. Dependendo do diagnóstico, pode ser recomendado um tratamento ou reabilitação antes do retorno ao trabalho.
Em muitos casos, um resultado positivo leva ao desligamento do motorista. Isso se alinha com as políticas de segurança no transporte rodoviário de cargas, que requerem que os profissionais estejam aptos a operar veículos pesados. O custo dos exames é, geralmente, custeado pelo empregador, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) assegura que todos os procedimentos estejam claros para evitar mal-entendidos.
Aspectos técnicos dos exames toxicológicos
O exame toxicológico deve ser capaz de identificar uma variedade de substâncias psicoativas, como cocaína, crack, ecstasy, heroína, maconha, anfetamina e metanfetamina. Cada substância possui uma janela de detecção distinta, o que significa que o tempo em que pode ser identificada no organismo varia significativamente.
Por exemplo, a maconha pode ser detectada até 30 dias após o uso em testes urinários, enquanto a cocaína geralmente desaparece em dois (2) a quatro (4) dias.
O exame toxicológico utiliza diferentes tecnologias para garantir a precisão dos resultados. As técnicas mais comuns incluem a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (GC-MS) e a cromatografia líquida de alta performance (HPLC).
Essas tecnologias permitem a separação e identificação de compostos químicos em amostras biológicas, como urina ou cabelo. Os resultados devem ser revisados e confirmados, minimizando assim a possibilidade de falsos positivos ou negativos.