Flat Preloader Icon

A Inteligência Artificial Inovando o TRC

A Inteligência Artificial (AI – Artificial Intelligence) era uma promessa do futuro, e hoje, se faz presente em nosso dia a dia, sendo responsável por estudar e desenvolver máquinas e sistemas capazes de pensar e agir de forma semelhante a nós, humanos. A IA vem sendo estudada e introduzida em muitos ramos, incluindo no TRC – Transporte de Carga . Ao que tudo indica, o intuito é causar o crescimento do ramo, de forma revolucionária visando melhorias. O TRC tem buscado implementar a inteligência artificial para se obter otimização na redução de
custos, planejamento de rotas, aumento da produtividade, monitoramento do condutor, rastreabilidade de cargas, e também evitar acidentes e mortes no trânsito.
É valido ressaltar que em um acidente de trânsito os danos e percas, muitas vezes são irreparáveis. Dito isso, as transportadoras estão conhecendo novos métodos para inibir tais acontecimentos. Atualmente, com a inteligência artificial é possível, detectar sinais de cansaço e de desatenção do motorista do veículo, com a finalidade de evitar acidentes e focalizar a atenção do profissional no volante. Utilizando pequenas câmeras com sensores programados para definir um molde do rosto do condutor, sendo constatado variações nesse padrão, um alerta é disparado, tanto para o motorista quanto para as centrais de monitoramento. Caso o condutor esqueça de regras básicas de segurança – como não fumar, não falar ao celular ou
deixar de atar o cinto de segurança – também dispara o alerta sonoro, assim mantendo a viagem mais segura.
Outro ponto importante da IA é a questão do rotograma. Saber exatamente os pontos de atenção e de registro de auto índice de acidentes é imprescindível para a segurança no transporte. O motorista se sente mais seguro e acolhido quando usado a tecnologia a seu favor. Os pontos de paradas são roteirizados e a questão da velocidade é monitorada. Existe também cercas eletrônicas onde o veículo não pode ir ou quando chega no site ou proximidades do cliente. Isso tudo está cada vez mais ao alcance do transportador e irá melhorar sua gestão evitando custos desnecessários e prejuízos a frota.

Para Andrew Ng (cientista da computação e líder global em IA) “É difícil pensar em uma grande indústria que não será transformada pela inteligência artificial. Isso inclui saúde, educação, meios de transporte, varejo, comunicações e agricultura. Existem caminhos surpreendentemente claros para a IA fazer uma grande diferença em todas essas indústrias”
Podemos dizer, que a IA só tem a agregar no TRC, tanto na parte operacional como dentro da empresa, onde pode ser utilizado softwares desde a captação do cliente, a operação, a segurança e ao administrativo. Hoje o transportador pode monitorar em tempo real a viagem do seu motorista, de modo que obtém informações para eficácia da entrega da carga em seu destino final, assim garantindo a qualidade de serviço e obtendo a fidelidade e satisfação do cliente.
É notório, que o mundo está cada vez mais tecnológico, apesar de muitos acreditarem que o transporte se baseia somente em veículo e carga, não é bem assim, e para que seja mantido o modal rodoviário, o mais utilizado no país, é necessário que seja implementada a inteligência artificial, mantendo o ramo, como sempre, em destaque e ampliação.

Referência
Cossetti, Melissa Cruz . Jornalista e professora.: Tecnoblog.

Disponível em: https://tecnoblog.net/responde/o-que-e-inteligencia-artificial/.

Acesso em 26 de abr. de 2023.

Oliveira, Aline. Transporte de Cargas.: Praxio by nstech.

Disponível em: https://blog.praxio.com.br/inteligencia-artificial-no-transporte/.

Acesso em 27 de abr. de 2023.

Ng, André. cientista da computação e líder global em IA In.: Forbes.

Disponível em: https://forbes.com.br/principal/2019/07/as-13-melhores-citacoes-sobre-o-futuro-dainteligencia-artificial/#foto2.

Acesso em 18 de mai. de 2023.

Por: Fabio Fagundes – COMJOVEM ABC

O TRC andando junto da Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) vem revolucionando diversos setores e agora também está transformando o transporte de cargas. A aplicação da IA nessa área tem possibilitado a criação de soluções mais eficientes e seguras para o transporte de mercadorias.

Uma das principais vantagens da utilização da IA no transporte rodoviário de cargas é a capacidade de analisar grandes quantidades de dados em tempo real. Com isso, é possível obter informações precisas e atualizadas sobre a situação das estradas, condições climáticas e tráfego, possibilitando um planejamento mais eficiente das rotas de transporte. A IA também tem possibilitado a criação de sistemas de monitoramento em tempo real, que permitem o acompanhamento da carga desde o momento do carregamento até a sua entrega ao destino final. Isso traz maior segurança e confiabilidade para o processo de transporte de cargas. Outra aplicação da IA no transporte rodoviário de cargas é a otimização da manutenção dos veículos. Com a utilização de sensores e análise de dados, é possível identificar antecipadamente possíveis falhas e realizar a manutenção preventiva, evitando problemas mais graves e custosos. Automatização de processos, como a gestão de estoque e a emissão de documentos fiscais são vantagens trazidas pela tecnologia. Com isso, é possível reduzir erros e agilizar a operação logística. Com a análise de dados sobre rotas e tráfego, é possível otimizar a utilização dos veículos e reduzir o consumo de combustível, trazendo soluções sustentáveis tanto para as empresas de transporte quanto para o meio ambiente,

O desenvolvimento das ferramentas de IA traz grandes ganhos para as empresas de transporte de cargas rodoviárias. Com a utilização dessas soluções, é possível reduzir custos, aumentar a eficiência operacional e melhorar a qualidade do serviço prestado, o que pode levar a um aumento na satisfação dos clientes e, consequentemente, a um aumento na competitividade das empresas no mercado.

A Inteligência Artificial é uma tecnologia que vem transformando diversos setores, e no transporte rodoviário de cargas não é diferente. A aplicação da IA tem possibilitado a criação de soluções mais eficientes e seguras para o transporte de mercadorias, trazendo grandes benefícios para as empresas de transporte e para o meio ambiente. A adoção das ferramentas de IA é um caminho sem volta para o setor logístico, e as empresas que se adaptarem mais rapidamente a essa nova realidade terão maiores chances de sucesso e competitividade no mercado.

Por: Hudson Rabelo – COMJOVEM Centro Oeste Mineiro

Metodologias ágeis aplicadas no TRC

Falar sobre agilismo é algo que aprecio muito desde o primeiro momento em que tive contato com este modelo de gestão. Em 2018 tive a oportunidade de conhecer desenvolvedores de softwares que trabalhavam em uma empresa com este mesmo fim em Belo Horizonte. Bastou apenas a oportunidade de um prazeroso happy hour para que eu compreendesse que aquilo era um fantástico modelo de gestão.

Dentre muitas pesquisas que fiz naquela época, percebi que todos os artigos e conteúdo que eu encontrava eram apenas direcionados para desenvolvimento de sistemas ou empresas com alta tecnologia em seu dia a dia. Aquilo de certa forma me deixava incomodado, por não poder aproveitar todo o potencial da ferramenta no dia a dia de uma transportadora. Foi então que, ainda naquela época, decidi aprofundar meu conhecimento e realizar os primeiros estudos técnicos para desenvolvimento de uma metodologia ágil voltada para logística e transportes, descobrindo assim todo o histórico e as ferramentas existentes neste modelo de gestão.

Historicamente o movimento iniciou-se nos anos 2000 quando um grupo de desenvolvedores, incomodados com os atuais modelos de gestão no desenvolvimento de softwares, decidiram criar a “Agile Alliance”, para então criar algo que se tornou fundamental para o desenvolvimento de softwares – e de outras atividades – para as próximas década, o Manifesto Agile. Neste manifesto foram organizados 12 princípios – dispostos cada um em uma pequena frase – a serem seguidos no desenvolvimento de softwares.

Neste artigo demonstrarei de maneira prática e intuitiva utilização de alguns dos 12 princípios em uma gestão de empresas de logística e transporte, que sempre dispondo primeiramente o conceito original e depois exemplificando a sua aplicação a nossa realidade.

Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente através da entrega contínua e adiantada de software com valor agregado. Para adaptar este princípio ao nosso dia a dia realizamos a divulgação contínua da importância no atendimento de qualidade ao cliente. Adaptamos a entrega contínua para o conceito de sempre entregar o melhor serviço possível para o cliente, evitando erros de operação e buscando sempre superar suas expectativas. Para atendimento pleno deste item o treinamento deve ser contínuo o uso de pesquisas de satisfação e o controle do NPS. Em caso de níveis altos de insatisfação a tratativa é realizada através de realinhamento de cultura de atendimento.

Mudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das mudanças visando vantagem competitiva para o cliente. Este princípio foi fundamental para criarmos dois desdobramentos. Primeiramente o entendimento que as coisas mudam constantemente e por isso devemos sempre estar preparados para tirar lições e aprendizados. Em segundo, incentivamos sempre a divulgação de sugestões e opiniões na empresa, seja através de simples caixas de sugestões até o uso de momento específico durante a escuta ativa realizada pela nossa psicóloga organizacional e gestores. Entendemos que aqueles que estão em campo são os melhores agentes de sugestões e de transformação.

Pessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto. Este princípio foi base para implantação da cultura de “visão de dono” por parte de todos os nossos colaboradores. Realizar constantemente reuniões de cultura e mentorias em todos os níveis da companhia é fundamental para que todos se sintam pertencente ao propósito maior da empresa e assim consigam trabalhar em equipe com um objetivo comum, livre de interesses próprios ou do setor. Este de fato é um princípio que leva tempo para ser implementado, principalmente por se tratar de uma mudança cultural profunda. Foi implementado também o conceito de squads, que são equipes interdisciplinares para desenvolver ações de resolução de problemas nos mais diversos setores da empresa. Através dos squads as pessoas entendem o problema sob a perspectiva do outro e existe de fato, empatia para a resolução de desafios.

Construa projetos em torno de indivíduos motivados.Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalho. Criamos um ambiente que aproximasse as pessoas e as deixassem mais confortáveis no seu dia a dia. Espaço de jogos, sala de descompressão foram ferramentas com um ótimo custo benefício. Autonomia é outro ponto fundamental desta transformação. Dar autonomia aos membros da equipe faz parte do processo de crescimento da equipe e da empresa. Erros podem acontecer; contudo criar mecanismo para minimizar os reflexos destes erros é fundamental. Através do erro é possível aprender e melhorar.

O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para e entre uma equipe de desenvolvimento é através de conversa face a face & Em intervalos regulares, a equipe reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu comportamento de acordo. Investimento em ferramentas de comunicação, organização e planejamento deve ser parte obrigatória de qualquer transformação ágil, mas deve-se preocupar também com treinamento e bom uso destas ferramentas. Outras duas ferramentas são o one o one e a daily scrum. A one o one é a reunião que todo gestor deve realizar com todos os membros de sua equipe, sendo de no máximo 15-20 minutos. Nesta reunião o gestor deve estar aberto a escutar as necessidades do seu liderado, aconselhar em aspectos profissionais e sobretudo dar um feedback do trabalho desenvolvido pelo liderado. A daily scrum é uma reunião diária de 30 minutos com todos os membros da equipe onde em 5 minutos cada membro expõe as atividades realizadas no dia anterior, as atividades que pretende realizar no dia e expõe dificuldades que está enfrentando para que todos possam tentar contribuir.

Perceba que estes dois “cultos gerenciais” reforçam não só este fundamento, mas também diversos outros presentes no manifesto original. & Software funcionando é a medida primária de progresso. Para atendimento deste princípio investimos em ferramentas de controle e gestão para que todos os processos seguissem seu fluxo normal. O bom andamento dos processos é de fundamental importância para o sucesso da empresa.

Simplicidade – a arte de maximizar a quantidade de trabalho não realizado-é essencial. Este princípio é fundamental e o mais bem aceito na equipe. Criar ideias simples é fundamental para a execução de um bom trabalho. Realizar o trabalho de forma simples é muitas vezes o mais assertivo. O uso de MVP é de fato a ferramenta mais utilizada em nossa corporação. Incentivamos de maneira constante o uso de modelo para todas as iniciativas.

Percebemos que conceitos simples com aplicações práticas e diretas podem trazer inúmeros benefícios para nossas empresas. A aplicação da metodologia ágil ainda que de forma simplificada é o futuro da gestão moderna e nós, gestores do futuro, temos que investir em ferramentas e pessoas para que consigamos cada vez mais resultados. Mesmo sendo um conceito com mais de 20 anos, a metodologia ágil nunca foi tão atual e ao mesmo tempo vanguardista.

Por: Antonio Lodi – COMJOVEM Belo Horizonte

Transporte e a Gestão Ágil

A gestão ágil (agile management) e o uso de métodos ágeis para gestão de projetos tem sua origem bem documentada no ano de 2001, quando foi publicado o “Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software”. O documento foi fruto de uma reunião entre pensadores independentes voltados ao desenvolvimento de software. Os princípios contidos no documento foram formulados com o objetivo de tornar os processos de desenvolvimento de software menos pesados e menos voltados à documentação.1

De forma sintética, o desenvolvimento ágil de software quebra o processo de desenvolvimento em pequenos incrementos (iterações), de curto espaço de tempo.

Ao final de cada iteração, o objetivo é ter um produto em estado que possa ser entregue ao usuário, livre de grandes problemas, mesmo que no fim das contas esse produto acabe não sendo disponibilizado imediatamente.2

Como o desenvolvimento ágil é descrito em princípios e ideias gerais, e não em metodologias precisas e específicas, naturalmente esses princípios passaram aos poucos a serem aplicados à gestão de processos e projetos fora do desenvolvimento de software. Dessa aplicação e da associação dos métodos ágeis ao lean management, surgiu o agile management, ou gestão ágil.

Por se fundar no desenvolvimento ágil de software, a gestão ágil também herda seus princípios, inscritos no manifesto ágil, que são doze, de forma simplificada: satisfação do cliente pela entrega contínua; mudança dos requisitos em todas as fases do processo; entregas frequentes; trabalho conjunto entre gestores e desenvolvedores; motivação dos indivíduos, com ambiente e suporte necessário e confiança no trabalho; transmissão presencial de informações; o resultado final é a medida do progresso; manutenção de ritmo constante, indefinidamente; atenção à excelência técnica e bom design; simplicidade; equipes auto-organizáveis; reflexão interna e ajuste de conduta das equipes.

Como pode ser deduzido, esses princípios, apesar de terem sido elaborados em um ambiente de desenvolvimento de software, estabelecem práticas fundamentais que tem a potência de otimizar projetos de desenvolvimento de produtos e serviços nas mais variadas atividades econômicas. O transporte de cargas (TRC) não está excluído desse rol de atividades.

No transporte rodoviário de cargas o tempo entre o “desenvolvimento” do serviço e a entrega ao cliente é medido em dias, ou mesmo em horas. Isso é ideal para a aplicação dos métodos ágeis, tendo em vista que estes foram desenvolvidos exatamente para janelas curtas de tempo, em que um produto mínimo viável (do inglês minimum viable product ou MVP) precise ser entregue ao cliente. No TRC o cliente espera entregas constantes, com iterações e melhorias a cada entrega. Por meio da aplicação dos métodos, cada operação de transporte pode se aprimorada com as melhorias desenvolvidas após a última “entrega”.

Como se vê, os princípios enunciados no Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software são largamente compatíveis com o transporte rodoviário de cargas, talvez com alguns ajustes. O que pode impedir sua aplicação, todavia, são as resistências culturais. Os mesmos mecanismos de gestão tradicional que prolongam o tempo de entrega dos produtos e serviços acabam por criar barreiras culturais, ou de mindset3, que impedem a implantação desses princípios.

A chave para mudança dessa forma de pensar, então, reside na alta gestão da empresa. Mudanças de cultura corporativa não podem, ou ao menos não deveriam ocorrer “de baixo para cima”. Esses movimentos devem ser iniciados e fomentados pela diretoria, que deve se tornar em um exemplo de adoção das novas práticas. Para uma adoção eficaz dos métodos ágeis, a direção precisa primeiro implantá-los em seus próprios processos decisórios e exigir o mesmo de seus subordinados imediatos. Aos poucos, com a persistência e o engajamento da equipe, sempre com o fornecimento das ferramentas de trabalho necessárias, a cultura ágil se implantará.

Por fim, resta dizer que os princípios de gestão ágil são de fato meras ferramentas, de forma que o seu uso eficaz exige intenção e aprendizado. Assim, não basta que a empresa contrate consultorias ou realize treinamentos com seus colaboradores se não houver genuíno investimento da alta gestão na adoção dos princípios introduzidos pelo Manifesto Ágil.

  1. HIGHSMITH, Jim. History: The Agile Manifesto. 2001. Disponível em: https://agilemanifesto.org/history.html. Acesso em: 25 set. 2022.
  2. TOTVS. Metodologia ágil: o que é e como implementar. 2021. Disponível em: https://www.totvs.com/blog/negocios/metodologia-agil/. Acesso em: 25 set. 2022.
  3. Forma de pensar.

Por: Guilherme Cesca Salvan – COMJOVEM Região Sul de Santa Catarina

Tendências de ESG no transporte de cargas: Quais oportunidades o transporte rodoviário de cargas pode encontrar nas práticas de Governança Ambiental, Social e Corporativa?

O transporte tem uma grande participação na logística do Brasil e quando observamos este cenário sob perspectiva ambiental, são muitos desafios. Enquanto representa cerca de 65% do carregamento no transporte de carga nacional, o modal é acompanhado por seu grande potencial de poluição e impactos na sociedade.

Somente em 2020, o setor de transportes emitiu mais de 185 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (que inclui dióxido de carbono e outros gases associados ao efeito estufa), de acordo com a Análise das emissões brasileiras de gases de efeito estufa, desenvolvida pelo SEEG, do Observatório do Clima.

Esse consumo de combustíveis fósseis nas estradas brasileiras, em especial o diesel, é influenciado pela idade da frota, falta de planejamento logístico e, inclusive, as condições de trânsito. De acordo com a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a falta de infraestrutura nas rodovias pode aumentar em 91% os gastos de abastecimento e de reparo dos caminhões.

Não é toa, cada vez mais se discutem as aplicações de critérios de ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) no setor. Para além dos impactos ambientais e sociais, isso afeta também a reputação das empresas – e até mesmo as oportunidades de investimentos.

De acordo com a Pesquisa Global com Investidores 2021 da PwC, 79% dos investidores consideram os riscos e as oportunidades ESG um fator importante na decisão de aplicações. Ainda, 49% deles também afirmaram a intenção de desfazer o investimento se a empresa não tomasse ações para tratar as questões ESG.

O ESG no transporte de cargas

Com a forte influência do mercado, incentivos governamentais e instituições internacionais, se torna indispensável para transportadoras, embarcadores e profissionais da área incluírem os princípios de ESG em suas estratégias de negócio. Seus benefícios já podem ser observados.

Estudos apontam que medidas como a renovação e modernização da frota, utilização de sistemas de informação para rastreamento e acompanhamento da frota, e treinamento de motoristas continuam sendo as práticas mais frequente no transporte rodoviário de carga e juntas podem reduzir custos operacionais decorrentes do consumo de combustível e levar a até 30% de redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE).

De acordo com o Programa de Logística Verde Brasil, as empresas que aplicaram as Boas Práticas para o Transporte de Carga apresentaram resultados bastante significativos quanto a redução do consumo de energia e da emissão de gases de efeito estufa (GEE) sem comprometer os custos operacionais e o nível de serviço logístico, podendo ainda promover a redução de custos operacionais e impactos ambientais do transporte e movimentação de cargas, sem prejudicar a qualidade do serviço prestado.

Transição Energética no Setor de Transportes

Entre os avanços mais impactantes, temos o aumento na busca por fontes energéticas, principalmente as renováveis, para um transporte mais limpo. Mesmo sendo mais caros que os a diesel, veículos comerciais elétricos e a gás ganham espaço no Brasil e vendas mantêm tendência de alta.

Segundo dados da Anfavea, os caminhões, ônibus e furgões elétricos e a gás apresentam alta de 840% em 2022. Conforme a associação das montadoras, 602 unidades foram emplacadas de janeiro a junho deste ano, ante 64 exemplares no mesmo período de 2021. Ou seja, o resultado do primeiro semestre é 47,5% maior que o acumulado dos 12 meses do ano passado.

Gerenciamento de riscos aliado às práticas de ESG

É inevitável pensar em boas práticas de governança ambiental, social e corporativa sem considerar o gerenciamento de riscos para o transporte de cargas como um grande aliado. Ao contar estratégias de análise de riscos, medidas de prevenção de perdas e gestão de crises, as organizações protegem seus investimentos na modernização de frota, cultura de sustentabilidade e responsabilidades.

Podemos citar ainda recursos de seguro de carga, como RCTRC-C e RCF-DC, e ainda o RC Ambiental, que atuam como ferramentas para mitigar danos e reparar prejuízos, tanto para o meio ambiente, colaboradores e sociedade em geral.

Por: Fernanda Mateus – COMJOVEM Região Sul de Santa Catarina