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Venda de implementos cresce 45% no primeiro semestre

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), o número de veículos novos emplacados no 1º semestre deste ano foi 45% maior em comparação ao mesmo período de 2018. Dentro dos segmentos que impulsionaram as vendas destacaram-se o farmacêutico e o e-commerce.

De acordo com a Osmar Oliveira (foto), CEO da 4TRUCK, uma das principais fornecedoras de implementos, o crescimento tem motivos diferentes para cada um dos setores.

“O farmacêutico aumenta porque, conforme regulações do setor, o transporte de medicamentos precisa ser feito com temperatura controlada. Dessa forma, se exige a necessidade da renovação das frotas por parte das transportadoras, que precisam de baús isotérmicos. Já o e-commerce é reflexo do comportamento do consumidor, que cada vez mais compra pela internet. Logo, gerando a necessidade das empresas em investirem em veículos para o transporte de carga”.

A companhia registrou um aumento de 72% nas vendas, em relação ao primeiro semestre de 2018. Segundo os dados da 4TRUCK, o setor que registrou maior aumento nas vendas foi de unidades móveis. Em comparação com o primeiro semestre do último ano, houve um aumento de 150% nas vendas pela empresa.

Governo lançará app para caminhoneiro calcular frete em cada viagem

Caminhoneiros autônomos, categoria que parou o país em uma greve contra o aumento do óleo diesel em maio de 2018, contarão com um aplicativo de celular para que possam calcular o valor do frete em cada viagem, a partir dos novos parâmetros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O recurso tecnológico foi desenvolvido pela estatal Serpro, a pedido do Ministério da Infraestrutura. A última versão do app foi apresentada aos representantes dos caminhoneiros, das transportadoras e do setor produtivo que se reuniram com integrantes do governo na semana passada no “Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Carga”.

O aplicativo de celular será disponibilizado de forma gratuita nas lojas virtuais. A ideia é permitir que os caminhoneiros saibam o valor mínimo (piso) que poderão cobrar em cada viagem ao fornecer informações sobre valor de pedágio, previsão de parada e pernoite, entre outras.

O governo deve lançar o aplicativo após a publicação da nova tabela de frete, o que está previsto para sexta-feira (19). Na tarde desta terça-feira, a diretoria do órgão deve aprovar resolução com os novos parâmetros de cálculos elaborados pelo grupo de pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

AEB projeta queda nas exportações e importações e superávit comercial negativo de US$ 52,2 bilhões

Os dados projetados pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para a balança comercial em 2019 mostram exportações de US$ 223,757 bilhões, uma queda de 6,7% em relação a 2018; importações de US$ 171,509 bilhões, um declínio de 5,4%; e um superávit comercial negativo de US$ 52,248 bilhões, uma perda de 10,9% na comparação com o ano anterior.
 
José Augusto de Castro, presidente da AEB, frisa que o superávit comercial a ser obtido pelo Brasil em 2019 será triplamente negativo. “Este ano podemos esperar queda nas exportações, nas importações e do próprio superávit, que, ainda que robusto, não irá gerar atividade econômica, proporcionada pela corrente de comércio, que também tem previsão de queda de 6,1%”, destaca.
 
O levantamento aponta que a corrente de comércio projetada para 2019 é de US$ 395,266 bilhões, menor que os US$ 421,114 bilhões apurados em 2018 e, ainda, mais distante do recorde de US$ 482,292 bilhões obtidos em 2011.
 
A guerra comercial entre EUA e China e, indiretamente, com a União Europeia; a crise nuclear EUA/Irã; a peste suína na China, com impactos nas negociações da soja e das carnes; o rompimento da barragem de Brumadinho, e seus reflexos no comércio de minério de ferro; a reversão das projeções de crescimento do PIB brasileiro; o menor crescimento do PIB da China; e o agravamento da crise econômica na Argentina, são fatores que o presidente da AEB aponta como indícios para a queda nos negócios.
 
As exportações brasileiras de manufaturados, à exceção de 2018, desde 2014 permanecem estagnadas, em patamar inferior a US$ 80 bilhões e em valores menores que as exportações de 2007. José Augusto atribui esta estagnação à forte crise econômica pela qual passa a Argentina, já que o país vizinho é o segundo maior importador de manufaturados brasileiros, quadro que deve se manter em 2019. “Porém, este ano, o Brasil poderá ter déficit comercial com aquele país, o primeiro desde 2003”, prevê.
 
O levantamento da AEB aponta que as exportações do Brasil para a Argentina estão em forte queda. Em 2017 foram US$ 17,619 bilhões, e caíram em 2018 para US$ 14,951 bilhões. A projeção para 2019 é de nova queda, atingindo o montante de US$ 10,200 bilhões.
 
Apesar da indicação de fortes oscilações em 2019, os três principais produtos de exportação (soja, petróleo e minério de ferro) manterão representatividade próxima de 32%, consolidando o peso das commodities nas exportações e no superávit comercial. “Isto reforça a imperiosa necessidade de reformas estruturais para reduzir o Custo-Brasil e gerar competitividade nas exportações de manufaturados”, enfatiza Castro.
 
Particularidades
 
Todos os 10 principais produtos exportados pelo Brasil são commodities, sem nenhum manufaturado, o que comprova a perda de competitividade deste segmento. De acordo com o levantamento da AEB a soja, pelo quinto ano consecutivo, será o principal produto de exportação do Brasil, com o petróleo na segunda posição e o minério de ferro em terceiro, mas com pequenas diferenças entre si.
 
O estudo aponta também que até junho foram embarcadas 44,5 milhões de toneladas de soja em grão, representando 62% dos 72 milhões de toneladas previstos para embarque em 2019.
 
A projeção, ainda de acordo com o levantamento, é de que a taxa cambial para o final de 2019 poderá ser influenciada pelo nível dos juros nos Estados Unidos, por eventuais decisões do Presidente Trump, por decisões do governo Bolsonaro e pela aprovação das reformas estruturais. As cotações devem oscilar entre o mínimo de R$ 3,65 e R$ 3,90.
 
A análise de Castro é de que em 2019 o elevado Custo-Brasil manterá o Brasil excluído das cadeias globais de valor e, indiretamente, provocará seu isolamento comercial, tendo como resultado um baixo volume de exportações de produtos manufaturados e a perda de empregos qualificados.
 
Os dados projetados de exportação e importação para 2019 sinalizam que o Brasil ocupará, respectivamente, a 29ª posição no ranking de exportação e a 30ª em importação, além de manter estagnada, ao redor de 1,1%, a participação nas exportações mundiais.

SETCEPAR conquista liminar junto à Justiça Federal do Paraná

O SETCEPAR, por meio de sua assessora jurídica, Dra. Lucimar Stanziola, conquistou liminar da Justiça Federal do Paraná para aplicar a retroatividade da Resolução da ANTT nº 5.847/19 em multas aplicadas em períodos anteriores a 22/06/2019.

Em caráter liminar e adotando precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Justiça entendeu ser possível a “aplicação retroativa da lei administrativa sancionadora benéfica ao infrator”.

Assim, a empresa que foi multada em R$ 5 mil por infração ao Artigo n° 36, I, da Resolução n° 4.799/15, por evadir, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar a fiscalização durante o transporte de carga,  poderá garantir o juízo para suspender a execução ou o apontamento no cadastro negativo do SERASA. Para isso, deverá depositar R$ 550,00, o novo valor definido pela Resolução em questão, até o julgamento final do processo.

 

Dúvidas e informações pelo telefone (41) 3014-5151 ou pelo e-mail juridico@setcepar.com.br

Ponte Santos-Guarujá terá pedágio e visa atender tráfego entre estradas, diz Ecovias

A ponte para interligar as duas margens do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, proposta pela Ecovias, concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), visa atender o fluxo de veículos entre rodovias. A informação foi dada pela empresa, que também admitiu a necessidade de pedágio, durante audiência pública. O encontro reuniu 35 participantes, que se manifestaram contra e a favor do projeto.

A audiência foi a única prevista no licenciamento para a obra e lotou o Teatro Guarany, no Centro de Santos, na noite de terça-feira (16). Esta etapa condicionante previa a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (Rima), já entregues à autoridade ambiental, além do debate sobre o empreendimento.

O diretor superintendente da Ecovias, Rui Klein, abriu o encontro resumindo o projeto e encerrou, após questionamentos dos inscritos, respondendo algumas das demandas. Ele disse que a proposta da concessionária visa prioritariamente otimizar o tráfego entre as rodovias Anchieta (SP-150) e Cônego Domênico Rangoni (SP-055).

Klein explicou que o projeto quer encurtar a distância e reduzir o tempo de viagem entre as margens do porto. Segundo ele, a intenção é atender à demanda do tráfego comercial, principalmente entre os caminhões e carretas que precisam acessar terminais marítimos e empresas localizadas nas duas margens do Porto de Santos.

O local onde está prevista a ponte, conforme o diretor da Ecovias explicou, foi escolhido para atender essa demanda: entre a Alemoa e a Área Continental de Santos. Foram analisados sete pontos para uma ligação seca, mas segundo ele o “fundo do canal”, como definiu, é a área ideal para desenvolver o projeto no qual a empresa se propõe a fazer.

Apesar do objetivo principal do empreendimento não ser o de atender o fluxo de veículos de dentro das cidades, o superintendente afirmou que é possível que a ponte possa retirar até 50% do atual tráfego da travessia de balsas entre Santos e Guarujá. “Os modelos já mostram que se existir uma opção, o motorista vai preferi-la”, afirmou.

Rui Klein também admitiu a instalação de um pedágio, mas utilizou a palavra “bloqueio” para nomeá-lo – houve reação contrária da plateia durante essa fala. O executivo disse que é preciso garantir a manutenção do trecho e explicou que poderia ocorrer a “fuga” de tráfego da Domênico Rangoni, onde já há cobrança, prejudicando o sistema.

O diretor da Ecovias também afirmou que estuda eventuais impactos na Brasil Terminal Portuário (BTP), que opera contêineres em uma área vizinha ao acesso à ponte na margem direita. Entretanto, ele garantiu que o projeto está adequado ao desenvolvimento do porto no que diz respeito a outros terminais e a passagem de navios e cargas especiais.

Mais diálogo

 

Trinta e cinco participantes, entre empresários, representantes de entidades e munícipes, se inscreveram previamente para participar das discussões. Entre as principais dúvidas levantadas estão os reais impactos ocasionados, danos à natureza, limitações ao futuro do porto e do aeroporto civil, além da real contribuição à sociedade.

O secretário de meio ambiente de Santos, Marcos Libório, afirmou que a prefeitura defende uma ligação seca, mas espera a conclusão das discussões para saber a melhor. “A proposta hoje é um projeto de ponte. Se vai ser definitivo, a gente não sabe ainda, então teremos que aguardar um pouco. Mas essa etapa é muito importante”.

O secretário adjunto de meio ambiente de Guarujá, Ricardo de Souza, disse que a municipalidade também defende a construção de uma ligação entre as cidades, independentemente do projeto, mas que está preocupada com eventuais contrapartidas aos danos no meio ambiente. “Haverá compensação ao Guarujá?”, questionou.

O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, que já declarou preocupação com limitações ao desenvolvimento do Porto de Santos em decorrência da ponte, acompanhou as discussões, mas não quis falar com os jornalistas. Ele se pronunciou por meio de nota, após o encerramento do encontro.

“A autoridade portuária continua aberta para construir soluções em conjunto com o governo do Estado de São Paulo no sentido de encontrar a melhor solução de infraestrutura que não limite a expansão do porto e resolva verdadeiramente a necessidade de uma travessia seca que sirva à mobilidade urbana entre Santos e Guarujá”, declarou à imprensa.

O presidente da BTP, Ricardo Arten, cuja expansão do terminal pode ser comprometida por causa do traçado da ponte, defendeu o diálogo para encontrar uma solução benéfica não somente ao porto, mas também para as cidades. “Não somos contra uma ligação seca, mas também não queremos restrições. O debate é importante”, afirmou.

A audiência pública foi presidida pelos membros do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que avaliam agora as discussões e eventuais questionamentos a serem respondidos pela empresa ao órgão. O parecer do Consema será apresentado à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para emitir ou não as licenças da obra.

Um século sem solução

 

Há pelo menos 92 anos, empresários e políticos apresentam projetos de uma ligação seca entre Santos e Guarujá. Essa história teve início quando o Governo de São Paulo era dirigido por Júlio Prestes, passando por Adhemar de Barros e as administrações de José Serra e Geraldo Alckmin, nas últimas duas décadas. Todos eles fracassaram.

Em fevereiro, entretanto, já no governo de João Doria, o secretário de Logística e Transportes de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, confirmou que as obras da ponte que ligará Santos e Guarujá vão sair do papel. O projeto que está em andamento foi divulgado pelo ex-vice-governador do estado, Márcio França, no fim de 2018.

A proposta foi apresentada pela Ecovias, concessionária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes. De acordo com o documento, a ponte terá cerca de 7,5 quilômetros de extensão entre a entrada de Santos e o acesso à Ilha Barnabé (Área Continental), 85 metros de altura e 325 metros de largura entre os pilares no vão principal.

A estrutura proposta é contestada pela atual gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que observa riscos ao desenvolvimento do Porto de Santos e defende a construção de um túnel entre as margens. Enquanto a ponte tem custo estimado de R$ 2,9 bilhões, a ligação submersa deve custar em torno de R$ 3,2 bilhões.