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Presidente da CNT avalia como o transporte está sendo impactado pelo desempenho da economia

O presidente da CNT e dos conselhos nacionais do SEST e do SENAT, Vander Costa, fez uma análise sobre como o setor de transporte está sendo impactado pelo momento atual da economia brasileira. Ele conversou com a Agência CNT de Notícias sobre o novo estudo divulgado pela Confederação nesta semana, o Conjuntura do Transporte – Desempenho do Setor. Vander Costa lembrou que o transporte reflete a economia, e o crescimento está aquém do esperado. Entretanto, ele mantém a expectativa de melhoria da situação do país, especialmente após a reforma da Previdência. “A reforma em si não muda muito, mas gera credibilidade. A iniciativa privada vai investir e recuperar a economia com emprego e renda.” Ao avaliar a situação atual dos diferentes modais, o presidente da CNT lembra que o é o segmento mais afetado no setor, especialmente no Rio de Janeiro, pelas ocorrências do roubo de cargas. Leia a entrevista a seguir:

Qual a análise podemos fazer sobre o desempenho do setor de transporte?

O transporte reflete a economia brasileira, que está passando por um pequeno crescimento, da ordem de 1%. Isso é muito menos que o Brasil precisa, e o transporte vai na mesma situação. Afinal, a gente transporta aquilo que é produzido.

Pelo estudo da Confederação, o modal rodoviário tem sofrido maiores impactos, com o fluxo de veículos 8,8% abaixo do registrado antes da crise (início de 2014). Os diferentes modais estão sendo afetados também de formas diferentes. O ferroviário cresceu em 2018, mas teve queda de 3% neste início de ano. O aquaviário e o aéreo apresentaram cenários positivos no final do ano passado e nesse início de ano. O transporte de carga geral na cabotagem teve alta de 38% no segundo semestre do ano passado.

O rodoviário está sofrendo um pouco mais. Ele trabalha mais com carga industrializada, e é consequência da indústria o fato de estar perdendo participação no PIB. Quem sofre mais com a perda da indústria é o rodoviário. Existe também uma migração natural para outros modais, para a ferrovia e para a cabotagem. No nosso modo de ver, isso é até positivo. O Brasil tem uma costa muito grande e, apesar de a cabotagem estar crescendo, o potencial de crescimento é ainda bem maior.

No caso do rodoviário, tem ainda o problema da falta de segurança pública. Qual é o pleito do setor de transporte para a melhoria das condições na trafegabilidade?

A questão da segurança pública no modal rodoviário é o roubo de carga, que ainda encarece mais o preço do rodoviário e faz com que a competição com outros modais seja mais acirrada. Nosso pleito, junto com o governo, é no sentido de combater efetivamente o roubo de carga, atingindo quem se beneficia do roubo de carga, que é o receptador. No final do ano passado, conseguimos aprovar no Congresso uma lei que suspendia o CNPJ de quem fosse comprovadamente receptador. Infelizmente, no começo deste ano, o presidente Bolsonaro vetou. Mas o trabalho continua, e esperamos que agora o governo tome a iniciativa de realmente atacar o roubo de carga, nem tanto aumentando o tempo de prisão de quem foi o agente que roubou a carga, mas atingindo o objetivo de quem rouba carga, que é o lucro. Entendemos que é uma punição econômica que vai fazer com que se desestimule o roubo de cargas.

No caso do ferroviário, percebemos o impacto por causa da questão das barragens de Brumadinho, da Vale. É um momento de incerteza? 

O ferroviário perdeu carga por conta do recuo da mineração em Minas Gerais decorrente do rompimento da barragem de Brumadinho. O que defendemos nesse caso específico é que o governo, as autoridades, o Ministério Público, em vez de querer penalizar a Vale com multas altíssimas, faça um acordo para que ela invista na região para gerar emprego e renda. Essa é a única forma que vemos de repor a perda pessoal e patrimonial que a população de Brumadinho sofreu. Esse é o caminho que vai fazer com que a Vale recompense os moradores da região.

Na questão do modal aéreo, percebemos uma certa recuperação. Mas tem ainda o impacto do preço do combustível, o querosene da aviação ainda é muito alto, oscilações em taxas de câmbio. O que podemos falar do setor aéreo em relação ao desempenho do setor?

O modal aéreo está passando agora por um aumento de tarifa em função da saída da Avianca do mercado. Os passageiros vão assustar com aumento de 20% a 30% no preço das passagens. Mas se voltarmos atrás, no preço de passagens que era praticado no Brasil antes da alteração da legislação, da liberdade de trabalhar, de colocar as bagagens como facultativa, o tíquete médio no Brasil era R$ 700. E agora está de R$ 340. Então, vai passar de R$ 340 para R$ 400, R$ 450. É um aumento em função do mercado, da oferta e procura. O que buscamos no aéreo é o mesmo que buscamos para viabilizar a infraestrutura. É uma legislação no Brasil que permita a entrada do capital estrangeiro com segurança jurídica.

De forma geral, qual é a expectativa do senhor para o transporte em 2019 nesse contexto que o estudo da CNT mostra?

O transporte vai acompanhar a economia brasileira. Continuamos otimistas de que o governo Bolsonaro vai conseguir aprovar a reforma da Previdência. Temos defendido e trabalhado junto aos deputados de que nesse momento é mais importante trabalhar pelo Brasil. A reforma é necessária para o povo brasileiro, para garantir a sobrevivência dos estados, municípios e governo federal. É afastar um pouco a preocupação de se reeleger e trabalhar pelo povo brasileiro, para ter uma sociedade melhor. A Previdência em si não muda muito, mas gera credibilidade. A iniciativa privada vai investir e recuperar a economia com emprego e renda.

Comissão aprova texto-base da reforma da Previdência

A comissão especial da reforma da Previdência aprovou nesta quinta-feira o texto principal da proposta, e caso consiga vencer as votações dos destaques nesta reunião, ainda terá um longo caminho pela frente no Congresso Nacional.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem alimentado a expectativa de aprovação da proposta no plenário da Câmara ainda antes do recesso parlamentar, que inicia dia 18 de julho, mas o prazo pode se revelar apertado, já que a proposta é controversa.

 

Antes de enviar a proposta ao plenário da Câmara, a comissão especial ainda precisa analisar pelo menos 17 destaques de bancada em votações nominais, segundo a secretaria da comissão. Uma fonte que acompanha as discussões, calcula que a votação de cada destaque pode levar aproximadamente 30 minutos.

 

Apenas a votação de um requerimento para votação em conjunto de destaques individuais levou esse tempo para ser concluída.

 

Uma vez concluída a aprovação pela comissão especial, a PEC ainda precisa passar pelo plenário da Câmara.  Mas a votação não ocorre de imediato. A proposta só é incluída na ordem do dia duas sessões após a publicação do parecer da comissão.

 

Para ser aprovada no plenário da Câmara, a proposta precisa passar por dois turnos de votação, com um intervalo de 5 sessões entre eles, e nas duas votações, precisa receber o aval de três quintos dos 513 deputados em votação nominal, o equivalente a 308 votos.

Além disso, novos destaques ao texto da reforma poderão ser apresentados no plenário, o que vai requerer suas respectivas votações.

 

Maia já adiantou que espera um quórum elevado no plenário da Câmara na próxima semana para garantir uma margem de manobra para uma votação tranquila da PEC. O deputado calcula que 495 deputados presentes seja um bom patamar para garantir uma deliberação “confortável” e evitar a rejeição do texto.

 

Quando tiver sua deliberação concluída na Câmara, a PEC ainda precisa ser avaliada pelo Senado.

 

Após a publicação do texto no Diário do Senado Federal, para conhecimento dos senadores, a proposta segue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que terá até 30 dias, contados da data do despacho da presidência, para emitir parecer.

 

A medida poderá ser incluída na ordem do dia 5 dias após a publicação do parecer no Diário do Senado Federal e também no sistema eletrônico.

 

Só então é incluída na ordem do dia para discussão no plenário em primeiro turno, durante 5 sessões deliberativas ordinárias. Assim como na Câmara, no plenário do Senado a PEC também precisa passar por dois turnos de votação, com intervalo de 5 dias úteis entre eles. Para ser aprovada, a proposta precisa de três quintos dos votos, ou seja, o apoio de 49 dos 81 senadores.

Se forem oferecidas emendas à proposta no primeiro turno, será aberto um prazo de até 30 dias para a CCJ examinar as alterações. O segundo turno de discussão da PEC tem duração de 3 sessões deliberativas ordinárias.

 

Encerrada a discussão em segundo turno, se houver emendas, a proposta ainda retorna à CCJ que terá o prazo de 5 dias improrrogáveis para emitir parecer e devolver a PEC à votação em plenário.

 

Caso senadores não o modifiquem, o texto segue à promulgação pelo Congresso Nacional. Se for modificada pelos senadores, no entanto, a proposta precisa ser reavaliada pelos deputados.

Novas tecnologias aumentam segurança veicular, mostra pesquisa com consumidores

Uma pesquisa feita pela Consumer Reports, uma organização independente e sem fins lucrativos que trabalha pela transparência no mercado de consumo, aponta que que recursos avançados de assistência ao motorista (ADAS, na sigla em inglês) tem feito a diferença na segurança de motoristas e de passageiros. O levantamento foi feito junto a consumidores que forneceram informações sobre cerca de 72 mil veículos à entidade.

Entre os recursos estão sistemas de alerta de colisão frontal, frenagem de emergência automática e aviso de ponto cego. As tecnologias utilizam câmeras, radares e outros sensores e o processamento de informações por computadores para identificar riscos e ativar mecanismos que impedem os acidentes.  

Dos participantes, 57% relataram que pelo menos um recurso avançado de assistência ao motorista presente em seus veículos impediu alguma colisão.

Os entrevistados mostraram maior satisfação com a frenagem de emergência automática, o controle de cruzeiro adaptativo (que mede a velocidade do carro e mantém uma distância estipulada do veículo à frente) e o aviso de ponto cego.

O sistema que mais contribuiu para evitar colisões foi o aviso de ponto cego, destacado por 60% dos entrevistados. O alerta de tráfego cruzado traseiro e a travagem automática traseira (que emitem alerta e param o carro quando o veículo está em marcha ré e existe algum obstáculo) impediram colisões traseiras para 52% dos entrevistados. O controle de cruzeiro adaptativo foi relevante para 19%.

Placas de obras do DNIT passam a exibir QR Code

Com o objetivo de dar mais transparência as obras em andamento, além de ser uma importante ferramenta para a prestação de contas com o cidadão, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) passa a incluir, em suas placas, o QR Code, um código de barras em duas dimensões que facilita a obtenção de informações sobre os serviços.

Ao fazer a leitura do código pelo celular, o interessado é direcionado para o Portal Cidadão, uma plataforma que permite o acompanhamento, em tempo real, do andamento das obras de infraestrutura.

O QR Code pode ser lido – ou escaneado – por todo celular que possua uma câmera fotográfica. Assim que a leitura ocorre, o celular passa a exibir as informações do Portal Cidadão, que fornece dados financeiros e físicos do contrato, com indicadores de avanço físico e acompanhamento das obras por meio de fotos atualizadas mensalmente.

Em visita às obras na BR-020/GO, na última semana, o diretor-geral do DNIT, general Santos Filho, teve a oportunidade de atestar a funcionalidade da primeira placa de obra da Autarquia com o QR Code. A estrutura trata das obras de duplicação da Travessia Urbana de Formosa, localizada no Estado de Goiás.

As próximas construções goianas a serem beneficiadas com o novo modelo de placa serão as do contorno das cidades de Aragarças e Jataí. Nas placas de obras que já estão em andamento, o QR Code também será inserido.

BR-101/BA – Outro exemplo de obra que já utilizada essa nova ferramenta é a BR-101/BA. A placa trata da duplicação e restauração da rodovia, com melhoramento da estrada, incluindo Obras de Arte Especiais (OAEs).

Carvalima Transportes está operando já em nova matriz

Carvalima Transportes está operando já em nova matriz

Desde o início desta semana a sede da Carvalima Transportes já opera em novo endereço. A matriz da transportadora agora está localizada na Rodovia Palmiro Paes de Barros, número 2.700, bairro Parque Cuiabá, após seis anos desde o início da construção do novo prédio.

 

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A mudança é um sonho antigo da diretoria da empresa, mas foi especialmente necessária porque a entrada de caminhões na antiga sede, na Avenida Beira Rio, estava restrita devido à legislação de trânsito municipal, além de não estar mais comportando a demanda. 

 

O novo local é maior, contando com 10 mil m² d armazém 5 mil m² de escritório, refeitório, vestiário e oficina. É também mais funcional, pois está estrategicamente localizada em um ponto de importante e intenso tráfego de veículos de carga de Mato Grosso, além de ter o dobro de capacidade para carregamento e descarregamento de veículos simultaneamente por conta das 96 docas que hoje existem. O pátio para manobras dos caminhões é maior, trazendo facilidade e agilidade para os motoristas.

 

A tecnologia também é uma marca de inovação na Carvalima Transportes, que tem uma das mais modernas infraestruturas de tecnologia da informação. Hoje, toda a entrega já é feita com celular, por exemplo.

 

“Estamos todos muito felizes com essa mudança porque este é o ano dos 30 anos da Carvalima. Comemorar com uma sede maior e melhor é muito bom. Percebi a animação dos colaboradores com o novo espaço”, celebra Otávio Fedrizze diretor comercial da Carvalima Transportes.

 

A nova sede abrigará toda a estrutura administrativa da empresa, que conta com cerca de 700 colaboradores. Já o antigo prédio, onde a matriz funcionou desde 2002, agora será um ponto de recebimento de carga – ou seja, quando o cliente precisar levar a mercadoria até a transportadora, poderá fazê-lo na Avenida Beira Rio se estiver mais próximo dali do que da Rodovia Palmiro Paes de Barros.

 

A logística em Mato Grosso só tem a ganhar com a nova matriz desta que é uma das maiores empresas transportadoras do país. “O ganho para nossos clientes é através de mais eficiência nos nossos processos. Poderemos abrir novas rotas diretas, operacionalizar mais veículos por vez, trazendo um ganho geral para a operação. Traduzindo: mais benefícios para nossos clientes”, complementa Otávio.

 

Serviço:

Nova matriz da Carvalima Transportes

Endereço: Av. Palmiro Paes de Barros, nº 2.700 (esquina com a Av. Salim Felício) – Bairro Parque Cuiabá – Cuiabá (MT)

Horário de funcionamento: Segunda à Sexta das 7h30 às 17h30; Sábado das 7h30 às 11h30