por Karen Feldman | jul 3, 2019 | Indústria de Transportes
A CNT divulga, nesta terça-feira (2), o estudo Conjuntura do Transporte – Desempenho do Setor, que traz um panorama do transporte no Brasil e a relação com o cenário econômico. O trabalho indica que o ritmo lento de recuperação da economia impacta, de formas distintas, os diferentes modais. Mostra também como o setor é sensível a outros problemas do país.
Em 2018, a economia brasileira apresentou sinais de leve recuperação e, agora, em 2019, demonstra desaceleração. Isso acontece antes mesmo de serem repostas as perdas acumuladas desde o início de 2014. Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre deste ano, o crescimento do PIB do Brasil foi de 0,5%, e o do transporte, 0,2%. Nos primeiros três meses de 2014, os percentuais eram 3,5% e 5%, respectivamente.
“O transporte reflete a economia brasileira. O crescimento econômico está muito aquém do que o Brasil precisa. E o nosso setor fica na mesma situação. Afinal, transportamos aquilo que é produzido”, diz o presidente da CNT, Vander Costa.
A baixa demanda é registrada, principalmente, no modal RODOVIáRIO. As incertezas geradas na paralisação dos caminhoneiros no ano passado e, também, o roubo de cargas em algumas regiões contribuem para os resultados negativos.
Em 2019, o fluxo de veículos pesados do primeiro trimestre ficou 8,8% abaixo do período pré-recessão (março de 2014). O problema foi maior no Rio de Janeiro, que registrou fluxo 18,8% abaixo do período de pré-recessão.
O presidente da CNT comenta que tem ocorrido uma migração natural do transporte rodoviário de cargas para outros modais, como o aquaviário e o ferroviário. “O Brasil tem uma costa muito grande e, apesar de a cabotagem estar crescendo, o potencial de crescimento é ainda bem maior”, diz Vander Costa.
Na cabotagem, no segundo semestre do ano passado, houve alta de 38,2% no transporte de carga geral. E os números de 2019 também são positivos na cabotagem, no longo curso e na navegação interior.
Já o modal ferroviário vive um momento de incertezas, principalmente devido à queda na produção, influenciada, possivelmente, pela desativação de barragens da Vale, após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
Em 2018, o modal teve um bom desempenho, com aumento na produção de 5,8% em TU (toneladas úteis) e 8,5% em TKU (toneladas úteis por quilômetro). Esse crescimento foi impulsionado pelo transporte por contêiner (17,7%) e também pode ter sido influenciado pela paralisação dos caminhoneiros.
O minério de ferro corresponde a mais de 70% das cargas ferroviárias transportadas. E, agora, no primeiro trimestre de 2019, o transporte por vias férreas dessa mercadoria registrou queda de 3% em TU.
No modal aéreo, há certa recuperação, com taxa de aproveitamento das aeronaves acima de 80%. Mas o segmento sofre o impacto do preço do combustível e das oscilações em taxas de câmbio. O presidente Vander Costa destacou a importância de o Brasil ter uma legislação que permita a entrada de capital estrangeiro no Brasil, com segurança jurídica.
Na avaliação do presidente da CNT, de forma geral, o transporte vai acompanhar a economia brasileira ao longo de 2019. “Continuamos otimistas de que o governo Bolsonaro vai conseguir aprovar a reforma da Previdência e isso vai gerar mais credibilidade ao país. A iniciativa privada vai investir e recuperar a economia com emprego e renda”, avalia.
Leia o estudo da CNT na íntegra
Confira aqui os principais dados
Ouça aqui a entrevista com o presidente da CNT, Vander Costa
por Karen Feldman | jul 3, 2019 | Outros
A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 recuou de 0,87% para 0,85%, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem pelo Banco Central. Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do PIB em 2,20%.
Há quatro semanas, a estimativa de crescimento para 2019 era de 1,13% e para 2020 estava em 2,50%. Na última quinta-feira, dia 27, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de alta de 2,0% para elevação de 0,8%.
No Focus divulgado ontem, a projeção para a alta da produção industrial de 2019 foi de 0,72% para 0,71%. Há um mês, estava em 1,49%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,00%, igual a quatro semanas antes.
A pesquisa mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 passou de 56,28% para 56,19%. Há um mês, era 56,28%. Para 2020, a expectativa foi de 58,58% para 58,55%, ante os mesmos 58,55% de um mês atrás.
Superávit comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2019 de superávit comercial de US$ 50,60 bilhões para US$ 50,80 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 50,50 bilhões. Para 2020, a estimativa de superávit seguiu em US$ 46,40 bilhões, ante US$ 45,10 bilhões do mês anterior. Na estimativa mais recente do Banco Central, o saldo positivo de 2019 ficará em US$ 46,0 bilhões. Essa projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação do mês de junho.
O relatório de mercado Focus mostrou ainda a manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,80, igual ao visto um mês atrás. Para o próximo ano, a projeção para o câmbio também permaneceu em R$ 3,80, igual ao verificado quatro pesquisas atrás.
Houve manutenção também nas projeções para o resultado primário do governo em 2019 e 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 1,40%. No caso de 2020, permaneceu em 1,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,37% e 0,90%, respectivamente. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2019 passou de 6,40% para 6,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2020, foi de 6,05% para 6,00%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 6,20% e 5,98%.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Conta corrente
No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2019 passou de déficit de US$ 23,00 bilhões para US$ 22,80 bilhões, ante US$ 25,05 bilhões de um mês antes. Para 2020, a projeção de rombo foi de US$ 32,80 bilhões para US$ 33,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 35,30 bilhões. O BC projeta déficit em conta de US$ 19,3 bilhões em 2019.
por Karen Feldman | jul 3, 2019 | Outros
Após quase duas horas do início da reunião da comissão especial da Previdência, o relator Samuel Moreira (PSDB-SP), deu início a leitura do seu voto complementar à reforma. Ao chegar ao colegiado hoje, o deputado disse que o texto manteria a economia em dez anos acima dos R$ 900 bilhões. Moreira deve ler apenas as cinco primeiras páginas do seu novo texto. Segundo a assessoria do deputado, a economia do voto é de R$ 1,071 trilhão em 10 anos, com Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
O voto complementar retoma a possibilidade de cobrança de contribuições extraordinárias dos servidores públicos estaduais, que havia sido suprimida na primeira versão do relatório apresentada por ele no dia 13 de junho.
Moreira decidiu manter na Constituição Federal os parâmetros para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos federais. A primeira versão do relatório, apresentada no dia 13 de junho, remetia a definição desses Parâmetros para lei ordinária. Já os parâmetros para a aposentadoria dos demais trabalhadores privados ficarão de fora da Constituição e poderão ser definidos por leis complementares.
O relator também atendeu a uma demanda dos policiais ao garantir que a pensão integral por morte seja paga em todos os casos relacionados com o trabalho. Ele aumentou o rol de categorias de servidores públicos nos Estados e municípios que poderão ter idades mínimas e tempos de contribuição diferenciados para se aposentarem. Entre outras mudanças, Moreira também manteve a possibilidade de causas previdenciárias irem à Justiça Estadual, quando a comarca não for sede de uma vara federal.
Antes do início da leitura do voto, foi votado um pedido de retirada de pauta da oposição. A medida foi derrubada por 32 votos e comemorada como um termômetro para a aprovação da Previdência.
por Karen Feldman | jul 3, 2019 | Outros
Em 1º de julho de 1977, a Braspress deu início às operações em pequeno galpão no bairro da Vila Guilherme, em São Paulo (SP). Passados 42 anos, a Companhia comemorou mais um ano de atividades se mantendo líder na distribuição de encomendas e na vanguarda tecnológica do Transporte RODOVIáRIO de Cargas (TRC).
Em um clima festivo, Urubatan Helou, Diretor Presidente, falou aos colaboradores da Companhia no restaurante do Planeta Azul, em 1º de julho passado: “Hoje, comemoramos 42 anos. As pessoas nos olham hoje e imaginam que a Braspress já nasceu assim. A Braspress não nasceu assim. Em 1977, eu e o Petri fundamos a Braspress com uma Kombi, um caminhãozinho F350 e duas linhas telefônicas.
Conquistamos tudo isso com muita luta, com muito trabalho, com muito sangue, com muito suor e muita resignação. Foi um processo de abdicação desde o início. Para você ter alguma coisa na vida você precisa abdicar outra. Muitas pessoas falaram mal. Muitas pessoas jogaram pedra. Na rua São Quirino, aonde a Braspress começou, tinha um barzinho na esquina em que as pessoas apostavam quando a Braspress iria quebrar.
Hoje, nós estamos emocionados. São 42 anos transformando a vida das pessoas, melhorando a logística do País, gerando empregos e tributos. Mais importante do que chegar ao topo como nós chegamos é a trajetória que nós percorremos para chegar até aqui.
Portanto, parabéns para todos nós! A todos vocês, meus parabéns! Obrigado e viva a Braspress”, felicitou Urubatan Helou ao lado do cofundador, Milton Petri, Diretor Vice-Presidente, demais Diretores, Gestores e colaboradores do Planeta Azul presentes na ocasião.
por Karen Feldman | jul 3, 2019 | Outros
O mercado de veículos novos cresceu 10,5% em junho ante igual mês do ano passado, para 223,2 mil unidades, informou nesta terça-feira, 2, a Fenabrave, em balanço que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O resultado confirma número antecipado na segunda-feira pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Na comparação com maio, no entanto, as vendas caíram 9%, em razão da diferença de dias úteis, com dois a mais para maio.
No fechamento do primeiro semestre, o mercado somou 1,308 milhão de emplacamentos, o maior nível para o período desde 2015, primeiro ano da retração do PIB durante a crise a econômica. O resultado representa crescimento de 12,1% em relação à primeira metade do ano passado.
Segmentos
Na categoria de veículos leves, que soma os segmentos de automóveis e comerciais, as vendas cresceram 9,4% em junho ante igual mês do ano passado, para 213,4 mil unidades. O volume, se comparado a maio, significa recuo de 8,8%. No acumulado do ano, as vendas sobem 10,8% em relação a igual período do ano passado, para 1,248 milhão de unidades.
Entre os veículos pesados, os caminhões tiveram crescimento de 36,2% em junho ante igual mês do passado, com o emplacamento de 7,8 mil unidades. O número equivale a um recuo de 15,1% na comparação com maio. De janeiro a junho, foram 46,8 mil licenciamentos, avanço de 44,9% sobre o resultado de igual intervalo de 2018.
No caso dos ônibus, o mercado emplacou 1,9 mil unidades em junho, alta de 63,5% sobre junho do ano passado, mas baixa de 5,9% em relação a maio. De janeiro a junho, foram vendidas 12,4 mil unidades, expansão de 71,3% na comparação com a primeira metade do ano passado.