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Ministro recebe representantes do setor produtivo para discutir tabela de frete de caminhoneiros

Um dia depois da suspensão da nova tabela de frete , o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, se reuniu nesta terça-feira (23) com representantes de setores produtivos para discutir o assunto.

Na agenda do ministro, o encontro aparece como reunião com “representantes e entidades dos embarcadores”, isto é, aqueles que pagam os fretes aos caminhoneiros.

Segundo a pasta, a reunião já estava agendada antes de a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) suspender cautelarmente a resolução publicada na semana passada que estabelecia novas regras para o cálculo do piso do frete rodoviário.

A decisão aconteceu após pedido do Ministério da Infraestrutura, que afirmou em nota ter observado “insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte” e que “diferenças conceituais quanto ao valor do frete e o piso mínimo” deviam ser novamente discutidas.

Entre os presentes na reunião (veja lista completa ao final da reportagem), estão a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que questionam o uso da tabela no Supremo Tribunal Federal (STF) e dizem que o tabelamento obrigatório viola a livre concorrência. O julgamento na Corte está previsto para o dia 4 de setembro.

Após a reunião, a diretora de relações institucionais da CNI, Mônica Messenberg, afirmou que o setor produtivo “demonstrou grande estranheza com a revogação” da tabela, mas que o ministro esclareceu que se trata apenas de uma suspensão das regras publicadas na semana passada.

Roubo de cargas no Brasil: Sudeste concentra 84,79% das ocorrências

Na segunda reportagem sobre a situação do roubo de cargas no Brasil, mostramos como o coração econômico do Brasil sofre com o problema. O presidente da NTC&Logística, José Hélio Fernandes, afirma que o roubo de cargas se tornou, nos últimos seis anos, um modelo de negócios para associações criminosas de traficantes de drogas e facções por causa da vulnerabilidade das rodovias, das falhas de segurança pública das cidades e do alto valor de retorno das mercadorias. Em 2012, o país registrou 14.400 crimes desse tipo. Nos anos seguintes, esse número subiria até chegar ao pico, registrado em 2017.

Coração econômico do país, a região Sudeste é a mais afetada, respondendo por 84,79% das ocorrências. Dentro da região, o campeão de incidentes é o Rio de Janeiro, onde os registros chegaram a 41,39%, seguido por São Paulo, com 39,39%. Espírito Santo e Minas Gerais totalizaram perdas de R$ 937,76 milhões. Na sequência, aparece o Norte, com R$ 238,96 milhões. A região sofre com a ação de piratas que roubam embarcações que transportam, sobretudo, combustíveis. Em seguida, aparecem o Sul, com R$ 152,13 milhões; o Centro-Oeste, com R$ 108,03 milhões; e o Nordeste, atingindo R$ 36,25 milhões.

“Mesmo a pesquisa apontando uma considerável redução, se comparada ao ano de 2017, estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil, o que não é aceitável. Isso ocorre porque os roubos de cargas acabaram se tornando um negócio que formou associações criminosas especializadas”, diz José Hélio. Ele explica que a marginalidade opera por onde passa o patrimônio. “Rio e São Paulo são grandes polos econômicos. A circulação de cargas é intensa, e os bandidos vão aonde acham que terão êxito.”

Especialistas sustentam que o avanço da criminalidade nas estradas encarece o preço do frete, e as empresas passam a buscar outros modais com mais segurança. Também influenciam no frete o custo do seguro das cargas, que disparou, segundo os transportadores, e o investimento em soluções tecnológicas, como rastreamento digital, sistemas de bloqueio de veículos e blindagem. As transportadoras também têm recorrido com mais frequência as escoltas armadas para protegerem as mercadorias. “As empresas de transporte estão se tornando empresas de segurança, e o consumidor está pagando mais caro, porque tem uma taxa embutida para conter o risco. Não é só o custo da perda em razão do roubo. Existe uma cadeia que fica mais cara para tentar prevenir esse tipo de ação.”

O presidente NTC&Logística considera que o atual horizonte é positivo, especialmente pelo fato de o governo ter se comprometido com a agenda de segurança pública. Contudo, cobra mais articulação e punição aos criminosos. “Temos que continuar a fazer um trabalho integrado na repressão, cobrando uma legislação mais punitiva, além de atrelar informação e tecnologia buscando todas as frentes para tentar atenuar ao máximo esse delito.”

Sistema CNT recebe visita do diretor de transporte da Colômbia

Sistema CNT recebe visita do diretor de transporte da Colômbia

Nesta terça-feira (23), o Sistema CNT recebeu a visita do diretor de transporte da Colômbia, Juan Felipe Sanabria. O diretor, que é presidente do capítulo da Colômbia da CIT (Câmara Interamericana de Transportes), veio ao Brasil para uma agenda de dois dias. A iniciativa é coordenada pela CIT e faz parte de um trabalho que tem como objetivo promover a troca de experiências entre representantes do transporte das Américas.

 

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 “Viemos conhecer o que tem sido feito de melhor no transporte brasileiro. Queremos trocar experiências e aprender boas práticas”, destacou Sanabria. De acordo com ele, as especificidades existentes atualmente no transporte da Colômbia trazem a necessidade de mudanças, e o Brasil é um bom exemplo para a solução dessas questões. “95% do transporte de cargas realizado na Colômbia é feito pelo modal . Além disso, existe uma grande informalidade no setor e uma falta de regulamentação. Também temos problemas com falta de infraestrutura e capital humano. Acreditamos que essa visita pode nos trazer soluções para os problemas que enfrentamos atualmente.”

Na apresentação sobre os trabalhos desenvolvidos pela Confederação Nacional do Transporte, o diretor institucional, Valter Souza, destacou os estudos e as pesquisas realizadas e a atuação da entidade junto às três esferas de Poder em prol de melhorias do transporte nacional.

O diretor-executivo do ITL (Instituto de Transporte e Logística), João Victor Mendes, apresentou a estrutura do instituto, os cursos oferecidos, a Biblioteca do Transporte e a sala Fly Thinking, utilizados nos programas de capacitação dos gestores do setor de transporte.

O SEST SENAT, que atua na capacitação dos trabalhadores do transporte, também mereceu destaque na apresentação. O diretor-adjunto da instituição, Vinícius Ladeira, ressaltou os resultados alcançados pelo SEST SENAT. “Transformamos a realidade dos trabalhadores do transporte, pois temos como missão formar pessoas e trazer mais qualidade de vida para os profissionais do setor. Em 2018, realizamos mais de 10,6 milhões de atendimentos nas áreas de desenvolvimento profissional e de saúde.”

Juan Felipe Sanabria também conheceu a estrutura de uma unidade operacional do SEST SENAT, em Brasília, e teve a oportunidade de testar o simulador híbrido de direção, que é utilizado nos cursos de capacitação para motoristas profissionais, visando aumentar a segurança no trânsito e reduzir o consumo de combustíveis, os gastos operacionais das empresas e as emissões de poluentes.

Na quarta-feira (24), o diretor de transporte da Colômbia se reunirá com o secretário nacional de transportes terrestres, do Ministério da Infraestrutura, Jamil Megid Júnior.

Ativa logística ganha selo de fornecedor qualificado da ABIHPEC e é destaque em serviços

Ativa logística ganha selo de fornecedor qualificado da ABIHPEC e é destaque em serviços

A Ativa Logística ganhou o reconhecimento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) como um dos melhores prestadores de serviços das indústrias de higiene, perfumaria e cosméticos ao ganhar o Selo de Fornecedor Qualificado ABIHPEC. A companhia, que completou 23 anos em 2019, também foi destaque na categoria Serviços. O evento ocorreu na sede da própria associação, no dia 18 de julho, em São Paulo.

 

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O Programa de Qualificação de Fornecedores é uma maneira de agregar valor à cadeia produtiva, apontando qualidades e transformações necessárias aos fornecedores, por meio de uma avaliação realizada por seus clientes, considerando as categorias Embalagens, Fragrâncias, Ingredientes, Serviços e Terceiristas. A iniciativa da ABIHPEC entrega aos fornecedores uma análise e um feedback detalhado, que é elaborado por uma consultoria especializada.

Para o presidente da Ativa Logística, Clóvis A. Gil, a conquista do Selo Fornecedor Qualificado ABIHPEC e o prêmio na categoria Serviços são importantes reconhecimentos dos esforços e investimentos da companhia para ampliar a qualidade de atendimento e os serviços prestados aos clientes. “As exigências das agências reguladoras para atender esse mercado da higiene e beleza são muito amplas e rígidas, não há espaço para amadores. Por isso permanentemente buscamos melhorar os nossos processos por meio de uma eficiente gestão operacional que ofereça o melhor custo-benefício”, afirma.

Com uma frota de mais de 800 veículos, a Ativa realiza operações para todo o Brasil, por meio de operador logístico e modal aéreo e pelas 18 unidades localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. A companhia faz, em média, 150 mil entregas mensais, especialmente de medicamentos e cosméticos, em 2,5 mil municípios espalhados pelo país.

ANTT suspende resolução sobre pisos mínimos de frete

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deliberou, em reunião extraordinária nesta segunda-feira (22/7), a suspensão cautelar da Resolução nº 5.849/2019, que estabeleceu as regras gerais, a metodologia e os coeficientes dos pisos mínimos, referentes ao quilômetro rodado na realização do serviço de transporte remunerado de cargas, por eixo carregado, instituído pela Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM). Volta a valer a Resolução n° 5.820/2018, com a última atualização dos valores, que estava em vigor antes da entrada da nova norma.

A elaboração da Resolução nº 5.849/2019 foi resultado da Audiência Pública nº 2/2019, que contou com a participação de transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade. A Agência reitera o compromisso com todos os envolvidos de manter um diálogo constante, a fim de buscar um consenso no setor de transporte rodoviário de cargas e pretende ampliar o debate sobre a matéria.

Histórico – A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (Tabela de Frete) foi estabelecida pela Medida Provisória nº 832/2018 e convertida na Lei nº 13.703/2018. Em cumprimento às normas legais, a ANTT publicou, por meio da Resolução ANTT nº 5.820/2018, as tabelas com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado. As tabelas de pisos mínimos têm natureza vinculativa e foram elaboradas conforme as especificidades das cargas, sendo divididas em: carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel.

As primeiras tabelas, constantes do Anexo II da Resolução ANTT nº 5.820/2018, foram atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro/2019, além das atualizações decorrentes de oscilação do preço do óleo diesel, conforme determinação legal.

Confira o histórico completo da implantação da regulação da ANTT sobre a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.