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Brasil segue em penúltimo lugar em ranking de competitividade, diz CNI

Brasil segue em penúltimo lugar em ranking de competitividade, diz CNI

Levantamento analisou 18 países de características econômicas similares; Brasil só ganha da Argentina.

A economia brasileira continua no penúltimo lugar no ranking de competitividade elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Divulgado nesta quarta-feira (29), o levantamento analisou 18 países – o Brasil só ganha da Argentina.

O estudo da CNI compara o Brasil com economias de características similares. Ao todo, 61 variáveis são avaliadas. Os países mais competitivos são Coreia do Sul, Canadá e Austrália.

A classificação da economia brasileira é a mesma da observada nas últimas edições do estudo.

O mapeamento da CNI mostrou que o país tem as melhores colocações no quesito tecnologia e inovação (8ª lugar), trabalho (9ª posição) e estrutura produtiva (12º lugar). Mas segue na lanterna em financiamento e na penúltima posição em tributação.

“O Brasil possui debilidades na maioria dos nove fatores de competitividade, o que o coloca atrás de economias como Peru, Colômbia, Índia e Indonésia”, diz a economista da CNI Samantha Cunha.

Segundo a CNI, o Brasil apresenta a mais alta taxa de juros real de curto prazo (8,8%) e o maior spread da taxa de juros (32,2%). Esses dois fatores ajudam a explicar o elevado custo de financiamento.

No quesito tributação, de acordo com o levantamento, o Brasil só está na frente da Argentina. Segundo a CNI, a carga tributária representa 32,3% do PIB brasileiro e 65,1% do lucro das empresas.

“Em 2017, a carga tributária no Brasil representou quase um terço do PIB, sendo inferior apenas à observada na Espanha (33,7%) e na Polônia (33,9%), países cuja renda per capita é cerca de duas vezes superior à brasileira, segundo dados de 2018”, destaca a CNI.

Balança comercial tem superávit de US$ 1,836 bilhão na quarta semana de julho

Balança comercial tem superávit de US$ 1,836 bilhão na quarta semana de julho

FOTO: Thanasis Papazacharias / Pixabay

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,836 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,244 bilhões, na quarta semana de julho de 2020 – com cinco dias úteis -, como resultado de exportações no valor de US$ 4,54 bilhões e importações de US$ 2,704 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27/07) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Total no ano – No ano, as exportações totalizam US$ 117,321 bilhões e as importações, US$ 88,572 bilhões, com saldo positivo de US$ 28,749 bilhões e corrente de comércio de US$ 205,893 bilhões.

Análise do mês – Nas exportações, comparadas a média diária até a quarta semana de julho de 2020 (US$ 866,76 milhões) com a de julho de 2019 (US$ 876,13 milhões), houve queda de -1,1%, em razão da diminuição nas vendas de produtos da Indústria de Transformação (-10,3%). Por outro lado, houve aumento nas vendas em Agropecuária (+22,2%) e na Indústria Extrativa (+0,4%).

Produtos – A queda nas exportações foi puxada, principalmente, pela diminuição nas vendas dos seguintes produtos da indústria de Transformação: Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (-26,2%); Produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-41,5%); Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-70,8%); Veículos automóveis de passageiros (-39,5%); e Instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (-58,7%).

Média diária – Nas importações, a média diária até a quarta semana de julho de 2020 (US$ 509,74 milhões) ficou -34,0% abaixo da média de julho do ano passado (US$ 772,15 milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com a Indústria Extrativista (-57,3%) e com os produtos da Indústria de Transformação (-32,8%). Já em relação à Agropecuária, houve aumento de gastos (+0,4%).

Menos gastos – A queda das importações foi puxada, principalmente, pela diminuição dos gastos com os seguintes produtos Indústria Extrativa: Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-51,1%); Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-71,3%); Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -81,0%); Gás natural, liquefeito ou não (-37,7%) e Minérios de cobre e seus concentrados (-89,3). Já na Indústria de Transformação, a queda das importações ocorreu devido à diminuição dos gastos com a compra de Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-71,7%); Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-97,1%); Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (-58,2%); Partes e acessórios dos veículos automotivos (-63,7%) e Veículos automóveis de passageiros (-56,5%). (Ministério da Economia)

Pesquisa: Demanda por transporte rodoviário de cargas no Brasil avança pela 5ª semana seguida

Pesquisa: Demanda por transporte rodoviário de cargas no Brasil avança pela 5ª semana seguida

A demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil voltou a melhorar, engatando a quinta semana consecutiva de resultados positivos, indicou pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Departamento de Custos Operacionais da NTC&Logística (DECOPE).

De acordo com o levantamento com  empresas do setor, a demanda registrava ao final da semana passada (de 20 a 26 de julho) uma queda de 22,91% em relação aos níveis anteriores à pandemia de coronavírus, melhora de cerca de 2 pontos percentuais na comparação com a sondagem anterior.

Na semana de 13 a 19 de julho, o índice já havia registrado o melhor desempenho desde o início das pesquisas, em meados de março, quando os impactos econômicos da pandemia de coronavírus começaram a se aprofundar no Brasil.

Os resultados têm sido impulsionados pela flexibilização recente das medidas de isolamento social e pela reabertura do comércio no país.

No auge das medidas restritivas, em abril, a variação negativa da demanda por transportes rodoviários de cargas chegou a 45,2%, ainda em comparação com os níveis anteriores à crise sanitária.

O assessor técnico responsável pela pesquisa, Lauro Valdivia, disse que ainda vê espaço para recuperação, mas destacou que os últimos 10 ou 15 pontos percentuais para uma retomada total podem demorar entre seis meses e um ano para ser recuperados.

Segundo a pesquisa, as cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, registravam queda de 17,92% na demanda ao final da última semana, praticamente em linha com o nível verificado na semana anterior.

Já as cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e costumam ser usadas nas áreas industriais e agrícolas, tiveram melhora de 3,6 pontos, atingindo variação negativa de 25,57% em relação ao pré-pandemia.

Ainda de acordo com o levantamento, o percentual de empresas do setor que registram queda no faturamento atingiu 77% na semana passada. O índice chegou a 94% em meados de maio.

“Estamos na expectativa para que esse número melhore ainda mais, estamos trabalhando para isso juntamente com as entidades do setor. Também não podemos esquecer dos cuidados e de continuar seguindo as orientações dos órgãos de saúde, uma vez que ainda estamos em meio à pandemia, só assim conseguiremos voltar o mais rápido a normalidade”, ressaltou Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística. 

Confira a pesquisa

CNI aponta confiança de empresários em 10 setores da indústria

CNI aponta confiança de empresários em 10 setores da indústria

Confederação Nacional da Indústria consultou 2.305 empresas entre 1º a 13 julho

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) teve melhora em 29 dos 30 setores industriais pesquisados em julho, mas em apenas dez o indicador ultrapassou a linha divisória que indica confiança dos empresários com o mercado. Entre eles estão os setores de produtos de limpeza, farmacoquímicos, móveis, alimentos e plásticos.

Os resultados setoriais da pesquisa foram divulgados hoje (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores do ICEI variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário.

Em julho, o ICEI da Indústria de Transformação alcançou 49,1 pontos, após crescer pelo terceiro mês consecutivo. A confiança aumentou em 25 dos 26 setores pesquisados nesse segmento, a exceção é biocombustíveis.

Desses 26 setores, os empresários estão confiantes em nove, sendo que em oito eles passaram a ficar confiantes (indicador acima de 50 pontos) em julho São eles: alimentos; químicos; sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; borracha; plástico; minerais não metálicos; outros equipamentos de transporte; e móveis. No setor de farmacoquímicos e farmacêuticos, os empresários já estavam confiantes em junho.

O ICEI da Indústria Extrativa passou de 50,8 pontos em junho para 53,8 pontos neste mês. A extração de minerais não metálicos é o décimo setor que já passou da linha divisória que separa confiança da falta de confiança.

Já o ICEI da Indústria de Construção atingiu 46,3 pontos, após crescer 3,7 pontos em julho. É a terceira alta consecutiva do índice. Todos os três setores da construção considerados registraram crescimento do indicador, mas seguem abaixo dos 50 pontos.

A pesquisa da CNI consultou 2.305 empresas entre 1º a 13 julho, sendo 899 pequenas empresas, 845 médias e 561 grandes.

Ministério da Infraestrutura vai revisar mais de 100 portarias

Ministério da Infraestrutura vai revisar mais de 100 portarias

O Ministério da Infraestrutura reuniu 116 portarias, resoluções e instruções normativas que vão passar por um processo de revisão e consolidação até novembro do próximo ano. O “revisaço” faz parte de um programa do governo que abrange todos os ministérios. Desenhado desde o ano passado e instituído por decreto, o projeto tem como meta melhorar a qualidade do ambiente de negócios ao simplificar o emaranhado de regras presente nesses instrumentos.

Também se tornou um dos braços do Pró-Brasil, programa de infraestrutura em elaboração pelo governo.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a principal meta da Infraestrutura com essas revisões é consolidar as regras – e não necessariamente fazer alterações de mérito. A pasta avalia que, para alguns casos, mudanças no escopo podem se tornar uma opção, mas isso vai depender do andamento e da conclusão dos trabalhos.

Além das 116 instruções editadas pela pasta, o ministério também vai supervisionar a revisão e consolidação de normativos do Conselho Nacional de Trânsito e do Departamento Nacional de Trânsito. O ministério ainda vai monitorar as análises das resoluções das agências de Aviação Civil, de Transportes Terrestres e Aquaviários, além do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

A revisão das normas regulatórias, no entanto, são tocadas pelas agências. Para esses casos, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, já afirmou que a intenção é tornar a regulação mais fácil, além de eliminar regras que possam ser intervencionistas.

O ministério publicou uma portaria com o cronograma e os procedimentos dos trabalhos, que vão envolver as Secretarias de Aviação, de Portos, de Transportes Terrestres, de Fomento, Planejamento e Parcerias e a subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração. Uma outra portaria deve ser divulgada em breve com a atualização desse cronograma (a redação atual fala em agosto, e não novembro).

Segundo a portaria, os funcionários envolvidos na tarefa deverão elaborar uma minuta de ato normativo e encaminhar à secretária executiva quando concluírem que as normas revisadas devam ser revogadas, consolidadas ou alteradas, junto de uma avaliação técnica para embasar o entendimento. Se apontarem que os atos em vigor são adequados, também devem elaborar uma nota técnica para justificar essa conclusão.

As análises vão ocorrer em cinco etapas, por eixos temáticos. A primeira deve ser concluída até 30 de novembro e, a última, no mesmo período em 2021. Entre os temas estão regulação de transporte ferroviário, concessão rodoviária, infraestrutura rodoviária, tarifas aeroportuárias, outorgas aeroportuárias, autorização de terminais portuários privados, planejamento portuário, aviação regional, e fundos de investimento.