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Comércio eletrônico faz transportadora Braspress comprar mais de 200 caminhões Mercedes-Benz

Comércio eletrônico faz transportadora Braspress comprar mais de 200 caminhões Mercedes-Benz

O boom do varejo online incentivado pelo isolamento social fez a operadora logística Braspress, uma das maiores do país, comprar mais de 200 caminhões Mercedes-Benz para receber ainda neste ano, investimento que a companhia espera ajudar a ganhar mercado no momento em que muitas empresas contêm gastos.

A companhia investiu 105 milhões de reais na compra de 235 caminhões extrapesados e implementos rodoviários que vão ser acrescidos à frota atual de 2.156 veículos comerciais para atender fluxos entre centros de distribuição de produtos, disse o presidente da Braspress, Urubatan Helou.

O movimento também inclui a contratação de 520 funcionários para a força de trabalho de cerca de 9 mil empregados da Braspress no país. O investimento é equivalente a 7% do faturamento anual da Braspress, que deve ser de cerca de 1,4 bilhão de reais em 2020, e marca a maior venda de caminhões da montadora alemã para o segmento de transporte de encomendas nos últimos cinco a seis anos.

“Enquanto tiver pandemia, as transportadores de cargas vão sofrer menos por causa do comércio eletrônico”, disse Helou a jornalistas. “O que motivou foi o chamamento do mercado, a resposta do varejo online. A infraestrutura você prepara antes da demanda econômica e sabemos que ela vai aumentar muito ainda”, acrescentou o executivo.

Com boa parte das lojas físicas sob algum tipo de restrição de funcionamento determinada por autoridades, o varejo tem buscado soluções online de venda e entrega de produtos. Um dos exemplos é a Lojas Americanas, que levantou cerca de 8 bilhões de reais recentemente para investir grande parte na controlada de comércio eletrônico B2W

Helou afirmou que antes da epidemia de Covid-19 chegar ao Brasil, a Braspress fazia de 65 mil a 70 mil entregas diárias no país. Atualmente o número saltou para perto de 90 mil.

Em julho, o segmento de caminhões foi o único do setor de veículos autopropulsados a ter aumento de vendas tanto em comparação com junho quanto com um ano antes e até agora é o que apresenta a menor queda no acumulado de 2020, mesmo após um início de ano mais fraco que o esperado.

Segundo o vice-presidente de vendas para caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, Roberto Leoncini, ainda não é possível dizer se a expansão nas vendas de caminhões continuará nos próximos meses ou se é mais derivada de um represamento de emplacamentos ocorrido em abril e maio, quando boa parte dos departamentos estaduais de trânsito do país ficaram fechados.

Porém, ele afirmou que o ambiente de queda de juros, somado a um desempenho forte de setores que incluem o agronegócio, têm incentivado alguns transportadores a pensarem em investimentos para renovação de suas frotas.

“Olhamos agora para os fluxo de caixa das empresas de transporte e não tem nenhum sinal de alerta para os próximos meses”, disse Leoncini. “Esse emplacamento de agora pode ter alguma questão de represamento, mas, ao mesmo tempo…a entrada de pedidos de financiamento para compras de caminhões, que caiu quase a zero no começo da pandemia, hoje está quase igual a antes” da Covid-19 atingir o Brasil, acrescentou.

O presidente da Braspress foi na mesma linha e afirmou que o nível de inadimplência de clientes da empresa chegou a 40% no início da pandemia, mas atualmente esse percentual recuou para nível próximo de antes da doença se espalhar pelo país, de 3,5%. “O sentimento nosso é que já passamos pelo pior”, acrescentou.

Confaz autoriza estados a conceder anistia por falta de pagamento de parcela do ICMS

Confaz autoriza estados a conceder anistia por falta de pagamento de parcela do ICMS

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O Conselho Nacional de Fazendária (Confaz) publicou o Convênio ICMS nº 76, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (03 de agosto), autorizando os Estados de Alagoas, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo a conceder anistia dos créditos tributários por não pagamento de parcelas do ICMS  em virtude de impontualidade de programa de refinanciamento de débitos autorizados pelo Confaz, bem como, a restabelecer parcelamento cancelado. Os órgãos estaduais farão a legislação para fixar as demais condições, limites e prazos de adesão ao benefício deste convênio.

Este foi um dos pedidos feitos pela FETCESP ao secretário da Fazenda Henrique Meirelles no início de julho. A expectativa agora é sobre as condições que serão estabelecidas para se obter a anistia.

Íntegra

Convênio ICMS Nº 76, de 30 de julho de 2020

DOU de 03/08/2020 (nº 147, Seção 1, pág. 39)

Autoriza as unidades federadas que menciona a conceder anistia dos créditos tributários – penalidades – decorrentes do não pagamento de parcelas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS – em virtude de impontualidade de programa de refinanciamento de débitos autorizados pelo CONFAZ, bem como, a restabelecer parcelamento cancelado.

O CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA – CONFAZ na sua 177ª Reunião Ordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 30 de julho de 2020, tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, e no Convênio ICMS 169/17, de 23 de novembro de 2017, resolve celebrar o seguinte Convênio:

Cláusula primeira – Ficam os Estados de Alagoas, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo autorizados a anistiar a multa punitiva pelo não pagamento de parcelas de programa de refinanciamento de débito autorizado pelo CONFAZ, ocorrido no período de 1º de março de 2020 a 30 de julho de 2020, bem como a restabelecer os referidos programas de parcelamentos e parcelamentos cancelados em virtude da inadimplência.

Cláusula segunda – Legislação estadual fixará as demais condições, limites e prazos de adesão ao benefício deste convênio.

Cláusula terceira – Este convênio entra em vigor na data da publicação no Diário Oficial da União de sua ratificação nacional.

Presidente do CONFAZ – Waldery Rodrigues Junior, em exercício; Acre – Raymson Ribeiro Bragado, Alagoas – George André Palermo Santoro, Amapá – Josenildo Santos Abrantes, Amazonas – Alex Del Giglio, Bahia – Manoel Vitório da Silva Filho, Ceará – Fernanda Mara de Oliveira Macedo Carneiro Pacobahyba, Distrito Federal – André Clemente Lara de Oliveira, Espírito Santo – Rogelio Pegoretti Caetano Amorim, Goiás – Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, Maranhão – Marcellus Ribeiro Alves, Mato Grosso – Rogério Luiz Gallo, Mato Grosso do Sul – Felipe Mattos de Lima Ribeiro, Minas Gerais – Gustavo de Oliveira Barbosa, Pará – René de Oliveira e Sousa Júnior, Paraíba – Marialvo Laureano dos Santos Filho, Paraná – Renê de Oliveira Garcia Junior, Pernambuco – Décio José Padilha da Cruz, Piauí – Rafael Tajra Fonteles, Rio de Janeiro – Guilherme Macedo Reis Mercês, Rio Grande do Norte – Carlos Eduardo Xavier, Rio Grande do Sul – Marco Aurelio Santos Cardoso, Rondônia – Luis Fernando Pereira da Silva, Roraima – Marco Antônio Alves, Santa Catarina – Paulo Eli, São Paulo – Henrique de Campos Meirelles, Sergipe – Marco Antônio Queiroz, Tocantins – Sandro Henrique Armando.

SETCERGS 61 anos: espírito jovem, atuação sênior

SETCERGS 61 anos: espírito jovem, atuação sênior

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Há 61 anos um grupo de transportadores se reunia, numa pequena sala nos altos do Mercado Público de Porto Alegre, para fundar o SETCERGS, Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul. Visionários, eles perceberam a necessidade de aumentar a representatividade do setor na tomada de decisões cruciais para o desenvolvimento dos negócios e da economia gaúcha. É a iniciativa deles que celebramos hoje, mais de seis décadas depois: um marco da união dos empresários e do valor do transporte de carga para toda a sociedade.

Depois dessa longa trajetória de conquistas, chegamos a 2020 em meio a uma das maiores crises que o mundo já enfrentou. A covid-19 afeta famílias e empresas. A preservação da vida, nossa primeira preocupação, se torna ainda mais incerta, enquanto mercados inteiros sucumbem ante a desorganização dos sistemas produtivos provocada pela doença. As consequências são difíceis de superar. Mas nosso dever, como atividade essencial, é persistir.

Não nos furtamos em prosseguir, de mangas arregaçadas e foco no caminho à frente, abastecendo os brasileiros nesse momento crucial. Nos cercamos das precauções necessárias para buscar a proteção de todos. Este será apenas mais um na extensa lista de desafios enfrentados diariamente pelos transportadores nas estradas brasileiras.

É dever do SETCERGS se fazer ainda mais presente, utilizando os meios digitais para levar informações e orientações qualificadas e ajudar na tomada de decisão dos empresários. Nosso posicionamento está nas redes sociais e ganha o mundo. Os novos representantes do setor, através da COMJOVEM, assumem o protagonismo devido à geração que vai assegurar a continuidade da luta sindical. Assim, o SETCERGS toma posse das ferramentas de uma nova era sem perder seus princípios de apoio e defesa do transportador de carga.

O distanciamento social imposto pelo momento que vivemos não é o bastante para que esqueçamos o quanto temos a celebrar. Existe um horizonte para o Brasil, e ele se tornará concreto graças também à nossa contribuição. Que os 61 anos do SETCERGS sejam festejados no coração de cada um dos associados com a grandeza que a data merece e a certeza de que nos encontraremos de novo, nos 5 de agosto que virão, para um caloroso abraço de feliz aniversário. Por que as uniões verdadeiras resistem ao tempo.

João Jorge Couto da Silva

Presidente do Setcergs

Semana Brasil terá edição 2020 e deve ajudar na retomada da economia

Semana Brasil terá edição 2020 e deve ajudar na retomada da economia

Campanha oferecerá descontos em grandes redes varejistas

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Criada pelo governo federal em 2019 para estimular a economia, a Semana Brasil terá uma nova edição em 2020. A realização do evento foi anunciada hoje (04) pelo secretário executivo do Ministério das Comunicações, Fabio Wajngarten, e será coordenada pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). A Semana Brasil, em referência à data da Independência do país (7 de setembro), deve reunir grandes redes varejistas em uma campanha nacional de descontos em produtos e serviços no período de 3 a 13 de setembro.

Com o slogan “Todos juntos com segurança pela retomada e o emprego”, a ação faz parte do pacote de iniciativas para reaquecimento do comércio e retomada das atividades econômicas do país. O mês foi escolhido por não registrar nenhuma das grandes datas que movimentam o comércio como, por exemplo, Dia das Mães (maio), Dia dos Pais (agosto), Dia das Crianças (outubro) ou Natal (dezembro).

“[A Semana Brasil] vai priorizar o pequeno e o médio comerciante. A Semana 2020 vai se tornar o ponto de partida de um novo tempo para o comércio, de normalização da relação econômica entre pessoas e empresas. Fizemos uma pesquisa sobre a aceitação da campanha e ela foi enorme. A gente quis fazer uma campanha de duração de 10 dias para que não houvesse nenhuma aglomeração, em parceria com os comerciantes”, afirmou Wajngarten.

Segundo números levantados Ebit/Nielsen, as vendas online durante a Semana Brasil de 2019 cresceram 41%, enquanto vendas no varejo presencial aumentaram 11,3%, de acordo com a Cielo.

Campanhas

Ainda segundo o secretário, comerciantes que não dispuserem de material publicitário próprio terão uma ajuda da Semana Brasil em suas campanhas. A iniciativa trará cartazes, anúncios e demais peças publicitárias prontos, que poderão ser adaptados e utilizados sem nenhum custo extra para os comerciantes.

“Estamos trabalhando para ter uma recuperação. A expectativa dos lojistas é muito positiva. Os números de sucesso do ano passado já servem de referência para o que vem por aí. Todos estão muito animados, e vamos implementar tudo que deixamos de fora ano passado”, complementou.

ANTT aprova plano de privatização de BRs 381 e 262, entre Minas e Espírito Santo

ANTT aprova plano de privatização de BRs 381 e 262, entre Minas e Espírito Santo

Concessão abrange 686,10 km das rodovias, compreendendo os trechos de BH a Governador Valadares e de João Monlevade a Viana, na região metropolitana de Vitória

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A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou e autorizou o envio ao Ministério da Infraestrutura do plano de privatização das BRs 381 e 262, rodovias que ligam o Estado de Minas Gerais ao Espírito Santo. A concessão proposta é de 20 anos e prevê a duplicação de trechos, além da instalação de câmeras de segurança, 11 praças de pedágio e a construção de túneis e passarelas.

Juntamente com o documento, estão acompanhados os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da operação. Segundo a ANTT, o Plano de Outorga e o relatório da Audiência Pública nº 10/2019, que trata das sugestões e contribuições às minutas de edital e contrato, ao Programa de Exploração da Rodovia (PER) e aos estudos de viabilidade para a concessão da rodovia BR1-381, serão submetidos à pasta juntamente com os respectivos documentos jurídicos. Após esse envio e posterior aprovação por parte do ministério, ele deve ser protocolado no Tribunal de Contas da União (TCU).

Ainda de acordo com a ANTT, o projeto da concessão abrange 686,10 km das rodovias, compreendendo os trechos da BR-381, de Belo Horizonte a Governador Valadares, no Vale do Rio Doce; e da BR-262, do entroncamento com a BR-381, em João Monlevade, na região Central de Minas, ao entroncamento com a BR-101, em Viana, na região metropolitana de Vitória.

Previsão

Nessa segunda-feira (3), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, inaugurou um trecho de sete quilômetros de duplicação BR-381, na altura do município de Nova União, na região Central do Estado. A previsão dele é que que o leilão aconteça até o primeiro trimestre de 2021.

“A gente deve ter a aprovação dos estudos da concessão da 381/Minas junto com a 262/Espírito Santo. A gente está falando, então, de 595 km que serão duplicados, R$ 10 bilhões que serão investidos nos próximos anos. E esse estudo deve ser encaminhado, na sequência, para o Tribunal de Contas da União, e, assim que ele analisar e autorizar o leilão, nós o faremos. Isso deve acontecer entre o final deste ano e o primeiro trimestre de 2021”, afirmou.

Segundo o senador mineiro Carlos Viana (PSD), que acompanhou o ministro na inauguração, há pelo menos dois consórcios estrangeiros que já demonstraram interesse na BR-381. “Nós já temos dois grandes grupos interessados, principalmente agora com o dólar a R$ 5,35, o que tornou o investimento ainda mais em conta para estrangeiros”, disse. Ainda segundo Viana, um deles seria um fundo dos Emirados Árabes e outro fundo com capital chinês e inglês. “Ambos têm buscado informações sobre a concessão”, garantiu.

Na avaliação do coordenador do movimento Nova 381, Luciano Araújo, o ideal era que as obras fossem realizadas pelo governo federal como previa o projeto inicial e, depois, a rodovia fosse entregue à iniciativa privada para manutenção.

“Por quê isso? Porque essa estrada é uma obra muito complexa, é montanha e curva pra caramba, então é uma obra muito difícil e muito cara. Ao dar a concessão antes do governo federal fazer a obra, o pedágio fica caro. E para que queremos a duplicação? Para melhorar a competitividade e atração de investimentos para a região. E, se você cobra um pedágio alto demais, acaba que ninguém vai querer se instalar onde o pedágio inviabiliza o negócio”, disse.