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Big Data e Análise Preditiva

por | dez 2, 2024 | Artigos, Núcleo Sul de Santa Catarina

Fonte: Franco Scarabelot Gonçalves, COMJOVEM Sul de Santa Catarina
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Chapéu: Artigo técnico

Vivemos em um mundo onde a quantidade de informações ao nosso redor supera a capacidade de acompanhamento e analise da mente humana. Todos os dias são coletados e postos a nossa disposição informações simples como o tempo de deslocamento de um local ao outro; o clima que está fazendo e o consumo de combustível que nosso carro está fazendo até chegarmos ao trabalho, entre tantas outras que são empilhadas em nosso Tronco Encefálico, parte do cérebro responsável pela memória e aprendizado, e possivelmente não serão utilizadas mais em um prazo curto de tempo.

O Big Data é um conceito recente, que começou a ser trabalhado nos anos 2000, sobre o processo de coleta, armazenagem, organização, análise e interpretação de grandes volumes de dados de uma empresa ou mercado. Resumidamente, é caracterizado por Volume, Variedade e Velocidade. Se pudéssemos fazer um comparativo, seria nosso tronco encefálico sem abrir mão de informações, interligando os dados que são apresentados para poder chegar a uma série de conclusões baseado naquilo que foi coletado.

“Os dados são considerados o novo petróleo” – Doug Laney, vice-presidente e analista da Gartner (uma das principais empresas mundiais especializadas em pesquisa e consultoria em tecnologia da informação

Com uma boa análise das informações é possível trabalhar de forma preditiva estas informações de forma evitar gargalos nas operações. Existem no mercado soluções que utilizando uma triangulação de horário, transito, GPS e histórico, otimizam a rota de entrega de mercadorias – por exemplo: sabe-se que meu cliente no ponto B tem costume de receber a mercadoria apenas após as 17h, sabe-se a média de tempo que os demais clientes demoram para receberem suas encomendas, então levando em consideração o transito posso ir ao ponto C e D e depois voltar para o B -, informação esta que dependeria da boa vontade e experiencia de um motorista ou gestor de logística.

Em uma análise histórica de volumes, alimentada com informações históricas (como variação de salário mínimo, SELIC, IPCA, taxas de importação/exportação, valor do dólar, ano eleitoral, entre outros…) é possível ter uma previsão de vendas de um cliente ou segmento e avaliar qual o tipo de veículo é necessário em qual momento temporal, facilitando para que os diretores das empresas já possam estabelecer estratégias de investimentos, contração, treinamento e manutenção dos seus equipamentos.

O Big Data é o grande diferencial para as empresas de transporte facilitarem seus planejamentos, no entanto ele ainda sofre com os desafios de implantação e infraestrutura, que consiga lidar com estes volume, variedade e velocidade de informações, mudança na cultura das empresas, que deverão trabalhar alinhadas aos dados e menos a “criatividade” ou “tino” dos seus gestores; além da ter-se uma segurança na origem dos dados, pois uma informação errada poderá prejudicar todo o planejamento de uma empresa.

Apesar dos desafios no processo de implantação, é inegável que a tendência para o mercado é uma maior coleta e triangulação de informações para a tomada de decisão nas empresas. As possibilidades são quase ilimitadas, e podem se estender para áreas financeiras, investimentos, manutenção, marketing entre tantos outros aspectos, e dependerá inclusive das questões éticas daqueles que utilizarão as mesmas, pois também entra-se em questões como: privacidade, consentimento, transparência e justiça no uso dos dados.