O gás é gerado a partir de resíduos orgânicos e tem custo inferior ao do diesel convencional
O Brasil avança na promoção do biometano com a recente sanção do Projeto de Lei do Combustível do Futuro. Essa nova legislação tem como objetivo aumentar a utilização do biometano, especialmente no setor de transporte, onde os caminhões se destacam. O biometano, que é gerado a partir de resíduos orgânicos, apresenta um custo inferior ao do diesel convencional e contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa em até 89%. Atualmente, o país conta com apenas oito unidades autorizadas a comercializar biometano, mas há expectativas de que esse número cresça significativamente, alcançando 194 plantas até 2032. A nova POLíTICA pública também introduz a certificação da origem do biometano, um passo importante para atrair investimentos e auxiliar empresas que buscam reduzir suas emissões de carbono.
Além disso, a legislação permitirá a injeção do biometano nos gasodutos já existentes, o que facilitará sua distribuição e comercialização. Essa certificação é especialmente relevante para a exportação, pois possibilita a diminuição de impostos no mercado europeu para produtos que são considerados sustentáveis. A principal utilização do biometano será no abastecimento de caminhões, com incentivos como a redução de tarifas de pedágio. Renata Isfer, uma das executivas envolvidas no projeto, destaca a iniciativa dos “corredores sustentáveis”, que pretende estabelecer postos de abastecimento de biocombustíveis ao longo das rodovias. Essa estratégia visa incentivar a substituição da frota de caminhões movidos a diesel por aqueles que utilizam biometano.
A nova legislação também busca enfrentar a carência de infraestrutura que atualmente limita a adoção do biometano no Brasil. Com a criação de um ambiente mais favorável, espera-se que a implementação dessa fonte de energia renovável se torne mais viável e atraente para os investidores e para o mercado em geral.